Infelizmente sem o Flamengo, já começou a edição 51 da Copinha
O rigorismo desnecessário da FPF impediu a participação dos garotos do campeão do Brasileiro/2019. E a competição ficou com 127 agremiações.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Começou na quinta-feira, 2 de Janeiro de 2020, a edição número 51 da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a cada nova temporada mais e mais volumosa desde que a série principiou em 1969, então uma idealização da prefeitura da megalometrópole bandeirante. Naqueles idos, ainda não apelidada pela mídia, simpaticamente, de Copinha, a competição ostentou apenas quatro agremiações, todas da Capital. Daí, evoluiu vulcanicamente, a ponto de explodir aos 127 clubes deste ano, representantes dos 26 Estados do País e mais o Distrito Federal, distribuídos, numa fase inicial, classificatória, por 32 grupos, dois da Paulicéia e mais 30 espalhados através do Interior.
Seriam 128 os clubes. Mas, a FPF, que em 1988 assumiu a coordenação da contenda, comprometeu a inscrição do Flamengo do Rio. Exigem os regulamentos da Copinha que todos os interessados apresentem as relações dos seus atletas até 25 de Novembro. No dia 23, porém, o “Urubu” arrebatou o título da Libertadores de América e ganhou o direito de disputar, em Dezembro, o Mundial de times da FIFA. Claro, se atrasaram as férias dos seus profissionais e o rubro-negro ficou sem elenco para disputar o Carioca, programado para 18 de Janeiro. Precisará utilizar vários dos rapazes que havia alocado à Copinha e, assim, pediu à FPF que lhe permitisse entregar uma lista nova. A FPF, pena, não autorizou, e o Flamengo desistiu de participar.
Sorte, talvez, dos seus adversários na chave 25, sediada em Diadema: Resende/RJ, ABC/RN e Água Santa/SP. Ao invés de só um classificado à etapa seguinte, ao lado do Flamengo, haverá dois promovidos. A etapa de grupos se
estenderá até o dia 10. Seguirão adiante os dois melhores de cada chave – ou, 64 clubes, que se digladiarão, dois a dois, sempre no sistema de mata-mata, pelo direito de passagem às rodadas das oitavas-de-final, das quartas e das semis, até a super decisão do título, no dia 25, quando a veneranda Paulicéia celebrará o seu 466º aniversário. Tradicional a decisão em tal data.
Detém a taça o São Paulo, ganhador em quatro ocasiões. O Corinthians acumulou dez troféus. Fluminense do Rio foi ao topo do pódio em cinco oportunidades. Flamengo e Internacional de Porto Alegre têm quatro conquistas. O Atlético/MG e o Santos têm três. O Estado de São Paulo soma trinta conquistas. O Rio de Janeiro tem dez. Dentre os chamados grandes cariocas, só o Botafogo ainda não saboreou uma única conquista. Dentre os bandeirantes, a primazia às avessas fica com o Palmeiras, dois vices.
No seu percurso, a competição revelou uma multidão de futuros craques. Exemplos: em 1972, Falcão (Inter) e Toninho Cerezo (Atlético Mineiro); 1973, Edinho Nazareth (Fluminense); 1980, Casagrande (Corinthians); 1983, Raí (Botafogo de Ribeirão Preto); 1988, Cafu (São Paulo); 1990, Djalminha (Flamengo); 1991 (Dener, Portuguesa); 1993, Rogério Ceni (São Paulo); 1994, Luizão (Guarani de Campinas); 1999, Edu Gaspar (Corinthians); 2001, Kaká (São Paulo); 2002, Robinho (Santos); 2003, Vágner Love (Palmeiras); 2004, Diego Tardelli (São Paulo); 2008, Neymar (Santos); 2016, Vizeu (Flamengo); 2017, Pedrinho (Corinthians); 2019, Antony (São Paulo).
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