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Pancada de 5 a 1 do Inter prova que São Paulo virou refém do Dinizismo

Tricolor não acha saída tática quando o rival acerta na marcação de seu esquema 'bolinha-bolinha'. Apenas Diniz ainda não percebeu

R7 Só Esportes|Eduardo Marini, do R7

São Paulo não consegue se livrar das 'algemas' dos rivais - mas Diniz prefere berrar palavrões
São Paulo não consegue se livrar das 'algemas' dos rivais - mas Diniz prefere berrar palavrões São Paulo não consegue se livrar das 'algemas' dos rivais - mas Diniz prefere berrar palavrões

São Paulo um, Internacional cinco, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro 2020. Na batalha de líder contra vice-líder, o Colorado humilha o adversário em pleno Morumbi. Chega aos 59 pontos em 31 jogos e toma do próprio Tricolor Paulista a ponta da competição.

O técnico do São Paulo, Fernando Diniz, virou um desbocado refém do que se convencionou chamar de Dinizismo. E também da maneira frequentemente deseducada, grotesca até mesmo para os padrões do futebol, com que chama atenção de seus jogadores para que façam funcionar seu esquema de toque de bola do goleiro a quem chuta ao gol adversário.

O Inter amassou o São Paulo em técnica, disciplina tática, disposição e vontade de vencer. Foi estupidamente melhor em tudo. O tempo todo. E se conquistar o título? A diretoria vai virar para ele e dizer: “nosso campeão do mundo e atual campeão brasileiro, o senhor está demitido?” Coisas do Brasil para contar para o dinamarquês e ele, claro, não acreditar.

Do outro lado do campo, estilo toquinho-toquinho, bolinha-bolinha de Diniz, ao que tudo indica, foi mapeado não só pelo técnico do Colorado, Abel Braga, mas por todos os principais concorrentes ao título. Apenas Diniz parece ainda não ter percebido isso.

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O São Paulo dá a todo adversário, atualmente, a sensação de não saber encontrar uma saída quando o adversário consegue minimamente “prender a paca” marcando forte as suas jogadas desde a saída, encontrando uma maneira de furar suas linhas nos contra-ataques.

Hoje, o Tricolor é nitidamente um time desequilibrado em termos psicológicos. Por mais que se tenha dado, no Morumbi, como resolvido o mal-estar criado pela forma agressiva com que Diniz repreendeu Tchê Tchê dias atrás, o elenco passa impressão oposta. Apenas o técnico são-paulino ainda não percebeu que seus berros grotescos muito mais atrapalham do que ajudam.

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O São Paulo dá mostras de ter perdido o tutano e a confiança e a segurança. Como o esquema de toques de Diniz requer, necessariamente, segurança, postura e precisão, para levar a bola de passe em passe até o gol rival, sem chutões ou grandes correrias atrás da bola em profundidade, a equipe hoje parece uma caricatura mal rabiscada do grupo decidido e seguro de semanas atrás.

O Inter fez seu papel. Marcou à perfeição a saída de bola do São Paulo desde o início. E aproveitou com maestria as linhas muito adiantadas do rival, inclusive a dos zagueiros, para meter seu pacote de gols, dois deles ainda na primeira metade da etapa inicial.

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E era para ser de mais. Uns sete não formariam placar exagerado. Ao final do jogo, restou a melancolia de ouvir um Diniz ecoando palavrões aos berros em um Morumbi vazio.

Em vez de gastar toda essa energia em descarga verbal, Diniz bem que poderia reservar parte do ímpeto na busca de alternativas de esquema para desafogar sua equipe quando ela é completamente mapeada e algemada pelo adversário, como ocorreu nesta quarta-feira (20) em pleno Morumbi.

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