Messi e o primeiro troféu arrebatado pela Argentina em 28 anos
@ConmebolNeste mês de Julho de 2021, se encerraram três das seis competições regionais organizadas pelas Confederações afiliadas à FIFA. Na Concacaf, que administra o Futebol no Caribe, na América Central e na América do Norte, os Estados Unidos levantaram a taça em Denver, Colorado, ao baterem o México, numa prorrogação, por 3 X 2. Na Conmebol, da América do Sul, a Argentina abiscoitou o troféu ao sobrepujar o Brasil no Maracanã, 1 X 0, o seu primeiro título em 28 anos, o primeiro com a participação do craque Lionel Messi.
O time dos Estados Unidos, que levantou a Copa da Concacaf
@ConcacafNa UEFA, da Europa, em pleno santuário de Wembley, Londres, a Itália derrotou a Inglaterra nos penalidades e acabou com um jejum que datava de 1968. E nas outras três entidades, que aconteceu? Por causa da pandemia da Covid-19, a CAF, da África, adiou para Janeiro de 2022 a disputa já programada para Camarões. Na AFC, da Ásia, se mantém a previsão de a Copa local ocorrer, na China, apenas em 2023, talvez em Junho ou Julho. Na OFC, da Oceania, rigorosíssima na sua batalha contra a Covid-19, a Nova Zelândia, que hospedaria o campeonato de 2020, adequadamente optou pelo seu cancelamento. A OFC então o remarcou para 2024, em sede e em datas por enquanto ainda não discriminadas.
A Taça Fifa, no dia do sorteio das eliminatórias da Copa do Qatar
FIFADe todo modo, apesar de tantos entretempos, o Futebol continuará a transitar através dos gramados do universo. Por exemplo, na América do Sul, com a Libertadores, já nas suas oitavas de final. E na Europa, que já inaugurou a fase das pré-eliminatórias de suas três interclubes, a Liga dos Campeões, ou “Champions”, a Liga Europa e ainda uma inédita, a “Conference League”, Liga Conferência. Paralelamente, e talvez muito mais importante, seguem adiante, nas seis Confederações, as suas eliminatórias da Copa do Qatar/2022.
Eis como está a situação de cada uma delas:
Ásia
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AFC
Depois de pré-eliminatórias que descartaram seis das suas 46 afiliadas, a Confederação da Ásia partilhou os seus 40 candidatos em sete grupos de cinco e, com a desistência da Coréia do Norte, um outro de somente quatro. Os oito campeões e os quatro melhores segundos comporão dois novos grupos, cujos vencedores e vices daí se garantirão no Qatar. Os cotejos se desenrolarão entre 2 de Setembro e 29 de Março de 2022. Os terceiros decidirão, em jogo único, quem merecerá vaga ao menos num evento suplementar, uma repescagem, os chamados “playoffs” inter-confederações, marcados para Junho.
Irã
ReproduçãoNesses “playoffs”, com duas seleções da Oceania, mais a quinta da América do Sul, a remanescente da Ásia travará duelos de ida e volta que definirão duas classificadas ao Qatar. Eis as equipes da AFC ainda em ação no Grupo A: Irã (21 no ranking), Coréia do Sul (37), Emirados Árabes Unidos (67), Iraque (76), Síria (83) e Líbano (96). No B: Japão (26), Austrália (41), Arábia Saudita (72), China (74). Omã (86) e Vietnam (98). A imprevisão do sorteio colocou no Grupo B o Japão e a Austrália, os únicos elencos invictos até agora.
África
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CAF
Em número de afiliadas, com 54 federações, a África só fica atrás da Europa, que tem 55. Na formatação das suas eliminatórias, dividiu as 54 em duas turmas. Reservou as 26 melhor ranqueadas e compeliu as outras 28 a 14 mata-matas que se realizaram de 4 a 10 de Setembro de 2019. Daí, com as 26 privilegiadas e as 14 restantes, estruturou dez chaves que, não fosse a pandemia, teriam iniciado seus prélios de ida e volta em Junho de 2020.
Senegal
ReproduçãoEsses cotejos, agora, acontecerão entre 1º de Setembro e 16 de Novembro. Então, com os dez vencedores, por um sorteio se estabelecerão, para Março, cinco mata-matas, cujos líderes ganharão as cinco vagas da África ao Qatar. Como, habitualmente, nada é previsível na CAF, fica impossível imaginar favoritos. De todo modo, conheça os primeiros no ranking da FIFA: Senegal (20), Tunísia (29), Nigéria (33), Argélia (40), Marrocos (41), Egito (49), Gana (50), Camarões (53), República Democrática do Congo (56) e Costa do Marfim (57).
