Agora, à espera de um domingo tenso para o esporte do Brasil
Depois da quinta em que comprometeram a sua classificação aos Jogos de Tóquio, uma jornada de cotejos cruciais no Basquete e no Futebol Sub-23
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Impressionante - e lastimável. Duas seleções que, apenas uma semaninha atrás, na teoria e no papel, já pareciam asseguradas nos Jogos de Tóquio, neste domingo, 9 de Fevereiro de 2020, desafiarão mais do que a sorte nas suas respectivas competições. Aquela do Basquete das garotas e aquela do Futebol Sub-23 dos rapazes. Necessitará, a feminina, de um milagre radical. Terá, a masculina, que bater a rival mais antológica em qualquer situação.

Alojada no grupo de Bourges, com a França, a nação hospedeira, e mais a Austrália e Porto Rico, a equipe do Brasil, sob o treinador José Neto, provinha da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima/2019, no Peru, quando suplantou Porto Rico na fase de classificação, 64 X 58, e até venceu um elenco menos experiente mas sempre difícil, dos EUA, 79 X 73 na decisão. Também havia sobrepujado Porto Rico, 95 X 66 na disputa pelo bronze da Copa América, logo depois do Pan, e dentro da casa da adversária.

Claro, a equipe do Brasil era a favoritíssima na reprise do combate em Bourges. Bastaria ganhar de Porto Rico para abiscoitar uma qualificação, pois o seu grupo oferecia três vagas aos Jogos de Tóquio. E efetivamente abriu uma vantagem de 10 pontos na etapa inicial. Todavia, sucumbiu aos seus próprios equívocos e desabou na prorrogação, patética, 89 X 91. A mesma turma de Porto Rico, neste sábado, dia 8, recebeu uma surra da Austrália, 74 X 100. Uma circunstância que tornaria quase indispensável um sucesso das moças do Zé Neto contra a França. Indispensável, e impossível, apesar do empenho do Brasil, como atestaria o placar farto, autoritário, de 89 X 72.

Numa competição organizada pela Colômbia, o elenco de André Jardini completou a fase de qualificação sem uma só mácula, quatro sucessos em quatro pelejas. Então, no quadrangular que vale dois passaportes, empatou com a anfitriã e com o Uruguai, dois sobressaltos de 1 X 1, com um ataque sem pontaria, uma defesa patética e, o seu infortúnio supremo, até mesmo um frangaço de antologia do excelente arqueiro Ivan, da Ponte Preta. Daí, desembarcou na rodada crucial, diante de uma representação platina já garantida, duas vitórias em dois prélios, com uma limitação matemática.

A tabela apresenta a Argentina na liderança, 6 pontos, 5 tentos pró e 3 contra. O Brasil tem 2 pontos, 2 gols pró e 2 contra. Seguem o Uruguai (1 – 3/4) e a Colômbia (1 – 2/3). Evidentemente, o time do Brasil se classificará, sem o recurso à matemática, no caso de um sucesso. Qualquer outro resultado, porém, exigirá a máquina de calcular. E, muito pior, dependerá ainda do que acontecer, horas antes, no duelo Colômbia X Uruguai. O ideal? Um 0 X 0.

Caso haja uma igualdade, o Brasil sobreviverá com outra, por qualquer placar. E talvez até se promova no caso de perder da Argentina. O placar de 0 X 0 entre Colômbia X Uruguai lhe permitirá a derrota desde que anote ao menos um tento e não ceda uma vantagem além da mínima. Ganhará a passagem ao Japão pelo confronto direto, os 3 X 1 que pespegou na qualificação.
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