Em Roma, 3 X 1, a Lazio quebra a invencibilidade da Juve pedante
Melhor na etapa inicial, a "Signora" de Turim fez 1 X 0 e daí relaxou. Numa segunda metade excelente, a "Aguia" celeste cristalizou o clássico placar.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Mesmo em Roma, no campo da sua adversária, e mesmo diante de uma das torcidas mais agressivas da Bota, neste sábado, 7 de Dezembro, pela 15ª rodada do Campeonato Italiano de 2019/20, a Juventus de Turim levou ao Stadio Olìmpico um favoritismo absoluto diante da Lazio local. Na “Cidade Eterna”, pela Série A, não perdia da “Águia” celeste desde Dezembro de 2003, total de 11 vitórias e 3 empates. E, no conjunto dos últimos 29 prélios contra a Lazio, acumulava 22 sucessos, 6 igualdades e uma única queda.
Mais. Já classificado à fase das oitavas-de-final da Champions League da Europa, seu treinador Maurizio Sarri não se preocupou em poupar ninguém para o prélio do dia 11, quarta-feira, em Leverkusen, diante do Bayer. O elenco de Simone Inzagui, todavia, necessitava guardar energias para o seu combate fatal da quinta, na França, contra o Rennes, compulsório um seu triunfo.
Pois a “Vecchia Signora”, bem melhor organizada, muito mais leve e descontraída, com tranqüilidade predominou nas ações até que, aos 25’, Cristiano Ronaldo completou uma triangulação originada por Bentancur e Dybala, um uruguaio e um argentino, e inaugurou o placar, 1 X 0, o quarto gol do português nas últimas seis pelejas, o sétimo no certame, o primeiro como visitante. Pedante, petulantemente, no entanto, a Juve relaxou. E, aos 46’, num levantamento do espanhol Luís Alberto, o zagueirão Luiz Felipe, italiano nascido em Colina, pertinho de Ribeirão Preto/SP, se locupletou de um pulo equivocado de Bonucci e, da linha da área pequena, de testa, realizou 1 X 1.
Impossível saber o quê, ao invés de presenciar o jogo, o "mister" Sarri tanto escrevinhava, com uma esferográfica, na sua agendinha de papel. Claro, a sua “Signora” não retornou mais acesa para a etapa derradeira. Não pressionou a “Águia”, como a sua “tifoseria” esperava. Ao menos, soube fechar a sua retaguarda às poucas tentativas de um ataque estranhamente indolente. Ciro Immobile, ironia, era o artilheiro do torneio com 17 tentos, a Lazio tinha a segunda melhor ofensiva, 34, apenas atrás dos incríveis 37 da inesperada, surpreendente, Atalanta de Bèrgamo, a sexta colocada na tabela, 28 pontos.
O treinador da Juve apenas se ouriçou aos 70’, quando o mediador Michael Fabbri, com a ajuda do VAR, excluiu Cuadrado pela chamada infração do último homem. Daí, limitado a dez homens, ele que se aprestava a colocar em ação Higuaín, se obrigou a recompor a defesa, o lateral Danilo no lugar de Bernardeschi. A Lazio não perdoou. Logo aos 74’ o mesmo Luís Alberto deu um passe delicioso de 40 metros em profundidade a Milinkovic-Savic, 2 X 1.
A Lazio poderia ter triplicado aos 79’, na cobrança de um penal do arqueiro Szczsesny no argentino Correa. Claro, se propôs a bater ele, o “cannoniere”, Immobile. Elástico, o arqueiro espalmou, Immobile tentou o rebote e de novo o arqueiro devolveu. Aos 95’, Szczsesny ainda impediria, num vôo magnífico, o gol de Lazzari. Só que Caicedo, na sobra, desfrutou. Rara desmoralização da “Signora”. Chiados dos seus fanáticos, que nunca aceitaram a contratação de Sarri. E um belo alento para a “Águia” na sua missão pela vaga nas oitavas da Europa League. No campeonato, fim da invencibilidade da Juve, empacada nos 36 pontos, e o alívio da Inter, que preservou a liderança com 38. Segue a Lazio, agora nos 33. Embaladíssima, aliás, na luta para expugnar o Rennes,
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