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Mais um presente do Kobra, e a pista de Interlagos agradece

Homenagem a Ayrton Senna. Graças ao muralista, não ficou no vácuo a data dos 80 anos. A administração porém, também deve a outros pilotos.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Em Interlagos, Ayrton Senna por Eduardo Kobra
Em Interlagos, Ayrton Senna por Eduardo Kobra Em Interlagos, Ayrton Senna por Eduardo Kobra

Felizmente, para a Prefeitura de São Paulo e para a sua Secretaria de Turismo, que administram o Autódromo José Carlos Pace, na região de Interlagos, Zona Sul da megalometrópole, existe um Eduardo Kobra, pichador que se tornou grafiteiro e que, enfim, se consagrou no mundo inteirinho como um dos principais muralistas da arte contemporânea. Não fossem a paixão e o talento de Kobra e passaria despercebida a data de 12 de Maio de 2020, quando o venerável autódromo completou os seus gloriosos oitenta anos.

Kobra, junto à estátua de Senna, em Ímola
Kobra, junto à estátua de Senna, em Ímola Kobra, junto à estátua de Senna, em Ímola

A magia de Kobra, um paulistano de 45 anos de idade, no batismo Carlos Eduardo Fernandes, entregue à coloração urbana desde 1987, já se espalha do Oiapoque ao Chuí, das Américas ao Oriente, sempre o fruto de um amor raro pelo detalhismo e do seu compromisso com a eternização de recados de paz, de tolerância e de solidariedade. Com os seus pincéis, os seus sprays e a sua equipe, ele retratou figuras cruciais de Anne Frank a Teresa de Calcutá, do Dalai Lama a Nelson Mandela, do Mahatma Gandhi a Martin Luther King, de John Lennon a Salvador Dali, e inclusive Michelângelo Buonarroti com um deslumbrante “David” nas montanhas de mármore da Carrara do gênio.

O "David", de Michelangelo, no mármore de Carrara
O "David", de Michelangelo, no mármore de Carrara O "David", de Michelangelo, no mármore de Carrara

Neste ano, em que Ayrton Senna da Silva completaria os seus 60 de idade no dia 21 de Março, Kobra propôs, aos responsáveis pelo autódromo, recordar o exato momento da comemoração do primeiro triunfo do campeão na F1 em São Paulo, quase coincidência, no dia 24 de Março de 1991. A Secretaria lhe cedeu uma empena, a parede cega de 10m X 27m, no principal edifício do lugar. E Kobra já teria exposto a maravilha não eclodisse a cruel pandemia da Covid-19. A inauguração, meramente virtual, acabou por ocorrer às 17h00 desta terça, na data em que o autódromo faria uma festa presencial.

Chico Landi, nos primórdios de Interlagos
Chico Landi, nos primórdios de Interlagos Chico Landi, nos primórdios de Interlagos

Senna é um personagem essencial no trabalho de Kobra. Aparece em uma tela pequena e em onze de seus painéis, um dos quais exatamente em Ímola, onde o piloto sofreu o seu acidente fatal em 1º de Maio de 1994. Ele admite: “O Senna é uma presença forte na minha vida, o modelo de superação, importante para que eu mantivesse o foco e a fé. Sempre sonhei em pintar o Senna em Interlagos.” E, de fato, Kobra cumpriu bem o seu papel. Agora, resta à administração do autódromo criar outras honrarias, por exemplo, a José Carlos Pace, o Moco, que dá o seu nome ao lugar, e a tantas outras figuras basilares de Interlagos, do pioneiro Chico Landi (1907-1989) até os Fittipaldi e os Piquet, Rubinho Barrichello e Felipe Massa etcetera etcetera...

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