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Silvio Lancellotti - Blogs

Apesar do ex-Gabigol, o Santos ainda empata com o "Timão"

Dois tentos inacreditavelmente desperdiçados pelo antigo artilheiro impediram um triunfo merecido do "Peixe" na Arena do Corinthians

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Gabriel Barbosa: um ex-Gabigol, mesmo
Gabriel Barbosa: um ex-Gabigol, mesmo

Nesta noite gelada de 6 de Junho de 2018, o Corinthians e o Santos carregaram à Arena Ainda-Sem-Um-Nome de Itaquera muito mais pesos críticos e medos sérios do que alegrias eventuais. Desde que o bem-aventurado Fábio Carille trocou o cargo de treinador do “Timão”, por um caminhão saudita de petrodólares, o seu sucessor Osmar Loss perdeu três partidas e venceu uma única peleja. No Santos, um dos clubes mais suscetíveis aos atropelões da cartolagem, um mero degrau acima da zona de queda à Série B, de acordo com as eternas malvadezas dos bastidores Jair Ventura Filho não resistiria no caso de uma nova derrota.

Jair: apesar dos sustos, sobreviveu
Jair: apesar dos sustos, sobreviveu

O duelo valeu pela 10ª do Campeonato Brasileiro e nem a friorama de pré-Inverno impediu que 27.848 fanáticos prestigiassem o seu “Mosqueteiro” em um combate, mais uma vez, de torcida única. Pena, pois se trata do clássico mais antigo do Futebol do Estado. Desde o primeiro, 6 X 3 em favor do Santos, no Parque Antarctica, pelo certame regional, em 22 de Junho de 1913, até o recente1 X 1, na Arena do Corinthians, também pelo Paulista, tinham sido 328 os confrontos, vantagem estatística do “Timão”, 130 a 105 nas vitórias e 581 a 503 nos tentos anotados. Aliás, apesar da partida de Carille, do péssimo começo de Loss, também pelas suas performances no atual Brasileiro o “Mosqueteiro” era o favorito: 14 pontos contra 9, 8º lugar para 15º.

O novo gramado da Arena Corinthians
O novo gramado da Arena Corinthians

Dentro de sua casa, no Paulista e no Brasileiro, a folga do Corinthians se demonstrava arrasadora. Desde a abertura da Arena, em 2014, em 6 partidas, 5 triunfos e 1 empate, com 8 tentos a 1. Depois da instauração da torcida única, 3 X 0 nos triunfos e 4 X 0 nos tentos. E, de fato, depressa se mostrou bem efusiva a plateia de apoio ao elenco de Osmar Loss, enquanto os rapazes de Jair, naturalmente cautelosos, esperavam que surgisse a oportunidade ideal no instante justo. Duas curiosidades: as camisas azuis do Santos, homenagem da fornecedora à matriz britânica, e o gramado da Arena, eleito o melhor do País e agora com um desenho horizontalmente rajadinho.

O primeiro gol desperdiçado pelo Gabi-ex
O primeiro gol desperdiçado pelo Gabi-ex

Fechado em uma linha de quatro zagueiros, uma de cinco meio-campistas, mesmo com Romero de volta, mas sem o talento de Jadson, machucado, não funcionou o ataque do “Mosqueteiro”. E, durante toda a lenga-lenga da etapa inicial, coube ao “Peixe”, aos 38’, inscrever nos anais do certame o gol mais inacreditavelmente perdido até então. Num escanteio em que Walter se equivocou na rebatida, a pelota caiu no colo, literalmente, de Gabriel Barbosa, a meio metro da linha de meta. E o ex-Gabigol conseguiu a proeza de atirá-la, de coxa, por cima do travessão. Aliás, aos 50’ arruinou outra chance, um bico estapafúrdio nos limites da área pequena. Pois quem não faz, toma.


Loss: uma única vitória
Loss: uma única vitória

Imediatamente após, Rodriguinho desceu pela direita e, quase no fundo do campo, cruzou para trás. No ímpeto, Roger se antecipou a Lucas Veríssimo e bateu, rasteiro, Corinthians 1 X 0. O Santos, contudo, merecia uma sorte melhor. Fustigava mais do que o “Timão”. E a justiça o premiou aos 29’, numa falha patética da retaguarda do “Mosqueteiro”, que permitiu o cruzamento de Rodrygo e se esqueceu, do outro lado, de Victor Ferraz, meramente acompanhado por Rodriguinho. Victor Ferraz quase se ajoelhou para testar, mansamente, 1 X 1. É. Apesar dos pesares do ex-Gabigol, que poderia ter definido o placar pelo Santos, Osmar Loss continua sem vencer.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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