Terminou nesta quarta-feira, dia 3 de Outubro, com os oito combates do Grupo A ao Grupo D, a segunda rodada dos duelos de ida e de retorno da fase de chaves da edição 64 da Champions League da Europa. Inaugurada em 26 de Junho com 79 clubes das 55 nações afiliadas à UEFA, a competição antes passou por uma série de cinco etapas eliminatórias, até se definir em 32 times. Somados aos desta data, já ostentou 123 cotejos e 305 gols, média de 2,48. Apenas nos agora 32 da fase de chaves houve 94 tentos, média de 2,94.
Eis todos os seus prélios na presente jornada:
GRUPO A
Atlético de Madrid 3 X 1 Brugge
Wanda Metropolitano Stadium, 55.742 espectadores
(Griezmann/2, Koke X Groenenvald)
Ganhadores, de virada, 2 X 1, no Principado, agora, em seu moderníssimo estádio novo, os “Colchoneros” não deveriam se assustar com os belgas, meros comprimários numa competição pesada. Demoraram, contudo, até que saísse o seu gol, aos 28’, Griezmann, solitário na frente, quando necessitaria de um apoio maior. Pior, aos 39’ os visitantes realizaram 1 X 1, Groenevald. Daí, o sufoco permaneceu inabalado até os 67’, quando Diego Costa colocou Griezmann na cara de Karlo Letica, 2 X 1. E o alívio integral só aconteceria já nos acréscimos, Koke. Melhor, no entanto, o saldo do Borussia.
Borussia Dortmund 3 X 0 Monaco
Signal Iduna Park, 66.099 espectadores
(Braun Larsen, Alcácer, Reus)
Num período de decadência inapelável, desde que ficou com o título de La Ligue, em 2017, o time de Montecarlo se deparou com uma tarefa basicamente inviável, aquela de expugnar a “Muralha Amarela” de Durtmund. De todo modo, era conveniente lembrar que o Borussia só havia anotado 1 X 0, na visita ao Brugge, aos 85’ da partida. E, agora, em seu estádio, o ataque da “Muralha” também fez a sua imponente torcida esperar, e sofrer. Apenas aos 51’, depois de um bate-rebate na área de Subasic, o reserva Broun Larsen, que tinha entrado no intervalo, aproveitou a sobra, 1 X 0. Melhor, Alcácer duplicou aos 72’. E, além do tempo regulamentar, aos 92’, Marco Reus definiu, 3 X 0, o gol que colocou o seu time no comando da tabela
Classificação
Bor (Ale) – 2j 6pg 2v 0e 0d (4gp X 0gc)
Atl (Esp) – 2j 6pg 2v 0e 0d (5gp X 2gc)
Bru (Bel) – 2j 0pg 0v 0e 2d (1gp X 4gc)
Mon (Fra) – 2j 0pg 0v 0e 2d (1gp X 5gc)
GRUPO B
Tottenham 2 X 4 Barcelona
Wembley Stadium, Londres, 82.137 espectadores
(Kane, Lamela X Coutinho, Rakitic, Messi/2)
Antes que a fase de chaves começasse, se imaginava que este seria um confronto de fato decisivo para a conquista da liderança. Ocorre, porém, que os londrinos perderam na estreia, Internazionale 2 X 1, em Milão, numa reação impactante, nos derradeiros seis minutos. Daí a enorme complicação: buscar a reabilitação diante do glorioso Blaugrana, que espezinhou o PSV, 4 X 0. E o Barcelona pulou à frente logo aos 2’, um tiro cruzado de Philippe Coutinho da entrada da área, o primeiro gol do brasileiro na CL. E então dobrou, aos 28’, noutro lance originado por Coutinho, que culminou com um voleio fenomenal do croata Rakitic, pouco além da meia-lua. Os ingleses, não desistiram. Harry Kane diminuiu aos 52’. E Lionel Messi aumentou, aos 56’. E Lamela voltou a encurtar a vantagem aos 66’. Só que, aos 90, quando mais o dono da casa procurava a igualdade, se escancarou na defesa e Messi não perdoou, 4 X 2. Situação triste, a do Tottenham, a 6 pontos da liderança.
PSV 1 X 2 Internazionale
Philips Stadion, Eindhoven, 34.750 espectadores
(Rosario X Nainggolan, Icardi)
Não significa nada o 30º posto da “Biscione” de Milão no ranking dos 32 da fase de chaves. Ou melhor, significa, sim, apenas que a Inter volta a brilhar, na Europa, depois de cinco anos de abstinência. Brilhar, na Holanda? E os holandeses, acordariam na competição? Ao menos o PSV marcou antes, aos 27’, Rosario. Porém, permitiu a virada da “Biscione” da Lombardia. Aos 44’, Nainggolan. E aos 60’ o cannoniere Mauro Icardi encaixou a Internazionale precisamente ao lado do Barça e na cota dos 6 pontos disponíveis.
