E também já recomeçou a Liga dos Campeões da Europa 2020/2021
Com 26 dos seus 79 clubes inscritos já classificados para a fase de Grupos, nesta semana a UEFA definiu os últimos que ainda brigarão por seis vagas
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Dia 23 de Agosto. Ocorreu em Lisboa a decisão da Liga dos Campeões, a “Champions League” da Europa, edição de número 65, temporada de 2019/2020, com a vitória do Bayern da Alemanha sobre o PSG da França, 1 X 0. E no entanto, coincidentemente, desde o dia 8 o Velho Mundo já testemunhava os prolegômenos da edição 66 da Liga, a de 2020/2021. Pois é. Conseqüência das atribulações que uma pandemia insidiosa causou, a tal Covid-18, sucedeu um chocante, insólito, inédito encavalamento na história da maior competição do futebol interclubes de todo o planeta.
A final de 2019/2020 deveria ter acontecido no dia 30 de Maio, no Olímpico de Ataturk, em Istambul, Turquia. E a etapa de pré-classificação da “Champions” de 2020/2021 já deveria ter começado em 23 de Junho. De todo modo a UEFA, entidade que administra o Ludopédio na Europa, conseguiu salvar a competição contaminada, inclusive ao transformá-la, a partir das suas quartas-de-final, numa mini-copa integralmente transplantada a Portugal, pelejas sem torcedores. Conseguiu, também, redesenhar a nova, ainda sem platéia e na esperança de que a Covid-19 proponha uma trégua suficiente para que uma decisão se desenrole, 29 de Maio de 2021, enfim no Ataturk.
Das 55 federações afiliadas à UEFA, todas, menos aquela de Liechtenstein, cujos times participam de campeonatos na Suíça, inscreveram clubes na “Champions” de agora, num global de 79. E a quantidade de disputantes de cada entidade, como de tradição, dependeu de suas respectivas posições no ranking continental, determinado em função das performances dos cinco anos anteriores. A Espanha, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha, por exemplo, colocaram os primeiros quatro de seus certames. Também de acordo com o ranking, 26 times se qualificaram diretamente para uma fase de oito grupos. Eis os 26, já em cada pote do sorteio previsto para 1º de Outubro:
1.
Bayern (ALE) – 136,000 pontos no ranking
Sevilla (ESP, ganhador da Liga Europa) – 102,000
Real Madrid (ESP) – 134,000
Juventus (ITA) – 117,000
Paris Saint-Germain (FRA) – 113,000
Liverpool (ING) – 99,000
Porto (POR) – 75,000
Zenit Saint Petersburg (RUS) – 64,000
2.
Barcelona (ESP) – 128,000
Atlético de Madrid (ESP) – 127,000
Manchester City (ING) – 116,000
Manchester United (ING) – 100,000
Ajax (NEE) – 89,500
Borussia Dortmund (ALE) – 85,000
Shakhtar Donetsk (UCR) – 85,000
Chelsea (ING) – 83,000
3.
RB Leipzig (ALE) -49,000
Internazionale de Milão (ITA) – 44,000
Lazio (ITA) – 41,000
Atalanta (ITA) – 33,500
4.
Istanbul Basaksehir (TUR) – 21,500
Rennes (FRA) – 14,000
Ainda indefinidos, a se encaminharem ao pote 3 ou ao pote 4, na dependência dos pontos dos clubes que ainda brigam na pré-qualificação:
Borussia Moenchengladbach (ALE) – 33,000
Lokomotiv Moskow (RUS) – 33,000
Marseille (FRA) – 31,000
Club Brugge (BEL) – 28,500
A penúltima das jornadas da pré-qualificação se encerrou nesta quarta-feira, dia 16 de Setembro, e selecionou os times que selarão os seus destinos, em pelejas de ida e volta, nos próximos 29 e 30:
Slavia Praha (TCH) – 27,500 X Midtjylland (DIN) – 14,500
Macabi (ISR) 16,500 X Red Bull Salzburg (AUS) – 53.500
Krasnodar (RUS) – 35,500 X PAOK (GRE) – 21,000
Olympiacos (GRE) – 43,000 X Omonia (CHI) – 5,350
Molde (NOR) 15,000 X Ferenvarós (HUN) 9,000
Gent (BEL) – 39,500 X Dynamo Kyev (UCR) – 55,000
Na sua versão 29 desde que trocou de batismo em 1992, deixou de ser Copa dos Campeões e se tornou a presente Liga, até aqui, nesta temporada, a competição já ofereceu 41 partidas com 116 tentos registrados, a média de 2,83. Originalmente previsto para 1º de Outubro no edifício da Fundação Stavros Niarchos de Atenas, na Grécia, porém transferido à sede da UEFA em Nyon, na Súiça, dividirá os 32 clubes remanescentes em oito grupos e em seis rodadas de turno e returno de 20 de Outubro até 9 de Dezembro.
Mais um outro bingo, em 14 de Dezembro, estabelecerá os emparceiramentos das oitavas de final, marcadas para se estenderem, sempre em ida e volta, de 16 de Fevereiro até 17 de Março de 2021. Então, enfim, em 19 de Março, um sorteio derradeiro se incumbirá das quartas (6 e 7, 13 e 14 de Abril), com um caminho já traçado para as semis, em 27 e 28 de Abril, em 4 e 5 de Maio. Detalhe curioso: com a exceção de cinco rodadas da fase de grupos, que o calendário antes da Covid-19 imaginava completar entre 15 de Setembro e 26 de Novembro, a UEFA conseguiu preservar incólumes todas as restantes.
Claro, porém, que todo esse mapa depende diretamente do comportamento futuro da pandemia, país por país. E a UEFA promete que, antes de cada sorteio, distribuirá um caderno de normas meticulosas de segurança destinadas à proteção de jogadores, de comissões técnicas, de brigadas do apito e inclusive dos cartolas de plantão. Um dos itens imporá que, na eventualidade do adiamento de um prélio, caso se confirme a culpa de um dos clubes, o responsável será punido, de ofício, com o placar de 0 X 3. Aliás, foi o que aconteceu com o eslovaco Slovan Bratislava que, dia 21 de Agosto, em visita ao KÍ Klaksvík das Ilhas Far Oer, desembarcou com um atleta infectado. Esportivamente as autoridades locais lhe garantiram 48 horas de isolamento, para que todos os testes possíveis desmentissem o exame inicial. Nada. Disparadamente o favoritíssimo, o Slovan acabou eliminado.
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