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Daniel seria decapitado e mutilado. "Edison é psicopata", diz delegado

Ministério Público divulga detalhes do assassinato do jogador. Jovens o seguraram para Edison tentar cortar sua cabeça

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Daniel seria decapitado e mutilado. A crueldade do assassinato não tem limite
Daniel seria decapitado e mutilado. A crueldade do assassinato não tem limite

São Paulo, Brasil

Desde a manhã de 27 de outubro, o país se indigna um pouco mais.

A cada 24 horas, o Ministério Público do Paraná detalha a terrível morte do jogador do São Paulo, Daniel Correa.

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Um mês após o assassinato, já se soube de atitudes bárbaras, selvagens, de Edison Brittes Junior, de 38 anos; Eduardo Henrique da Silva, de 19; Ygor King, de 19; e David Willian Vollero da Silva, de 18.


A crueldade parece não ter fim.

Daniel foi a Curitiba participar da festa de 18 anos de Allana Brittes. Além dela, estavam seus pais Edison e Cristiana, de 35 anos.


Com mais dezenas de amigos, comemoraram o aniversário na casa noturna Shed. A bebida, principalmente vodca e energético, foi à vontade. A conta, paga por Edison, passou dos R$ 30 mil.

Não contente com a celebração, o pai da aniversariante convidou cerca de 15 pessoas para prorrogarem a festa na sua casa. 


Lá, Daniel, de 24 anos, estava completamente embriagado.

E passou a mandar mensagens de WhatsApp para amigos.

Nelas, fotos dele com Cristiana, aparentemente dormindo.

A partir daí, de acordo com a polícia, começou o crime mais hediondo cometido contra um jogador de futebol no Brasil.

Edison estranhou a porta do seu quarto fechada. E deu a volta para olhar pela janela o que acontecia. E, quando viu Daniel e a esposa na cama, se alterou. De acordo com o MP, arrombou a porta do quarto e passou a espancar Daniel. Eduardo e Ygor passaram também a massacrar o jogador com pontapés e socos preferencialmente no rosto, na cabeça.

Veja mais: Defesa cita Lava Jato para tentar soltar suspeita de matar Daniel

Já está desmentida a versão de que Daniel tentava estuprar Cristiana. E que ela havia pedido socorro. De acordo com a Polícia, Edison teria ficado furioso ao ver o jogador na cama com sua mulher. E o ódio aflorou ao ver que ele havia tirado fotos com a esposa e mandado para amigos por WhatsApp.

A sessão de espancamento foi violentíssima. E deixou sangue pela casa. Edison decidiu que se vingaria da pior forma possível. E exigiu que fossem buscar uma enorme faca que possuía para cortar carne.

A chocante novidade do dia foi o que aconteceu no percurso entre a casa de Edison até a plantação de pinheiros, onde o corpo de Daniel foi abandonado.

E uma revelação.

Daniel Brittes queria decapitar Daniel descobriu Ministério Público
Daniel Brittes queria decapitar Daniel descobriu Ministério Público

Edison, além de mutilar Daniel, o que faria mais tarde, queria decapitá-lo.

"Durante o longo percurso, o denunciado Edison Luiz Brittes Junior foi ao volante, conduzindo o veículo, enquanto no banco ao lado, à sua direita, ia o codenunciado David Willian Vollero da Silva, ao passo que os codenunciados Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King tomaram o assento traseiro, sendo certo que durante o tempo consumido para alcançarem o local de destino, a vítima Daniel Correa Freitas continuou a ser violentamente agredida a cotoveladas pelo denunciado Ygor King."

“(…) Neste local, em via pública, mesmo estando séria e intensamente lesionada, a vítima Daniel Correa Freitas foi retirada do porta-malas e submetida a uma nova e cruel sessão de espancamento, a socos e pontapés, pelos codenunciados".

De acordo com o Ministério Público do Paraná, Eduardo, Ygor e David seguraram Daniel. Para que Edison pudesse arrancar sua cabeça com a faca.

"[Houve] imobilização da vítima pelos demais codenunciados, nela provocando a lesão mortal […]"

O ódio de Edison foi tamanho que a faca cortou o pescoço e chegou a atingir a coluna cervical.

Veja mais: Caso Daniel: Polícia deve concluir inquérito e definir crimes

Depois que Daniel morreu, o marido de Cristiana cumpriu sua promessa.

E cortou o pênis do jogador e o jogou longe.

Foi encontrado pela perícia a 20 metros do corpo.

A perícia ainda não tem certeza de que não foi o contrário.

Primeiro, supostamente mutilaram o atleta e depois Edison o matou.

O quarteto, mais Cristiana, vão enfrentar acusações gravíssimas.

Homicídio triplamente qualificado, com motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, ocultação de cadáver e fraude processual.

Cristiana também foi indiciada pelos mesmos crimes.

Veja mais: Polícia investiga propriedade do carro usado na morte de Daniel

Allana terá de responder por coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de menores.

Evellyn Perusso, por fraude processual, já que teria mentido como testemunha.

Infelizmente, detalhes terríveis deverão continuar a vir a público.

Cristiana, pivô do crime, também foi denunciada por assassinato
Cristiana, pivô do crime, também foi denunciada por assassinato

O MP do Paraná pedirá penas máximas ao quinteto.

As penas pedidas deverão passar dos 50 anos de prisão.

Embora, no Brasil, o maior período de cárcere é 30 anos.

Os detalhes são terríveis.

Veja mais: Testemunha do assassinato de Daniel recebeu ameaças, diz advogado

"O Edison Brittes é um sádico, um sádico frio. É totalmente uma pessoa que não tem remorsos. Como já disse, é de uma periculosidade acentuada. É um elemento que deve ser mantido preso. Longe da sociedade. É um psicopata", resume Amadeu Trevisan.

O delegado que acompanha o caso está chocado.

Edison segue sem arrependimento do assassinato...

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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