Classificação
Bar (Esp) – 2j 6pg 2v 0e 0d (8gp X 2gc)
Int (Ita) – 2j 6pg 2v 0e 0d (4gp X 2gc)
Tot (Ing) – 2j 0pg 0v 0e 2d (3gp X 6gc)
Psv (Hol) – 2j 0pg 0v 0e 2d (1gp X 6gc)
GRUPO C
PSG 6 X 1 Estrela Vermelha
Parc des Princes, Paris, 39.797 espectadores
(Neymar/3, Cavani, Di Maria, Mbappé X Marin)
Funcionou, espetacularmente, o ataque dos gauleses, num verdadeiro massacre do elenco sérvio que, duas semanas atrás, na sua Belgrado, não havia conseguido sequer um tento, contra o Napoli. Postado ousadamente à frente pelo treinador Thomas Tuchel, livres de outras preocupações o brasileiro Neymar, o platino Di Maria, o local Mbappé e o uruguaio Cavani, já no primeiro tempo o PSG cravou uma vantagem de 4 X 0 e, depois, bem, depois treinou. O problema de Tuchel, todavia, reside na sua defesa, que se distrai e se desconcentra e foi capaz de conceder um gol a um time absolutamente inapetente, sem pontaria. Detalhe fundamental: com 30 tentos nas suas 49 partidas de CL, Neymar se igualou a Kaká como o principal artilheiro do Brasil em toda a história da competição européia.
Napoli 1 X 0 Liverpool
Stadio San Paolo, 37.057 espectadores
(Insigne)
Frustradíssimos, no último sábado, por permitirem uma reviravolta da Juventus, em Turim, 3 X 1, numa batalha de seis pontos pelo certame do Calcio, os atletas da Terra da Pizza pegariam os “Reds” bem embalados pelo empate em viagem, 1 X 1, contra o Chelsea, que os manteve no topo da tabela da Premier League. Porfia intrincada, que a teoria indicava que se decidiria nos contra-ataques. Não necessariamente. Foram mais esfuziantes os celestes do que os rubros. Pena, porém, desperdiçaram situações em excesso na área da meta de Alisson. Bem, desperdiçaram até os 88’. Imediatamente depois de Salah perder um gol que libertaria o Liverpool, na reposta, velocíssima, pela direita, Callejón cruzou e Insigne arrematou. Incrível, o Napoli, subitamente, na liderança do seu Grupo C. Euforia no Sul da Velha Bota.
Classificação
Nap (Ita) – 2j 4pg 1v 1e 0d (1gp X 0gc)
Psg (Fra) – 2j 3pg 1v 0e 1d (8gp X 4gc)
Liv (Ing) – 2j 3pg 1v 0e 1d (3gp X 3gc)
Est (Iug) – 2j 1pg 0v 1e 1d (1gp X 6gc)
GRUPO D
Lokomotiv 0 X 1 Schalke 04
RZD Arena, Moscou, 27.320 lugares
(McKennie)
No mais desequilibrado de todos os quartetos da CL, a equipe rubroverde da Rússia, que se tornou cabeça de grupo graças a um novo e ridículo critério da UEFA, urgentemente necessitava se resgatar da sova dolorosa que havia sofrido na Turquia, 0 X 3. Quase sem opção de ataque, segurou o placar nulo até os 88’, quando o becão McKennie saboreou, de testa, a cobrança de um corner. Serviu para lhe garantir a liderança, ao lado do Porto.
Porto 1 X 0 Galatasaray
Estádio do Dragão, 50.033 lugares
(Marega)
Invariavelmente potentes em Istambul, graças ao apoio fanático da sua plateia, os otomanos normalmente se retrancam como visitantes. Promessa de jogo difícil para os “Dragões”, apesar do seu melhor ataque na Primeira Liga, 16 gols em 6 partidas e o segundo posto na tabela. De fato, o gol, e a vitória, apenas brotaram aos 49’, na cobrança de um escanteio, uma falha da retaguarda dos visitantes e a testada quase à queima-roupa de Marega.