América Central, América do Norte e Caribe
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CONCACAF
A casa das Confederações da América do Norte, da América Central e do Caribe, ou 35 afiliadas, numa etapa inicial a Concacaf preservou as cinco de melhor posição no ranking da FIFA: México (11), Estados Unidos (20), Jamaica (45), Costa Rica (50) e Honduras (67). E dividiu as 30 restantes em cinco grupos de cinco e, por causa da desistência de Santa Lúcia, um outro de quatro. Em cada chave as seleções se digladiaram, todas contra todas, por pontos, em turno único, dois dos prélios dentro de casa e dois no campo do adversário. Sobreviveram Canadá, Curaçao, El Salvador, Haiti, Panamá e Saint Kitts and Nevis.
México
ReproduçãoUm sorteio emparceirou essas seis equipes em três mata-matas de ida e retorno. No placar agregado, El Salvador devastou Saint Kitts por 6 X 0. O Canadá bateu o Haiti por 4 X 0 e o Panamá ganhou de Curaçao, 2 X 1. As três vencedoras e as cinco preservadas agora compõem um torneio de oito, que se desafiarão, de 2 de Setembro a 30 de Março de 2020, em combates de ida e retorno. As três primeiras vão no Qatar. A quarta irá à repescagem.
América do Sul
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CONMEBOL
Programadas para se iniciarem em 26 de Março de 2020, as suas eliminatórias, comprometidas pela Covid-19, só começaram em 8 de Outubro de 2020. Em 8 de Junho se realizou a rodada 8. Duas jornadas, porém, a 5 e a 6, ainda não aconteceram. A 5, planejada para 8 de Outubro de 2020, foi transferida para 25 de Março e de novo adiada. Idem a 6, de 13 de Outubro de 2020 para 28 de Março. A 9 continua prevista para 2 de Setembro.
Brasil
ReproduçãoAs duas suspensas só acontecerão depois de se efetuar a 18, última da tabela, em 20 de Março. Com dez seleções, a privilegiadíssima América do Sul classifica ao Qatar as quatro com mais pontos. Sua quinta colocada, porém, ainda terá uma oportunidade nos “playoffs” inter-confederações. Efetuados seis jogos, nos 18 pontos, 100% de performance, o Brasil lidera com seis à frente da Argentina que lhe usurpou o deleite de ganhar a Copa América no Maracanã. Equador (9), Uruguai e Colômbia (8), mais o Paraguai (7), correm por trás.
OCeania
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OFC
Historicamente dominada pela Austrália, a Oceania nem vaga completa merece na Copa. Aliás, por uma questão lógica de equidade, a Austrália, hoje, inclusive, disputa as Eliminatórias da AFC, na Ásia. Tal opção deixou a Nova Zelândia, teoricamente, alguns degraus acima das outras no ranking da FIFA. Ocupa a posição de número 122.
Nova Zelândia
ReproduçãoA OFC dividiu suas 11 seleções em duas chaves de cinco e de seis equipes. Em cada grupo, todas combaterão todas num único turno e numa única sede. As duas melhores de cada grupo disputarão mata-matas de ida e retorno, cujas vencedoras ainda terão chances na repescagem. As partidas das chaves principiarão em Janeiro de 2022. Eis as melhores, no ranking, depois da Nova Zelândia: Ilhas Salomâo (143), Nova Caledônia (157) e Tahiti (161).
Europa
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UEFA
Terminou no dia 31 de Março aquela que foi, digamos, a primeira fase das eliminatórias da Europa para a Copa do Qatar. Até então aconteceram três rodadas de um total de dez. Organizada pela UEFA, a disputa congrega todas as suas 55 federações divididas em cinco chaves de cinco e outras cinco de seis seleções. A competição se estende até 16 de Novembro quando se conhecerão as vencedoras de cada Grupo. A Europa tem direito a 13 vagas. E só as dez campeãs podem visar automaticamente os seus passaportes.
Liga das Nações
ReproduçãoAs suas dez vices ainda necessitarão superar obstáculos e desafios, num sub-torneio até aqui inédito na UEFA. Às vices se agregarão mais duas seleções, advindas da nova “Nations League”, a Liga das Nações, a disputa paralela que a UEFA inventou de modo a propiciar possibilidades extras de exposição e inclusive de arrecadação às menos cotadas. As 12 se repartirão em dois potes. Em um, as seis de maior pontuação no ranking. Em outro, as restantes e as repescadas. Um sorteio, então, estabelecerá, em série, mata-matas de cotejo único, de 24 a 29 de Março de 2022, até que se fechem as 13 vagas. É cedo para especular sobre favoritos. Até aqui, Armênia, Dinamarca, Inglaterra e Itália somaram nove pontos em nove jogos. Não significa, porém, claro, que já possam se considerar no Qatar.
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