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Grandes emoções, a Espanha na prorrogação e a Suíça nos penais

A "Fúria" saiu atrás da Croácia, por causa de um inacreditável tento contra, mas reagiu, 5 X 3. A Suíça fez 1 X 0 na França, poderia ter dobrado, perdeu um pênalti, mas foi incrível na loteria definitiva.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

A celebração da Suíça, depois do penal defendido por Sommer
A celebração da Suíça, depois do penal defendido por Sommer A celebração da Suíça, depois do penal defendido por Sommer

Duas das quartas de final já estavam definidas. Para o dia 2 de Julho, sexta-feira, Bélgica X Itália. E para o sábado, dia 3, República Tcheca X Dinamarca. Nesta segunda, 28 de Junho, a Euro2020 conheceu outras duas seleções que se digladiarão na busca do seu título de campeã. Ao bater a Croácia, que foi a vice do planeta na Rússia/2018, por 5 X 3, na segunda prorrogação da competição, a Espanha se credenciou para desafiar a Suíça, que bateu a França, a vencedora daquele Mundial, numa até aqui inédita loteria de penais, 5 X 4, depois de 3 X 3 no tempo normal. Nesta terça-feira, dia 29, se disputarão mais duas vagas, entre a Inglaterra ou a Alemanha, a Suécia ou a Ucrânia. O time de Portugal, detentor da taça, foi eliminado pela Bélgica. Seguem as fichas técnicas e as sínteses das duas partidas:

Espanha, o fim da prorrogação e a classificação
Espanha, o fim da prorrogação e a classificação Espanha, o fim da prorrogação e a classificação

CROÁCIA 3 X 5 ESPANHA

(3 X 3 no tempo normal)

Copenhague, Dinamarca, Parken Stadium

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Público: 22.711 presentes/22.839 ingressos à venda

Árbitro: Cuneyt Çaqir (Turquia)

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Gols: Pedri/con, Orsic, Pasalic X Sarabia, Azpilicueta, Ferran Torres, Morata, Oyarzabal

Tecnicamente, um jogo medíocre. Mas, emocionalmente, o jogo mais sensacional desta Euro2020 até aqui. Houve de tudo. Um inusitado gol contra praticamente do grande círculo. Duas viradas de resultado. Um empate milagroso nos acréscimos. Daí, uma prorrogação espetacular. E uma ironia cruel. Em um combate de oito tentos, não, não foi a Espanha que ganhou, foi a Croácia que perdeu – e para os seus próprios erros. O placar final de 5 X 3. E a “Fúria Roja”, desta vez toda de branco, efusivamente qualificada às quartas.

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Croácia 1 X 0, a ilusão de uma torcida veemente
Croácia 1 X 0, a ilusão de uma torcida veemente Croácia 1 X 0, a ilusão de uma torcida veemente

Depois de 20’ de basicamente nada, o becão Pedri tentou atrasar a pelota ao seu arqueiro Unai Simón, que pensava em sua infância no País Basco e se atrapalhou enquanto a pelota pererecava rumo às suas redes. Inexplicavelmente a “Vatreni”, ao invés de justificar o apelido, “Audaciosa”, refluiu e permitiu que a Espanha escalasse os 3 X 1. Aos 38’, Sarabia, depois de o arqueiro Livakovik rebater para o miolo da área um tiro de Gaya. Aos 54, de cabeça, o ala Azpilicueta, desfrute de um cruzamento de Ferran Torres. Aos 76, Ferran, ao saborear o lançamento de Pau Torres, nenhum parentesco entre ambos. A menos de um quarto de hora do apito derradeiro, a “Fúria” parecia consolidada em seu triunfo.

Ferrán Torres, o gol da primeira virada da "Fúria"
Ferrán Torres, o gol da primeira virada da "Fúria" Ferrán Torres, o gol da primeira virada da "Fúria"

No entanto, a “Vatreni” decidiu ousar. Aos 8, o precioso Luka Modric, quase da linha de fundo, tocou a pelota no meio da área. Budimir salvou debaixo da trave, rebote de Orsic, bola devolvida pela Espanha. Só que, no pulso do mediador Çakir um certo reloginho vibrou, o sinal de que a pelota havia invadido a meta, 2 X 3. E o milagre então se completaria aos 93, quando Orsic levantou e Pasalic, bem postado dentre os zagueiros da “Fúria” acertou de cabeça. 3 X 3. O comportamento dos dois elencos nas inevitáveis conversas dentro do gramado, antes da prorrogação, sugeriu que a Croácia prevaleceria.

