A Inter pressiona, a Juve segura o 0 X 0 e vai à 21ª final da Copa Itália
Não adiantou todo o predomínio, estéril, da "Biscione" de Milão. A retaguarda da "Senhora" de Turim resistiu bravamente. Nesta quarta. dia 10, se decide o seu adversário, entre Atalanta e Napoli.
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Após sofrer uma derrota retumbante, Fiorentina 3 X 0, dentro de Turim, na sua partida derradeira de 2020, em onze pelejas pelo “Nazionale”, pela Copa e ainda pela Supercopa da Itália, a Juventus ganhou 10 e só tombou numa, no Campeonato, diante da Internazionale, dia 17 de Janeiro, em Milão, 0 X 2. No trajeto, anotou 27 tentos e apenas concedeu 8. Aliás, depois daquela escorregada, alinhavou seis triunfos consecutivos com 14 gols a um.

No mesmo período, se demonstrou menos alentadora a performance da Inter. Porque não disputou a Supercopa, circunscrita a Juve e Napoli, 2 X 0 para a “Senhora” do Piemonte, a “Biscione”, a serpente mitológica de Milão, esteve em 10 pelejas – 6 triunfos, 2 empates e 2 derrotas, 22 tentos a favor e 10 sofridos. Uma das derrotas, para a Sampdoria, 1 X 2 em Gênova. A outra, exatamente como anfitriã, para a Juve, 1 X 2, na ida da fase das semifinais da Copa, dia 2 de Fevereiro. Uma semana depois, nesta terça, dia 9, na porfia de retorno, no Allianz Stadium da “Senhora”, o 0 X 0 serviu para levar a Juve à decisão de 2020/2021.

Compelido a se proteger bem na retaguarda e a atuar na contra-ofensiva, Andrea Pirlo, o treinador da Juventus, alterou praticamente toda a sua defesa. Normal a entrada de Gigi Buffon na meta, tradicional o seu rodízio com o habitualmente titular Wojcieh Szczesny. Dos zagueiros de costume, todavia, sacou os mais veteranos, Leonardo Bonucci, 33 anos, e Giorgio Chiellini, 36, e colocou no jogo os jovens Merih Demiral, 22, e Matthijs de Ligt, 21.

Intenção precípua de Pirlo: além de implantar um vigor maior na sua bequeira, avançar a marcação, de maneira a atrapalhar os planos agressivos de Antonio Conte, que se fiaria essencialmente na dupla La-Lu, Lautaro Martínez e Romelu Lukaku. Pirlo também ousou ao alterar os planos de velocidade no seu ataque. No posto de Álvaro Morata, seu líder em assistências mas também em impedimentos, colocou Kulusevski, um especialista nas arrancadas com a pelota dominada. Pois deu certo, parcialmente, durante toda a etapa inicial. A Inter pressionou ingentemente, 63% de posse de bola. Mas a Juve resistiu.

Não bastava à Inter realizar 1 X 0. Pelo critério da “rete” qualificada, que favorecia a “Senhora”, a conta do tento em dobro quando realizado como visitante, a “Biscione” necessitaria de uma vantagem de dois gols para se livrar da prorrogação e da eventual loteria dos penais. Claro, na etapa derradeira não se alterou o perfil da pugna. A Inter no cerco ao fortim “bianconero”, a Juve a especular nos “contropiedi”. Aliás, e por incrível que pareça, a melhor chance da partida aconteceu aos 64’ e numa barbeiragem horrorosa da retaguarda da Inter, que esqueceu Cristiano Ronaldo soltinho à frente de Handanovic. E, mais incrível ainda, o CR7 bateu murcha, mornamente, nas pernas do arqueiro.

Aos 69’, desta vez num lance belíssimo, em que desferiu um petardo potente, o CR7 de novo chutou sobre Handanovic. A equipe da Inter já parecia esgotada por tanto martelar. E o cronômetro do árbitro romano Maurizio Mariani se tornou o seu principal adversário. Conte & Cia. promoveram uma sessão de literal sufocamento sobre Pirlo & Ltda. Porém, desafortunada “nerazzurra”, amargaria o seu predomínio estéril e a atuação impecável da sólida bequeira da Juve, Demiral e de Ligt, numa jornada que ambos jamais esquecerão. A “Senhora” na sua 21ª final da Copa Italia e na corrida pela seu 14ª troféu contra quem sobreviver de Atalanta X Napoli, nesta quarta, 10, em Bérgamo. Na ida, 0 X 0.
Gostou? Clique num dos ícones do topo para “Compartilhar”, ou “Twittar”, ou deixe a sua opinião sobre este meu texto no meu “FaceBook”. Caso saia de casa, seja cauteloso e seja solidário, use máscara, por favor. E fique com o meu abraço virtual! Obrigadíssimo!