Ainda sem o CR7, a Juventus começa muito bem a temporada 2018/19
Na International Champions Cup que reúne 18 grandes clubes da Europa, jogos por lá, nos EUA e em Singapura, a " Senhora" fez 2 X 0 no Bayern
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Debaixo de uma chuva torrencial e à temperatura de 20 graus, nesta noite de quarta, 25 de Julho, no gramado do Lincoln Finantial Field de Filadélfia, EUA, com 69.176 lugares e a peculiaridade de uma cadeia própria de quatro celas para os eventuais arruaceiros, ainda sem o seu astro Cristiano Ronaldo a Juventus de Turim, heptacampeã da Itália, fez a sua estreia oficial na temporada de 2018/19. Pela International Champions Cup, novíssima, fascinante competição de preparação que agora atinge a sua edição de número 6, a “Velha Senhora” duelou com o Bayern de Munique. Importante: a Record News transmite a ICC, com exclusividade, para o Brasil.
Distribuída por 15 cidades dos EUA, por 7 da Europa e mais Singapura, a ICC congrega 18 clubes, 4 da Itália e 2 da Alemanha, 6 da Inglaterra, 3 da Espanha, 2 da França e ainda uma agremiação de Portugal. Ostenta um formato peculiar, com apenas 27 partidas. Cada time participa de 3 pelejas. Cada vitória vale três pontos. No caso de haver uma igualdade, se faz uma disputa de penais. O ganhador leva dois pontos e o perdedor fica com um. Decide-se o campeão na soma dos pontos. No caso, provável até, de ocorrer um empate de colocação, seguem, como critérios, o confronto direto, o saldo de gols, os gols a favor, os pontos obtidos diante de oponentes comuns, os cartões vermelhos e os cartões amarelos, o menor número de faltas cometidas e, ainda assim, preservada a igualdade, o cara-ou-coroa.
Foi o 14º desafio entre os piemonteses e os bávaros. Na Champions League, em 10 combates, o Bayern levava uma vantagem de 5 triunfos a 3. Apenas em amistosos a Juve se sobressaía, 3 prélios e 3 sucessos. E, nesta sexta ICC, o elenco tedesco já havia atuado contra um elenco misto do PSG, exatamente na estreia do arqueiro Gigi Buffon no time da França. Também com um elenco misto, de titulares habituais só o espanhol Javi Martínez, o gaulês Ribéry e o holandês Arjen Robben, o Bayern fez 3 X 1 no PSG. De novo treinador, o croata Nico Kovac no lugar do aposentado Jupp Heynckes, o hexacampeão da Alemanha não levou aos EUA o arqueiro Neuer; os beques Hummels, Boateng, Süle e Kimmich, os volantes Rudy, Thiago Alcântara, Goretzka, Vidal e Tolisso; os atacantes James Rodriguez, Müller e Lewandowski.
No comando da “Senhora” desde 2014, o contrato recém renovado até 2020, Massimiliano Allegri apenas poupou da viagem o CR7, em plena mudança com toda a família de Madrid para Turim, conforme expôs um meu artigo, no dia 24, aqui mesmo no R7. Feliz coincidência: para a sua atual estada na América a Juve escolheu se concentrar na mesma Pingry School de Nova Jersey em que a “Squadra Azzurra” havia efetuado os seus aprontos na Copa de 94, meros 140 quilômetros distante de Filadélfia. A tarja de luto nos uniformes da “Signora” representou uma homenagem a Sergio Marchionne (1952-2018), o audacioso executivo que assumiu a FIAT em 2002, a salvou da quebra, proporcionou a incorporação da Chrysler e também conduziu a Ferrari aos seus dois últimos títulos na Fórmula 1, em 2004/Schumacher e em 2007/Hakkinen.
Kovac optou por deixar Ribéry no banco. Allegri utilizou pela primeira vez o arqueiro Perin, ex-Genoa, o armador turco-germânico Emre Can, ex-Liverpool, e os atacantes Cancelo e Favilli, respectivamente um luso, ex-Valência, e um garoto das categorias de base, 21 de idade. Aliás, o jovem espigadíssimo, 1m91, quase abriu o marcador aos 2’, um tiro angulado que Ulreich espalmou. Mas, talvez porque iniciou bem antes a sua pré-temporada, o Bayern logo assumiu o comando das ações. Afortunadamente, o elástico Perin, 25 anos, se provou um postulante digno ao trono de Buffon. Pode até conquistar o posto que parecia garantido por Wojciech Szczesny, da seleção polonesa.
Aos 32’, no entanto, Josip Stanisic, ainda um juvenil do Bayern, tentou uma recuada horrorosa até Ulreich, que tolamente tentou evitar um escanteio trivial e entregou a Marchisio que tocou a Favilli com a meta escancarada, Juve 1 X 0. Pior para Kovac, aos 42’ o brasileiro Alex Sandro, espetacularmente, lançou Favilli, de mais de 50 metros, e o garoto investiu, sozinho, firme, 2 X 0. No intervalo o nubifrágio cessou. E os dois orientadores se locupletaram nas sua trocas. Apenas Kovac enviou ao campo cinco atletas que estavam na suplência, entre eles Robben e o velocista gaulês Coman, ex-Juve, aliás.
Na etapa derradeira, o Bayern chegou a acumular 70% do tempo de posse de bola. Esterilmente. Inutilmente. Coube à “Velha Senhora” somar os três pontos. Ainda nos EUA, no dia 28, em Harrison, Nova Jersey, pegará o Benfica de Portugal. E em 4 de Agosto, em Atlanta, pegará o Real Madrid. Sem Cristiano Ronaldo diante do seu ex-time. O CR7 apenas se apresentará à Juve no dia 12, já no retiro de Verão de Villar Perosa. No entremeio da ICC, em 1º de Agosto, abiscoitará o correspondente a R$ 20mi num cotejo festivo, em Washington DC, frente aos All Stars da Major Soccer League. Alguns astros que eté já vestiram as suas cores, como Giovinco e Zlatan Ibrahimovic.
* Em pé, De Sciglio, Chiellini, Favilli, Rugani, Perin e Emre Can. Agachados: Bernardeschi, Cancelo, Marchisio, Pjanic e Alex Sandro.
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