Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Silvio Lancellotti - Blogs

E mais uma vez o Gustagol ajuda a salvar o seu Corinthians sofredor

Num jogo medíocre, que se arrastou até a entrada do artilheiro, na metade do segundo tempo, o "Timão" apenas bateu o Botafogo de Ribeirão aos 82'

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Gustagol e Carille, novamente uma dupla afortunada
Gustagol e Carille, novamente uma dupla afortunada

Algumas singularidades superpõem a longa carreira de Roberto Fernando Schneiger, um gaúcho de Carazinho, jogador e treinador de Futebol, nascido em 13 de Abril de 1963, e a história do Corinthians Paulista. Como atleta, vigorosíssimo, entre 1985 e 1997 ele vestiu as cores de seis equipes, 347 jogos e 95 gols. Depois, a partir de 1998, foi o técnico de mais 24 agremiações.

Roberto Cavalo, ao centro, pelo Vitória, contra o Palmeiras em 1993
Roberto Cavalo, ao centro, pelo Vitória, contra o Palmeiras em 1993

Em 5 de Dezembro de 1993, médio-volante do Vitória de Salvador, Bahia, sob o apelido de Roberto Cavalo, numa das semis do Campeonato Brasileiro de então ele causou uma tristeza enorme ao “Mosqueteiro”. Proveniente de um triunfo por 2 X 1, na Fonte Nova, no retorno o “Leão da Barra” só precisaria de um empate para se classificar. Conseguiu, 2 X 2, um dos gols em cobrança de infração, falta de dois lances. Inadvertidamente Roberto bateu direto à meta. Distraído, porém, o arqueiro Ronaldo roçou na bola, tento contra. Na decisão, o Vitória cairia diante do Palmeiras, 1 X 0 em casa e 2 X 0 fora.

Roberto Cavalo, agora no Botafogo, o seu 25º clube como treinador desde 1998
Roberto Cavalo, agora no Botafogo, o seu 25º clube como treinador desde 1998

Agora, neste domingo, dia 24 de Fevereiro, na rodada de número nove do Estadual, Roberto realizou a sua estréia como treinador, pelo Botafogo de Ribeirão Preto, diante do “Timão”, na sua Arena Santa Cruz, resultado negativo, Corinthians 1 X 0, começo ruim do gaúcho. Trata-se, o “Paulistão”, de um certame peculiar. Ostenta, divididas em quatro chaves, 16 equipes que se defrontam exclusivamente com as outras 12, num turno de pontos corridos. Seguirão adiante as duas melhores de cada grupo, que aí se desafiarão em porfias de ida e volta. As sobreviventes disputarão as semis e a decisão.

A "Pantera da Mogiana"
A "Pantera da Mogiana"

Por uma série gigantesca de motivos, o Corinthians era o favorito absoluto. Liderava o Grupo C com 10 pontos em sete pugnas, ao lado do Bragantino que, todavia, já tinha desembarcado no seu oitavo combate. Enquanto isso, no Grupo D, o “Pantera da Mogiana” amargava a rabeira, 4 pontos, bem longe do Ituano (11), do São Paulo (10) e do Oeste de Itápolis, 12, que ainda entra em campo, dia 25, contra a Ferroviária de Araraquara. Pior, em 103 pelejas anteriores o “Mosqueteiro”, levava uma vantagem de 54 a 10. E não perdia do Botafogo desde 14 de Agosto de 1991, pelo “Paulistão”, na Arena, 1 X 0.


O "Mosqueteiro", todo de preto em Ribeirão
O "Mosqueteiro", todo de preto em Ribeirão

Fábio Carille, o opositor de Roberto Cavalo no comando do “Timão”, literalmente revolucionou a sua escalação. Trocou os dois laterais e os dois centrais. E, na ofensiva, ao invés do equatoriano Sornoza e do artilheiro Gustagol, enviou ao gramado dois contratados recentes: o veterano Vágner Love e o platino Boselli. Havia alguma lógica nas alterações: poupar os supostos titulares para a viagem que o Corinthians fará, dia 27, a Avellaneda, Argentina, com a obrigação de reverter o resultado ruim, 1 X 1 dentro de casa, pela Copa Sul-Americana. Ironia: num Santa Cruz de torcida única, apenas a do “Pantera”, a coincidência de o “Mosqueteiro” atuar de uniforme preto.

Boselli, uma homenagem do Twitter do "Timão"
Boselli, uma homenagem do Twitter do "Timão"

Também porque a Arena atravessa um período de obras, encolhida a sua lotação original de 27.292 lugares, meras 12.615 se abalaram a presenciar um duelo medíocre, sem emoções, apesar da solada de Plínio, beque do Botafogo, nas costas de Ramiro, meia do Corinthians, que lhe valeu um cartão vermelho exibido pelo mediador Rafael Claus aos 40’. Desfalque terrível para Roberto, que o “Timão”, desconjuntado, morno, insistente nos chuveirinhos, não desfrutou como deveria, de bola no chão. Esperanças da indispensável vivacidade, na segunda metade da etapa derradeira Carille colocou na pugna Gustagol e Pedrinho. E aos 82’, num levantamento de Pedrinho que o Gustagol aparou de cocuruto, Boselli dividiu com o arqueiro Rodrigo Vianna e definiu, 1 X 0. O “Mosqueteiro” nos 13 pontos. Mas, horrorosamente.

Gostou? Clique em “Compartilhar”, em “Tweetar”, ou deixe a sua opinião em “Comentários”, Muito obrigado. E um grande abraço!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.