Principiou nesta terça-feira, 3 de Março, com 32 clubes separados em oito grupos, a fase mais longa e intensa da Libertadores de América/2020. São sete os representantes do Brasil na competição: o Flamengo, detentor do troféu, e mais o Athletico Paranaense, o Internacional, o Grêmio, o Palmeiras, o Santos e o São Paulo. E quatro estiveram em ação nesta data. Eis a síntese dos seus desafios, numa noitada de fato deliciosa, com 100% de aproveitamento:
Grupo C
ATHLETICO PARANAENSE 1 X 0 PEÑAROL (Uru)
Arena da Baixada, Curitiba, 42.372 lugares
Árbitro: Éber Aquino (Par)
Gol: Bissoli
Uma estréia de antologia no esquadrão do Uruguai, o primeiro campeão da Libertadores, em 1960: como o seu treinador, Diego Forlán, o herdeiro de um outro astro da “Celeste Olímpica”, Pablito Forlán. Ironia: embora um artilheiro implacável, Diego se enclausurou num fortim quase inacessível. E quando o “Furacão”, eventualmente, arrematava, o arqueiro Kevin Dawson pegava tudo. Aos 76’, enfim, a muralha ruiu. Thiago Heleno, o melhor do Athletico, lançou Nikão, que se desvencilhou de Rojas, o seu carrapato de plantão, e cruzou até Bissoli, que cravou 1 X 0, magistralmente, de letra. Valeu pelos três pontos.
Grupo E
INTERNACIONAL 3 X 0 UNIV. CATÓLICA (Chi)
Estádio Beira-Rio, Porto Alegre, 50.128 lugares
Árbitro: Ángel Arteaga (Ven)
Gols: Guerrero/2, Marcos Guilherme
Bem fraquinho, durante toda a etapa inicial o mediador Arteaga aceitou o anti-jogo dos visitantes. Pior, sem a potência e a pontaria indispensáveis a um mandante, o “Colorado” desperdiçou ao menos três oportunidades de consolidar o seu triunfo. Despontaria o alívio, porém, de forma estranha, aos 61’, na cobrança de uma falta, pelo artilheiro Paolo Guerrero, quando a pelota se desviou na barreira e traiu a atenção do arqueiro Dituro. Bastou para se romper de vez a retranca chilena. Guerrero dobraria, aos 67’, no desfrute de uma saída de bola horrorosa de Dituro. E ainda criaria o lance dos 3 X 0, aos 71’, num cruzamento que pegou Marcos Guilherme sozinho, junto ao outro poste. Excelente a etapa derradeira do Inter, para a festa da sua platéia.
AMÉRICA DE CALI (Col) 0 X 2 GRÊMIO
Estádio Pascual Guerrero, 34.405 lugares
Árbitro: Guillermo Guerrero (Que)
Gols: Victor Ferraz, Matheus Henrique
Brotou de modo bem esquisito, mas brotou depressa o tento do 1 X 0 do “Mosqueteiro” do Sul. Aos 15’, Lucas Silva bateu uma infração com um torpedo que acertou Diego Souza, seu colega de equipe. Felizmente o rebote sobrou para Victor Ferraz, que não titubeou. Aliás, o seu primeiro gol em nove partidas pelo Grêmio. O elenco de Renato Portaluppi não interrompeu a pressão. Continuou a tentar até que, aos 49’, depois de uma ótima avançada de Everton Cebolinha, a pelota sobrou, bem na entrada da grande área, para o foguete sensacional, em diagonal, de Matheus Henrique, justos 2 X 0.
Grupo G
DEFENSA Y JUSTÍCIA (Arg) 1 X 2 SANTOS
Est. Tito Tomaghello, Florencio Varela, 18.000 lugares
Árbitro: Gustavo Tejera (Uru)
Gols: Juán Rodríguez X Jobson, Kaio Jorge
Desarrumado, inconseqüente, o “Peixe” ainda resistiu ao elenco mais coordenado dos platinos e segurou o placar até os acréscimos dos 45’ quando, num escanteio alçado por Néri Cardozo, o central Juán Rodríguez investiu pelo miolo da área e fez 1 X 0, de cabeça. No Santos, contudo, se sobressaía Soteldo, que estruturou o lance que levaria ao empate, aos 71’, um cruzamento e a testada de Jobson, de surpresa, no outro lado da área. E de novo Soteldo se mostraria crucial aos 85’, ao roubar uma bola e armar um contra-ataquei de Kaio Jorge, 2 X 1. Curiosidade interessante: no banco do Defensa, como treinador, o ex-craque Hernán Crespo da “Albiceleste”.
Os brasileiros em ação no dia 4:
Grupo A
JUNIOR BARRANQUILLA (Col) X FLAMENGO
Metropolitano Roberto Meléndez, 60.788 lugares
Árbitro: Alexis Herrera (Ven)
Grupo B
TIGRE (Arg) X PALMEIRAS
Estádio José Dellagiovanna, Victoria, 26.282 lugares
Árbitro: Wilmar Roldán (Col)
Dia 5, quinta-feira
Grupo D
ESCUELA BINACIONAL (Per) X SÃO PAULO
Est. Guillermo B. Rosamedina, Juliaca, 20.030 lugares
Árbitro: José Mendez (Par)
Agora na sua edição de número 61, esta Libertadores se inaugurou em 21 de Janeiro, com 47 times dos dez países afiliados à entidade que administra o Futebol na América do Sul: Brasil (8 vagas), Argentina (6), Equador (4 e mais o Independiente del Valle, campeão da Copa Sul-Americana), e os outros com 4 equipes cada (Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela). A fase de grupos, dois turnos, se estenderá até o dia 7 de Maio. Os primeiros e os segundos colocados se promoverão às oitavas-de-final, entre 21 e 30 de Julho. Os terceiros serão repescados nas 16-de-final da Sul-Americana.
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