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Silvio Lancellotti - Blogs

Borja perde três gols e o "Verdão" e o "Peixe" só estacionam no 0 X 0

Uma jornada particularmente infeliz do colombiano, que desperdiçou as suas chances em cima da linha e permitiu ao Santos sair ileso do Allianz Parque

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Borja, uma jornada particularmente infeliz
Borja, uma jornada particularmente infeliz

Neste sábado, 23 de Fevereiro, pelo seu duelo de número 325, num Allianz Parque com inúmeros vazios, 33.980 espectadores para uma lotação de 43.713, provavelmente a conseqüência direta do temporal que assolou a Paulicéia, o Palmeiras e o Santos se igualaram no resultado nulo, 0 X 0, um prélio acirradíssimo, que valeu pela oitava rodada do certame estadual de 2019 e no qual os nervos expostos exigiriam o máximo de atenção do Flávio Rodrigues de Souza, um apitador a quem o VAR seguramente auxiliaria.

Pena, um prélio descolorido por causa da miséria da tal torcida única, uma determinação obtusa do Ministério Público e da PM, que não se mostram capazes de encontrar soluções mais objetivas e mais criativas para a questão da violência nos estádios, nas suas imediações e nos transportes públicos.

Borja, aos 41', o fracasso por excesso de firula
Borja, aos 41', o fracasso por excesso de firula

Aos 41’, num excesso de firula, cara-a-cara com as redes do Santos, já superado o arqueiro Éverson, o colombiano Borja desperdiçou a chance de abrir o placar e permitiu a escorada de Gustavo Henrique sobre a linha fatal. Azar do “Verdão” e alívio do “Peixe”, que atuou, aliás, de camisas douradas.

Flávio Rodrigues de Souza, o VAR lhe seria bem útil
Flávio Rodrigues de Souza, o VAR lhe seria bem útil

Aos 54’, do outro lado o mediador não viu um penal a favor do Santos, toque de mão de Gustavo Gómez, num tiro de Jean Lucas. Ironia: aos 60’ caberia a Jean Lucas, debaixo do seu travessão, impedir a festa de Borja, outra vez o colombiano, uma cabeçada que parecia endereçada ao gol.


Santos, cadê o fardamento branco, tradicional?
Santos, cadê o fardamento branco, tradicional?

Também Éverson, aos 74’, salvaria a meta do Santos com uma intervenção espetacular – sim, em cima da linha. E o inacreditável se exacerbaria aos 78, quando o Palmeiras amargou dois tentos perdidos no mesmo lance, a testada de Gómez que Éverson espalmou no travessão e então a rebatida que Borja, sempre ele, não desfrutou. Desde o seu cotejo inaugural (3 de Outubro de 1915, amistoso no Velódromo da capital, “Peixe” 7 X 0 no então Palestra Itália) o time hoje orientado por Luiz Felipe Scolari soma 136 sucessos a 104 contra o elenco hoje do platino Jorge Sampaoli, nos tentos uma folga de 553 a 469. 

O cerimonial protocolar, debaixo de um temporal
O cerimonial protocolar, debaixo de um temporal

Repleto de peculiaridades, o Estadual ostenta 16 equipes divididas em quatro chaves e as agremiações de cada grupo exclusivamente duelam com as outras 12, num turno único, de pontos corridos. Passarão adiante as duas melhores de cada grupo, cujas só então se desafiarão em porfias de ida e de retorno. As sobreviventes disputarão as semifinais e, daí, a decisão do título. 


Nos 19 pontos em 24 disponíveis, o Santos lidera com folga o Grupo A, à frente do Red Bull Brasil, que tem 14 e visita o São Paulo, terceiro do D, neste domingo. A situação do Palmeiras parece menos confortável: 15 pontos para os 13 do Guarani e do Novorizontino. O Santos e o Palmeiras acumulam, ambos, 22 troféus. O “Peixe” não levanta a taça desde 2018. O “Verdão” não conhece o topo do pódio desde a já distante temporada de 2008.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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