O momento do lance em que o relojinho no pulso de Cuneyt Çakir começou a vibrar
O momento do lance em que o relojinho no pulso de Cuneyt Çakir começou a vibrar O momento do lance em que o relojinho no pulso de Cuneyt Çakir começou a vibrar

Enquanto Luís Enrique, treinador da Espanha, ajoelhado, parecia desatinado, Zlatko Dalic, o seu rival da Croácia, transpirava vibração. Na prorrogação, porém, a “Vatreni” se intimidou. E a Espanha, ao contrário, se exacerbou. Aos 100’, com a categoria de um craque de fato, o irregular Álvaro Morata matou uma pelota alçada por Olmo e fulminou de voleio, 4 X 3. O fim da Croácia, que ainda sofreria o quinto gol, aos 103, por Oyarzabal, no desfecho de uma tabela com Olmo. A “Fúria”, 5 X 3, onze tentos em quatro partidas, melhor ataque da Euro.

Sommer, o arqueiro herói na disputa de penais
Sommer, o arqueiro herói na disputa de penais Sommer, o arqueiro herói na disputa de penais

FRANÇA 3 X 3 SUÍÇA

(0 X 0 na prorrogação, 4 X 5 nos penais)

Bucarest, Romênia, Arena Nationalà

Público: 22,642 presentes/26.664 ingressos à venda

Árbitro: Fernando Rapallini (Argentina)

Gols: Benzema/2, Pogba X Seferovic, Gavranovic/2

Aproximadamente por um quarto de hora, mobilizados pelo seu precioso meio-de-campo e pela sua excelente ofensiva, “Les Bleus” mandaram no combate. Bastou um ataque mais perigoso da “Nati”, porém, para que a sua retaguarda desequilibrada fraquejasse. Num lance de dois avantes contra quatro zagueiros e mais o arqueiro Lloris, cruzamento de Zuber e testada de Seferovic, na linha da área pequena, a Suíça, incrível, perpetrou 1 X 0. E então, logicamente, bem ao seu estilo antigo, aquele do "catenáccio", se aferrolhou.

Detalhe do momento da testada de Seferovic, 1 X 0 em favor da Suíça
Detalhe do momento da testada de Seferovic, 1 X 0 em favor da Suíça Detalhe do momento da testada de Seferovic, 1 X 0 em favor da Suíça

No intervalo, Didier Deschamps, o treinador da França, intuiu o drama que poderia viver na etapa derradeira. E apostou mais do que talvez devesse. Tirou Langlet, o seu central, colocou Kingsley Koman, um atacante. Ocorreu, daí, aquela situação capaz de modificar toda a história de um campeonato. Aos 53, abruptamente, Pavard derrubou Zuber, um penal que o platino Rapallini não viu mas que, notificado pelo VAR, acabou por apontar. Foi patética a cobrança de Ricardo Rodríguez exatamente no canto que Lloris adivinhou. E o RR, como Ricardo Rodríguez é conhecido na intimidade, ainda se atrasou para o rebote.

Ricardo Rodríguez, o RR, bate mal o penal, e Lloris espalma
Ricardo Rodríguez, o RR, bate mal o penal, e Lloris espalma Ricardo Rodríguez, o RR, bate mal o penal, e Lloris espalma

Os pupilos de Deschamps entenderam o lance como um sinal do destino. E se lançaram à frente. Logo aos 57', o fogoso Benzema recebeu um passe com néctar e mel de Mbappé e congelou o arqueiro Sommer, 1 X 1. Desabou a retranca dos helvéticos. Aos 59, impetuoso, Griezmann invadiu pela esquerda e levantou a pelota. Sommer ainda tocou as pontas dos dedos na bola mas, logo atrás, muito mal marcado pelo RR, a meros centímetros do travessão, Benzema testou os 2 X 1, o seu quarto gol na Euro2020. Indescritível o desalento que se debruçou sobre a enorme torcida da Suíça na Nationalà. E a punição se triplicaria aos 75' num tiro lindo, devastador, de Paul Pogba, de 25 metros. Apesar da acrobacia de Sommer, a bola resvalou na trave e enfunou as redes no mesmo ângulo do segundo gol de Benzema. Porém, impactantemente, aos 81, em uma outra barbeiragem da defesa muito ruim dos “Bleus”, Seferovic captou de cabeça um alçamento de Kevin Mbabu. 2 X 3.

