Não se transtorne, não se apoquente, não se reprima, e a situação já não tem nada a ver com os traumas causados pela Covid-19. Gritam muito mais alto as necessidades do marketing e dos departamentos comerciais. Hoje, no Futebol da Europa, acontece exatamente desta maneira: mal se interrompe um campeonato e um outro se encavala. E isso quando não se superpõem e os certames prosseguem simultaneamente. Na Itália, ao menos, na segunda-feira, dia 4 de Outubro, o “Nazionale” entrou numa “sosta”, a folga de duas semanas, porque a “Squadra Azzurra”, a sua seleção, nesse período disputará duas competições: além das Eliminatórias da Copa do Qatar/2022, a grande decisão da Nations League de 2020/2021, ou a Liga das Nações. Haverá público presente nos estádios.
Agora no desfecho da segunda edição, a Nations League é uma competição, paralela à tradicional Eurocopa, que a UEFA idealizou para mobilizar todas as 55 afiliadas nas chamadas “Datas Fifa”, quando, em razoável maioria, as seleções se dedicam a inúteis amistosos de caça-centavos. Portugal levantou a NL anterior, de 2018/2019 ao bater a Neerlândia por 1 X 0 na final. Um ranking separou as 55 em séries e em chaves. Na Divisão A, em quatro chaves, as 16 melhores. Na Divisão B e na C, as subseqüentes 16 e 16. E então, na Divisão D, sete, em um grupo de quatro e outro de três. Esse projeto, engenhoso, ousado, propõe ainda um inusitadíssimo regime de acessos e de rebaixamentos.
Nesta edição da NL, caíram quatro da Divisão A para a B: a Bósnia, a Islândia, a Suécia e a Ucrânia. Também quatro da B para a C: a Irlanda do Norte, a Eslováquia, a Turquia e a Bulgária. E as últimas quatro da C, Chipre X Estônia, Moldávia X Cazaquistão, ainda se confrontarão em duas partidas de ida e volta, em datas entre 24 e 29 de Março de 2022. As derrotadas, na edição seguinte da NL, estarão na Divisão D. Subiram da B para a A: a Áustria, a Hungria, a República Tcheca e Gales. Foram da C à B: a Albânia, a Armênia, a Eslovênia e Montenegro. E ainda, da D para a C, os elencos das Ilhas Far Oer e de Gibraltar. As decisões de agora mobilizarão a Itália, ganhadora do Grupo 1, a Bélgica líder do Grupo 2, a França vencedora do 3 e a Espanha do 4. Todas as pelejas se desenrolarão na Bota. Quarta-feira, dia 6, a “Azzurra pega a “Fúria” no San Siro de Milão. Quinta, dia 7, os “Bleus” desafiam os “Diables Rouges” no Allianz de Turim. Então, dia 10, em Turim e Milão, claro que em horários bem diferentes, se desenrolarão as disputas do bronze e do ouro.
Um detalhe essencial: existe uma conexão direta entre a Nations League e as Eliminatórias da Europa à Copa do Qatar/2022. Para as qualificatórias, a UEFA estabeleceu cinco chaves de seis seleções e outras cinco de sete times. As dez campeãs, automaticamente, terão os seus lugares garantidos na Copa. Como o continente poderá levar 13 equipes ao Qatar, restarão três vagas a se preencherem de acordo com um playoff suplementar. Estarão no playoff as dez vices das chaves das Eliminatórias e duas equipes provenientes da Nations League. No caso, obviamente, à exceção das já classificadas, as duas melhores do ranking. O playoff ostentará três grupos de quatro times, os quais se emparceirarão por sorteio e daí se confrontarão, dois a dois, jogos únicos, até que restem os três sobreviventes.
No balanço da segunda edição da LN, consideradas todas as séries e todas as chaves, houve 160 jogos e 328 tentos, a média de 2,26. Erling Haaland, da Noruega, se destacou como o artilheiro, 6 gols. Natural que seja absolutamente inviável especular sobre os momentos técnicos das quatro semifinalistas neste Outubro de 2021. Mas, é conveniente relembrar as principais estatísticas que marcam os seus dusafios. A Espanha e a Itália já se enfrentaram em 34 ocasiões, com a “Fúria” à frente da "Azzurra" por 12 triunfos a 10. A Bélgica e a França já se debateram 74 vezes, vantagem dos “Diables Rouges” por 30 a 25.
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