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Silvio Lancellotti - Blogs

De virada, e na França, o City de De Bruyne derruba o PSG de Neymar

Placar de 2 X 1, em duas falhas lastimáveis do arqueiro Navas, tornam dificílima a classificação dos "Parisiens" à final. Agora necessitarão, na volta, de um triunfo com dois tentos de folga.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

A festa do City pelo gol de empate de Kevin De Bruyne
A festa do City pelo gol de empate de Kevin De Bruyne

Com a peleja PSG X Manchester City, 1 X 2, etapa de ida, nesta quarta-feira, dia 28 de Abril, se completou a metade das semifinais da “Champions League” da Europa, 2020/2021. Os jogos de volta, na ordem inversa, acontecerão já na próxima semana, terça e quarta, 4 e 5 de Maio. A decisão, peleja única, está programada para 29 de Maio, no modernoso Ataturk Olympic Stadium de Istambul, na Turquia. Eis a ficha básica e a síntese do prélio.

PSG 1 X 2 MANCHESTER CITY

Paris, França, Parc des Princes

Árbitro: Felix Brych (Alemanha)


Gols: Marquinhos X De Bruyne, Mahrez

Detalhe do tento do gol de Marquinhos, PSG 1 X 0 City
Detalhe do tento do gol de Marquinhos, PSG 1 X 0 City

Dois brasileiros em momento excelente propiciaram aos donos da casa uma vantagem no placar antes dos 15’ do cotejo da Cidade Luz. A partir dos 10’, depois de estudos mútuos entre as duas agremiações, Neymar realizou ao menos duas jogadas excelentes que exigiram espalmadas do arqueiro Ederson, o seu compatriota do lado contrário. No segundo escanteio levantado por Di Maria, o zagueiro Marquinhos, transformou os seus 1m83 em quase 2m50, superou os saltos de quatro adversários e anotou 1 X 0.


A chance desperdiçada por Phil Foden, do City
A chance desperdiçada por Phil Foden, do City

Mauricio Pochettino, o treinador do PSG, surpreendeu o rival Pep Giardiola ao só permitir o toque de bola do City quando o seu time já se postava com oito, nove homens, à frente da sua área. Tornou-se inútil, apenas limitado aos arredores da intermediária, o tradicional estilo de passes curtos dos visitantes. Na sua única chance de empate, na sequência de uma falha infantilóide da defesa do PSG, na cara de Kaylor Navas o avante Phil Foden bateu em cima do arqueiro. Precisaria, Guardiola, re-arrumar o seu sistema durante o intervalo.

Mahrez, a vibração pelo gol da vidada, e da vitória
Mahrez, a vibração pelo gol da vidada, e da vitória

Embora sem mudanças nas escalações, a etapa derradeira, de fato, exibiu uma nova paisagem. Claro que Pochettino imaginava que o City ressurgiria bem mais impetuoso. E abriu espaço a Guardiola, esqueceu a marcação no campo do inimigo e passou a se empenhar nos contra-ataques, o desfrute da velocidade de Kylian Mbappé. Padeceria, no entanto, numa barbeiragem primária de Navas. Aos 64’, de cerca de 30 metros, do flanco esquerdo dos “Citizens”, De Bruyne cruzou, despretensiosamente. Fraquejaram os três centrais do PSG, que mal tentaram o desvio, e a bola, insidiosa como convém, entrou no canto oposto enquanto Navas, atrasadíssimo, pedalava na luta para espalmá-la. O décimo gol de De Bruyne nesta edição da “Champions”, o sétimo apenas nos mata-matas.


O momento da entrada irresponsável de Gana Gueye em Gundogan
O momento da entrada irresponsável de Gana Gueye em Gundogan

O placar de 1 X 1 atordoou o hospedeiro e inflamou os ânimos do viajante. E aos 71’, na cobrança de uma falta de cerca de 25 metros, na direção da meia-lua, Mahrez perfurou a barreira repleta de fricotes do PSG, inclusive com Verratti deitado no gramado. Outra vez o arqueiro Navas chegou tarde na pelota, City 2 X1. Piorou muito a situação dos “Parisiens”, aos 77’, a entrada irresponsável do senegalês Gana Gueye em Gundogan. O árbitro Brych nem pensou em cartão amarelo, logo exibiu o vermelho e o time de Pochettino se reduziu a dez homens. Desastre monumental. O PSG, agora, necessitará de uma reviravolta por dois tentos de diferença na Inglaterra. Missão dificílima, praticamente impossível.

Volta, 4/5: Manchester, Inglaterra, Etihad Stadium

Balanço: 3og = 0PSG/1emp/2MC – 3g PSG X 5g MC

Resultado ruim, para o Real, dentro de casa
Resultado ruim, para o Real, dentro de casa

O cotejo de 27 de Abril:

REAL MADRID 1 X 1 CHELSEA

Madrid, Espanha, Estàdio Alfredo Di Stéfano

Árbitro: Danny Makkelie (Neerlândia)

Gols: Benzema X Pulisic

Volta, 5/5: Londres, Inglaterra, Stamford Bridge

Balanço: 4jog = 0RM/2emp/2Ch – 3g RM X 5g Ch

Aos Blues, basta que mantenham o 0 X 0 original para se qualificarem à decisão. O empate de 1 X 1 levará o duelo à prorrogação e, eventualmente, ao bingo dos penais. A igualdade em 2 X 2, ou por mais tentos, classificará os “Merengues”. E quem vencer, claro, irá à final.

Pulisic, do City, e Benzema, do Real
Pulisic, do City, e Benzema, do Real

Desde o seu início, em 8 de Agosto de 2020, a “Champions” ostentou 51 mata-matas de eliminatórias, 96 combates do Grupo A até o H, os 16 jogos de oitavas de final, os oito das quartas e dois das semis, num acumulado de 172 prélios e 503 gols, média de 2,92. Público? Aqui e ali a Covid-19 permitiu ousadias e 165.939 fiés torcedores apareceram nos estádios. Média insignificante e pouco digna, até, do Futebol de Areia: 1.360 pessoas.

O lindo troféu da Champions
O lindo troféu da Champions

Esta, da temporada de 2020/2021, é a 66ª edição da LC, a 29ª desde que, em 1992/1993, abandonou o seu nome original de Copa dos Campeões e se rebatizou de “Champions League”. Principiou com 79 equipes de 54 das suas 55 afiliadas. Uma única e exclusiva exceção: Liechtenstein, cujos times disputam os torneios da Suíça. Num paralelo curioso, as Ilhas Far Oer e Gibraltar, que dependem de Dinamarca e de Inglaterra, já dispõem das suas federações. Dentre os semifinalistas, o Real tem 13 titulos e o Chelsea foi campeão uma vez. O City e o PSG só levaram, e uma vez, a extinta Copa dos Vencedores de Copas.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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