Pogba verifica a inutilidade da acrobacia de Sommer, 3 X 1 em favor da França
Pogba verifica a inutilidade da acrobacia de Sommer, 3 X 1 em favor da França Pogba verifica a inutilidade da acrobacia de Sommer, 3 X 1 em favor da França

A retaguarda da França é tão lastimável que, aos 85’, por centímetros, um impedimento de Mario Gavranovic não devolveu a igualdade à ”Nati”. Aos 90’, no despontar dos acréscimos, todavia, o capitão Xhaka, em profundidade, lançou o mesmo Mario Gavranovic às costas do péssimo Kimpembe, que se estatelou de bumbum no chão, 3 X 3. E aconteceria a segunda prorrogação desta Euro2020. Prorrogação insana, os dois times exauridos. Na ausência de tentos, haveria ainda a primeira loteria dos penais. Que se desenrolou desta maneira:

Gavranovic e Vargas, o incrível empate da Suíça, 3 X 3
Gavranovic e Vargas, o incrível empate da Suíça, 3 X 3 Gavranovic e Vargas, o incrível empate da Suíça, 3 X 3

Gavranovic (SUI), 1 X 0

Pogba (FRA), 1 X 1

Schaer (SUI), 2 X 1

Giroud (FRA), 2 X 2

Akanji (SUI), 3 X 2

Thuram (FRA), 3 X 3

Vargas (SUI), 4 X 3

Kimpembe (FRA), 4 X 4

Mehmedi (SUI), 5 X 4

Mbappé (FRA), Sommer defendeu

O delírio do capitão Xhaka, que seria o sexto a bater, e não precisou
O delírio do capitão Xhaka, que seria o sexto a bater, e não precisou O delírio do capitão Xhaka, que seria o sexto a bater, e não precisou

Pobre craque Mbappé, não havia anotado um só tento na competição e desperdiçou o pênalti fatal. Eliminada a França campeã do mundo na Copa da Rússia/2018, a vice de Portugal na Euro de 2016. Agora, nas quartas, Suíça X Espanha, no dia 2 de Julho, em São Petersburgo, na Rússia. Confira os combates que ainda restam nestas oitavas:

Wembley, Londres, Inglaterra
Wembley, Londres, Inglaterra Wembley, Londres, Inglaterra

Dia 29

INGLATERRA X ALEMANHA

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Público: 21.750 ingressos à venda

Árbitro: Danny Makkelie (Neerlândia)

Hampden Park, Glasgow, Escócia
Hampden Park, Glasgow, Escócia Hampden Park, Glasgow, Escócia

SUÉCIA X UCRÂNIA

Glasgow, Escócia, Hampden Park

Público: 14.000 ingressos à venda

Árbitro: Daniele Orsato (Itália)

Combates já realizados nestas oitavas:

GALES 0 X 4 DINAMARCA

Amsterdam, Neerlândia, Johan Cruijff

Público: 14.647 presentes/24.495 ingressos à venda

Árbitro: Daniel Siebert (Alemanha)

Gols: Dolberg/2, Maehle, Braithwaite

Dinamarca
Dinamarca Dinamarca

ITÁLIA 2 X 1 ÁUSTRIA

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Público: 18.910 presentes/21.750 ingressos à venda

Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra)

Gols: Chiesa, Pessina X Kalajdcic

NEERLÂNDIA 0 X 2 REPÚBLICA TCHECA

Budapest, Hungria, Puskàs Arena

Público: 52.834 presentes/60.493 ingressos à venda

Árbitro: Sergei Karasev (Rússia)

Gols: Holes, Schick

Lukaku X Cristiano Ronaldo
Lukaku X Cristiano Ronaldo Lukaku X Cristiano Ronaldo

BÉLGICA 1 X 0 PORTUGAL

Sevilha, Espanha, Estadio La Cartuja

Público: 11.504 presentes/15.000 ingressos à venda

Árbitro: Felix Brych (Alemanha)

Gols: Thorgan Hazard

Como fica, de agora em diante, a competição:

QUARTAS DE FINAL

Dia 2 de Julho

SUÍÇA X ESPANHA

São Petersburgo, Rússia, Krestovsky Stadium

Uma entrada da Allianz Arena de Munique, Alemanha
Uma entrada da Allianz Arena de Munique, Alemanha Uma entrada da Allianz Arena de Munique, Alemanha