Classificação
Gal (Tur) – 2j 3pg 1v 0e 1d (3gp X 1gc)
Por (Por) – 2j 4pg 1v 1e 0d (2gp X 1gc)
Sha (Ale) – 2j 4pg 1v 1e 0d (2gp X 1gc)
Lok (Rus) – 2j 0pg 0v 0e 2d (0gp X 4gc)
GRUPO E
Bayern 1 X 1 Ajax
Allianz Arena, Munique, 75.000 espectadores
(Hummels X Mazraoui)
Imediatamente em debate a liderança do Grupo E. Na rodada anterior, mesmo distantes de seus domínios os bávaros ignoraram os lusitanos, 2 X 0, com um gol de Lewandowski logo aos 10’. No estádio Johan Cruyff, exatamente o nome do seu maior craque, os nederlandeses ignoraram os gregos, 3 X 0. Pois nesta terça os dois clubes, grandes rivais continentais desde a década de 70, na luta pelo topo da tabela, realizaram um combate digno da sua antologia. Hummels fez 1 X 0 pelo Bayern, aos 4’. Mazraroui fez 1 X 1 aos 22’. E a porfia continuou, tensa, lá e cá, mas sem alteração no resultado. Primoroso para o Ajax. E obviamente ruim para os donos da casa.
AEK 2 X 3 Benfica
Olympic Stadium, Atenas, 69.618 lugares
(Klonaridis/2 X Seferovic, Grimaldo, Semedo)
Depois do seu insucesso no campo da Luz, um outro teste formidável para se medirem as chances, se existirem, dos “Encarnados”. Os helênicos bem que tentaram aproveitar o calor da sua torcida, habitualmente hostil aos visitantes. Os portugueses não se intimidaram e, antes dos 15’, Seferovic e Grimaldo perpetraram 2 X 0. Só que, como é habitual quando se forja uma folga no campo do inimigo, o Benfica relaxou, sofreu com a expulsão de Ruben Dias nos acréscimos da etapa inicial, e então aceitou a igualdade em dois levantamentos que sobraram para Klonaridis, livre, desmarcado, na área pequena de Vlachodimos, um outro grego. Salvou-se o Benfica com uma arrancada e um petardo rasteiro de Alfa Semedo, de 20 metros, aos 74’.
Classificação
Aja (Hol) – 2j 4pg 1v 1e 0d (4gp X 1gc)
Bay (Ale) – 2j 4pg 1v 1e 0d (3gp X 1gc)
Ben (Por) – 2j 3pg 1v 0e 1d (3gp X 4gc)
Aek (Gre) – 2j 0pg 0v 0e 2d (2gp X 6gc)
GRUPO F
Hoffenheim 1 X 2 Manchester City
Rhein-Neckar-Arena, Sinsheim, 26.641 espectadores
(Belfodil X Aguero, David Silva)
Embalado pela estóica exibição na porfia de estreia, 2 X 2 em plena Ucrânia, o time germânico do treinador Julian Nagelsmann, apenas 31 de idade, o mais jovem de toda a história da CL, inaugurou o marcador aos exatos 44”, a infiltração de Belfodil por entre os beques do esquadrão de Pep Guardiola, que pararam à espera do impedimento que não houve. Felizmente o elenco do City, humilhado em casa, 1 X 2, pelos lioneses, reagiu depressa, graças a uma linda triangulação que permitiu a Cun Aguero, o ex-genro de Diego Maradona, o gol do empate. Daí, quando o resultado parecia consolidado, aos 87’, numa tolice de Baumann, que tentou dominar a bola quando precisaria despachá-la para a lateral, David Silva destruiu a fantasia dos tedescos que queriam, ao menos, estragar o noite dos visitantes.
Olympique Lyonnais 2 X 2 Shakhtar Donetsk
Parc Olympique, Lyon, 55.097 espectadores
(Dembelé, Dubois X Júnior Moraes/2)
Fizeram uma enorme falta, ao elenco hospedeiro, os seus veementes torcedores – por causa de seu comportamento agressivo, na Liga Europa de 2017/18, a UEFA obrigou o Olympique a receber o Shakhtar com os portões fechados. E os ucranianos se locupletaram. Ou, na verdade, melhor se mostrou o santista Júnior Moraes, filho do avante Aluísio Guerreiro, ídolo do “Peixe” na década de 80. Na Europa desde 2010, quando tinha 23 de idade, já na sua sétima camisa diferente, só ele não bastou, porém. Em apenas 120 segundos, Dembelé aos 70 e Dubois aos 72, levaram os franceses ao empate. Um placar aliaviante. Contudo, claro, bem frustrante.
