As notas dos jogadores do Brasil num jogo comandado pelo VAR
Só 1 X 1, em Quito, contra o Equador. Duas vezes o árbitro Vilmar Roldán marcou penal contra a seleção de Tite, expulsou o arqueiro Alisson e voltou atrás. Exibição medíocre da "Canarinho" de azul.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Assegurado o Brasil, apenas empenhado em carimbar o seu passaporte ao Catar com o nobre selo da liderança na América do Sul, o Equador, porém, pisou no gramado da sua “Casa Blanca”, o belo Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito, com uma ultra-séria obrigação: vencer, escalar o patamar dos 26 pontos, preservar a sua terceira posição na tabela e manter a boa diferença de seis que o separava da Colômbia. Adenor Bachi, o Tite, o treinador da equipe “Canarinho”, que utilizou camisas azuis, aproveitou para testar um ataque diferente, sem Neymar, lesionado. Estas eliminatórias da Commebol diretamente levam, à Copa de 2022, quatro seleções. A quinta classificada disputará um mata-mata, de jogo único, contra uma repescada da Ásia. Eis como os pupilos de Tite se portaram:
ALISSON – 6,0
Invariavelmente nas relações dos melhores do planeta na sua posição. Mas, produziu um susto enorme aos 25’ quando, fora da área maior, de pé levantado, se livrou da pelota e então, conseqüência do movimento, acertou a cabeça de Enner Valencia. No ímpeto, o árbitro Vilmar Roldan exibiu um cartão vermelho, posteriormente trocado por um amarelo depois da compulsória consulta ao VAR. Falhou no tento de Félix Torres, uma cabeçada da linha da área pequena. E entrou para a história do Futebol, ao ser excluído, outra vez, incrível nos acréscimos, e daí perdoado, numa munhecada na bola que Roldán considerou penal e e voltou atrás, depois de nova consulta obrigatória ao VAR.
EMERSON ROYAL – 4,5
Melhor experimentar, de novo, o lateral do Tottenham, ao invés de insistir no veteranérrimo Daniel Alves. Só que, ridiculamente, excessivamente estabanado, viu um cartão amarelo antes de 1’ de jogo e provocou o segundo logo depois da exclusão de Dominguez. Ao invés de ter um homem de vantagem, o Brasil se igualou ao Equador nos dez. Tite precisou chamar, claro, o veteranérrimo.
DANIEL ALVES – 6,0
Limitado às coberturas do hesitante Militão, não ousou nas investidas que o tinham tornado um quase atacante.
EDER MILITÃO – 5,5
Um dos pilares da retaguarda do Real Madrid, agora no lugar, certamente provisório, do titular Marquinhos, que Tite preferiu deixar no banco, atravessa uma boa fase de ressurgência no Chelsea da Inglaterra. Titubeante.
THIAGO SILVA – 6.5
Aos 37 de idade, remanescente do grupo que foi à Copa de 2010 na África do Sul. Discreto, mas eficientíssimo.
ALEX SANDRO – 6,0
Responsável por falhas graves em dois resultados ruins da sua Juventus de Turim, continua a manter a confiança do treinador. Um par de sobressaltos, não comprometedores.
CASEMIRO – 6,5
Indiscutível, insubstituível, o volante do Real Madrid, que logo aos 5’, depois de um cruza-cruza sobre a área do arqueiro Domínguez, saboreou a sobra de uma testada de Matheus Cunha e fez 1 X 0 quase em cima da linha. No gol, se atrasou na marcação de Felix Torres,
FRED – 7,5
Xodó de Tite, o meia canhoto do Manchester United vale mais pela utilidade que pelo brilho eventual. Aliás, pouco apareceu, para a torcida. Mas, precioso para o conjunto.
PHILIPPE COUTINHO – S/N
Graças à suspensão de Lucas Paquetá, uma excelente oportunidade que o treinador concedeu a um meia de bastante talento e no entanto incapaz de se fixar, inclusive numa equipe da Europa, atualmente a do Aston Villa de Londres, o sexto desde que a Inter de Milão o contratou ao vasco em 2010. Sacrificado por Tite que, por causa da tolice de Émerson Royal, expulso, colocou Daniel Alves na sua posição.
RAPHINHA – 5,0
Mais uma bela chance para o gaúcho do Leeds United que, em três aparições anteriores, anotou dois tentos e se encarregou de duas assistências. Não conseguiu saborear a sua escalação. Muito mal na frente, ainda se arriscou a cometer um pênalti boboca em Estupiñan, aos 55’, que o mediador cancelou graças ao VAR. Um desperdício.
ANTONY – S/N
MATHEUS CUNHA – 7,0
O produtivo campeão olímpico, hoje no Atlético de Madrid, com história primorosa na seleção, 17 gols em meras 20 partidas. Corajoso, mesmo entre dois beques, não fugiu de uma solada que o arqueiro lhe desferiu no pescoço, aos 13’, lance que exigiu de Vilmar Roldán a exibição do cartão vermelho. Um brigador solitário, saiu exausto, para a entrada de Gabigol, aos 78’
GABIGOL – S/N
VINI JÚNIOR – 5,5
Uma outra aposta de Tite no garoto do Real Madrid, ainda sem tentos na seleção principal. Frustrante.
GABRIEL JESUS – S/N
ADENOR TITE BACHI – 6,0
Repleto de excelentes intenções ao escalar o time com os jovens em busca de protagobismo. Porém, cerca dos 15’ da etapa derradeira, concluiu pela propriedade de colocar Antony e Gabriel Jesus nos lugares dos inúteis Raphinha e Vini Júnior. Desafortunadamente, tarde demais.
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