BÉLGICA X ITÁLIA

Munique, Alemanha, Allianz Arena

Dia 3 de Julho

REPÚBLICA TCHECA X DINAMARCA

Baku, Azerbaidjão, Olimpiya Stadionu

SUÉCIA/UCRÂNIA X INGLATERRA/ALEMANHA

Roma, Itália, Stadio Olìmpico

SEMIFINAIS

Dia 6 de Julho

BEL/ITA X SUÍ/ESP

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Dia 7 de Julho

TCH/DIN X SUÉ/UCR/ING/ALE

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

FINAL

Dia 11 de Julho

Londres, Inglaterra, Wembley Stadium

Determinada a festejar condignamente os 60 anos da sua preciosa competição inter-seleções, a UEFA, a entidade que administra o Futebol no Velho Continente, projetou para 2020 uma Eurocopa absolutamente fora do habitual. À parte as eliminatórias de praxe, obviamente espalhadas, não mais a competição de fato em um único país-sede, no máximo em duas nações, como já sucedeu em três datas: 2000 na Bélgica e na então Holanda, hoje Neerlândia; em 2008 na Áustria e na Suíça; enfim, em 2012, na Polônia e na Ucrânia.

Esta seria a Eurocopa da Europa inteirinha.

A União Soviética, campeã da Euro1960
A União Soviética, campeã da Euro1960 A União Soviética, campeã da Euro1960

A idéia de tal Copa surgiu em 1960, planejada como uma batalha quadrienal. E a então União Soviética arrebatou a sua primeira taça. Esta edição, a sua 16ª, carinhosamente apelidada de Euro2020, se inaugurou em 21 de Março de 2019, com todas as 55 afiliadas da UEFA. Na sua fase de eliminatórias, dividiu as 55 equipes em dez chaves, cinco de cinco e cinco de seis, e classificou vinte, as campeãs e as vices. Das outras 35, se descartaram as dezenove pior cotadas de acordo com um ranking elaborado a partir da Liga das Nações, outra copa da UEFA. As poupadas se bateram em mata-matas até sobreviverem quatro.

Detalhe da taça da Eurocopa, com os nomes gravados dos seus campeões
Detalhe da taça da Eurocopa, com os nomes gravados dos seus campeões Detalhe da taça da Eurocopa, com os nomes gravados dos seus campeões

Enfim, 24 seleções, de novo ranqueadas e daí divididas, em quatro potes de seis, para a realização de um sorteio. Haveria seis grupos de quatro. Peculiaridade inédita da celebração dos sessenta anos: cada um dos seis grupos se alojaria em duas cidades diferentes, desde Glasgow, na Escócia, até Baku, no Azerbaidjão. A Covid-19, todavia, atrasou o folguedo. A competição apenas ressuscitaria no dia 11 de Junho de 2021. Questão de justiça, a Euro pôde manter o 2020 como sobrenome. E enfim definidas, em cada um dos grupos, a sua campeã e a sua vice, para se completarem as dezesseis seleções das oitavas de final também se promoveram as quatro melhores das terceiras.

Seus confrontos, previamente designados de acordo com as respectivas colocações nas chaves, transcorrerão até o dia 30 de Junho e ainda viajarão por Glasgow e Londres, outra vez. Em 3 e 4 de Julho, São Petersburgo, Munique, Baku e Roma alojarão as quartas de final. As semis e a final se realizarão em Wembley, Londres, Inglaterra, nos dias 7, 8 e 12. No global desta Euro2020, acumuladas as eliminatórias, as chaves e seis dos oito prélios das oitavas, já houve um total de 302 jogos e 944 gols, média de 3,13. Apesar de toda a complicação que a Covid-19 instaurou, 6.017.621 pessoas, protegidas por protocolos de segurança, desfrutaram o prazer de comparecer aos estádios, a média de 19.926.

Benzema, subiu aos quatroi tentos, dentre os artilheiros, e já se despediu da competição
Benzema, subiu aos quatroi tentos, dentre os artilheiros, e já se despediu da competição Benzema, subiu aos quatroi tentos, dentre os artilheiros, e já se despediu da competição

Artilheiros:

5 gols – Cristiano Ronaldo (Portugal)

4 gols – Patrick Schick (República Tcheca), Karim Benzema (França)

3 gols – Romelu Lukaku (Bélgica), Emil Forsberg (Suécia), Gorginio Wynaldum (Neerlândia) e Robert Lewandowski (Polônia), Haris Seferovic (Suíça)

Árbitros que mais apitaram:

3 jogos – Antonio Mateu Lahoz (Espanha), Daniel Siebert (Alemanha), Anthony Taylor (Inglaterra), Sergei Karasev (Rússia), Felix Brich (Alemanha), Cuneyt Çakir (Turquia), Fernando Rapallini (Argentina)

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