Classificação
Oly (Fra) – 2j 4pg 1v 1e 0d (4gp X 3gc)
Cty (Ing) – 2j 3pg 1v 0e 1d (3gp X 3gc)
Sha (Ucr) – 2j 2pg 0v 2e 0d (4gp X 4gc)
Hof (Ale) – 2j 1pg 0v 1e 1d (3gp X 4gc)
GRUPO G
CSKA 1 X 0 Real Madrid
Luzhniki Stadium de Moscou, 81.000 espectadores
(Vlasic)
Teoricamente, sempre teoricamente, os especuladores da mídia esportiva consideravam que os russos e os tchecos apenas se limitariam a uma disputa pelo terceiro posto no Grupo. E, de fato, ficaram no 2 X 2 na sua pugna inicial. Poderia a agremiação originária do Exército Vermelho da ex-URSS assustar os favoritíssimos “Merengues”? Sim, e com uma ajuda providencial de um dos ídolos do timão ibérico, Tony Kross, que se equivocou num passe ginasiano, traiu a atenção de Varane e do atrasado Sérgio Ramos, e cedeu a pelota a Niko Vlasic, 1 X 0 aos meros 2’. Não adiantou a pressão que o Real exerceu até os estertores da peleja – aliás, superdramáticos, pois aos 92’ o estabanado Ovidiu Hategan, o árbitro romeno, inventou a expulsão do arqueiro Igor Akinfeev. Além dos erros do treinador Julen Lopetegui, que manteve no banco o craque do ano, Luka Modric, até quase a metade da etapa derradeira, os “Merengues” ainda amargaram as três vezes em que atingiram o travessão.
Roma 5 X 0 Viktoria Plzen
Stadio Olìmpico, 70.634 espectadores
(Dzeko/3, Cengiz Under, Kluivert)
Praticamente massacrada, 0 X 3, em visita à Espanha, a “Loba” efetivamente obteve, e sem ruídos, a excelente reabilitação com que sonhava. O destino do elenco da Terra da Cerveja pareceu definido já aos 3’, gol de Dzeko. Porém, a Roma não se contentou com pouquinho. Realizou 2 X 0 com o mesmo bósnio, aos 40’. E então, paulatinamente, alargou a sua folga. Aos 64, com Cengiz Under. Aos 73, com Julian Kluivert, rebento do antigo avante do Milan e da seleção da Holanda. Enfim, de novo com Dzeko, implacável, aos 92’
Classificação
Csk (Rus) – 2j 4pg 1v 1e 0d (3gp X 2gc)
Rom (Ita) – 2j 3pg 1v 0e 1d (5gp X 3gc)
Rea (Esp) – 2j 3pg 1v 0e 1d (3gp X 1gc)
Vik (Thc) – 2j 1pg 0v 1e 1d (2gp X 7gc)
GRUPO H
Juventus 3 X 0 Young Boys
Allianz Stadium de Turim, 41.507 lugares
(Dybala/3)
Mesmo sem o suspenso Cristiano Ronaldo, que apreciou o prélio num reservado das tribunas repletas do Allianz, a “Zebra” de Massimiliano Allegri ignorou a aplicação dos calouros da Suíça, pela primeira vez numa fase de chaves da CL. Aos 5’ um lançamento de Bonucci encontrou o pé canhoto de Paulo Dybala, que bateu de primeira, 1 X 0. E Dybala duplicou aos 33, ao aproveitar um rebote de Von Balmoos, depois de um tiro longo de Matuidi. E triplicou aos 69’, na complementação de uma jogada que acionou quatro companheiros antes do cruzamento de Cuadrado e a sua finalização de destra. Não relaxassem os seus astros, a contagem sumariamente seria muito maior. Agora, cabe à “Senhora”, no dia 23, desafiar o United na Inglaterra,
Manchester United 0 X 0 Valencia
Old Trafford, 74.994 lugares
Depois de dilapidarem os Young Boys, em Berna, 3 X 0, os “Red Devils” de José Mourinho acreditavam que bem poderiam despachar os espanhóis, já suplantados pela Juventus, em sua própria cidade, e daí consolidar o seu domínio na tabela. Terrível engano. Desde 2010 o United não presenteava “The One” com um recorde patético: em sua casa, na Champions e na Premier, o acúmulo de quatro partidas consecutivas sem uma escassa vitória.
Classificação
Juv (Ita) – 2j 6pg 2v 0e 0d (5gp X 0gc)
Utd (Ing) – 2j 4pg 1v 0e 0d (3gp X 0gc)
Val (Esp) – 2j 0pg 0v 1e 1d (0gp X 2gc)
You (Sui) – 2j 0pg 0v 0e 2d (0gp X 6gc)
Estabelecidos o ganhador e o seu vice em cada grupo, um novo sorteio definirá os mata-matas das oitavas-de-final, que se desenvolverão de 12 de Fevereiro a 13 de Março. Depois, haverá as quartas, de 9 até 17 de Abril. As semis, em 30 de Abril e 8 de Maio. E a decisão, de partida única, programada para 1º de Junho, no Wanda Metropolitano de Madrid. Importante: desta temporada em diante, além do terceiro colocado de cada grupo, que ganha o consolo de uma chance e um dinheirinho extra na Europa League, também o quarto merecerá a chance de uma repescagem.
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