E começou o Paulista de fato, bem o Palmeiras e muito mal o São Paulo
Depois dos praticamente inúteis 96 jogos da fase de grupos, o campeonato enfim chega ao que interessa, a partir dos mata-matas das quartas-de-final
Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti
Realizadas doze rodadas de pré-temporada com ingressos pagos, como bem definiu o caro amigo e grande repórter José Roberto Malía, enfim se iniciou neste sábado, dia 17 de Março, com os mata-matas de ida nas quartas-de-final, o Campeonato Paulista de 2018. Pois é, os 96 prélios até então realizados apenas serviram para definir metade do que se já esperava, os quatro clubes que agora escoltam, nas quartas, os chamados grandes. E serviram também para determinar os rebaixados, Santo André e Linense.
Primeiro, a partir das 16h00, no Anacleto Campanella, o São Caetano comandado por Pintado, um ex, superou o São Paulo, 1 X 0, Chiquinho, aos 54’, numa bobagem do arqueiro Jean. Resultado quase dentro do esperado. Afinal, existia um equilíbrio razoável na história do duelo: em 28 cotejos, pequena folga do “Tricolor”, 11 triunfos a 8, porém só 33 tentos a 32. Além disso, Diego Aguirre, o seu novo treinador, esteve no campo mas não orientou o time, desamparado e entregue ao interino André Jardine. Próximo capítulo do drama do São Paulo, na terça, dia 20, às 21h00, no Estádio do Morumbi.
Depois, a partir das 19h00, no Jorge Ismael De Biasi, o Novorizontino abrigou o Palmeiras, resultado de 2 X 0, igualmente dentro do previsto. Era bem vasta a vantagem estatística do “Verdão”: em 21 combates, 12 sucessos a 3 e, melhor, 41 tentos a 14. O “Tigre” de Dorival Guidoni Júnior, o ex-volante Doriva, reserva da seleção na Copa da França/98, começou melhor mas, aos 21’, o lateral Tony abalroou Borja. Pênalti tolo que Dudu converteu, 1 X 0. O Novorizontino até que se empenhou em procurar a igualdade. O elenco de Roger Machado, todavia, soube se proteger e especular no contra-ataque. Aos 77’, Keno lançou de 50 metros, Willian pespegou um torturante drible de corpo no estabanado arqueiro Oliveira, tocou à meta vazia e o Palmeiras dobrou e se tranquilizou. O gol de Keno, numa sobra, aos 88’, foi mera consequência.
Acontecerão mais dois cotejos no domingo. O primeiro, a partir das 16h00, envolto numa curiosa polêmica. Detém o mando o Bragantino. Mas, em troca da renda integral e de uma gorjetinha de 2.000 ingressos aos seus torcedores,
optou por trocar o seu Nabi Abi Chedid pelo Pacaembu. O seu adversário, no caso, quem diria: o Corinthians. Que desperdiçará uma grana mas se sentirá dentro de casa. Verdade que, mesmo no Nabi, a antologia do jogo indica um favoritismo do “Mosqueteiro”: lá, em 13 confrontos, 7 vitórias a 3. E no geral, os números engordam bastante: 47 porfias, 22 sucessos a 8 e, nos tentos, 77 a 43. Um benefício que o regulamento aceita. Porém, uma aberração.
Depois, às 19h30, no Santa Cruz, o Botafogo receberá a visita do Santos. Das quatro cotendas, é a mais antiga, data de 1950, um amistoso, 2 X 2, na Vila Tibério da ex-Terra do Café. Em 93 duelos, Santos 58 a 15, nos tentos 213 a 94, e um recorde estratosférico. Num sábado, 21 de Novembro de 1964, na Vila Belmiro, o “Peixe” de Luís Alonso Peres, o Lula, arrasou a “Pantera da Mogiana”, de Oswaldo Brandão, por 11 X 0. Gols de Pepe, Coutinho e Toninho Guerreiro – mais OITO de um tal de Pelé. Sabe quem foi?
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