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Cosme Rímoli - Blogs

Contratação de Depay, pelo Corinthians, parece incomodar Leila. ‘Como um clube contrata se ainda deve salários? A conta não fecha!’

Direção corintiana entendeu como ataque a fala da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ao criticar clubes que devem salários e fazem grandes contratações. Ela falou no mesmo dia em que o clube fechou, por R$ 70 milhões, a vinda do holandês Depay

Cosme Rímoli|Do R7

Leila Pereira e Borja. A contratação do colombiano foi um fiasco, diante das expectativas. Traumatizou a dirigente

A direção do Corinthians não quer comprar briga pública.

Afinal, a relação com o Palmeiras está muito boa.

Mas incomodou a fala da presidente do Palmeiras, Leila Pereira.

Ela resolveu criticar ontem à tarde os gastos de clubes, que não pagam em dia os salários dos seus atletas, mas fazem grandes contratações.


Leila disse horas depois de a negociação do holandês Depay, por R$ 70 milhões, estar acertada pelo rival paulista.

“Eu não vou fazer loucuras. Eu quero entrar aqui na Academia de Futebol de cabeça erguida, sabendo que todos os meus atletas e todos os meus colaboradores recebem em dia salário e imagem.


“Como é que eu vou cobrar de um atleta se ele está com 3 ou 4 meses de salário atrasado? Como é que eu vou contratar jogadores se eu não tenho dinheiro para pagar o salário em dia dos meus jogadores? Eu não vou fazer isso.

“Aqui no Palmeiras, nós temos essa responsabilidade, mas isso tinha que ser obrigatório porque é injusto o Palmeiras deixar de contratar. Eu não quero deixar de honrar meus compromissos profissionais, enquanto clubes contratam não sei como. Se não paga o salário do jogador, como é que está adquirindo novos atletas? Essa conta não fecha. Tanto não fecha que está cheio de clubes quebrados.


“Porque aí é fácil: eu torro uma fortuna, saio e largo no colo do próximo presidente.

“Não, você vai pagar com o seu patrimônio!

“As leis deveriam ser mais rígidas!”

O ataque foi frontal.

O que acontece no Palmeiras, e os dirigentes corintianos sabem, é a repetida indagação de conselheiros, membros da direção e, evidentemente, dos torcedores.

Como é que o clube não contrata um artilheiro ‘de verdade’, de impacto, capaz de marcar os gols que o time tanto precisa?

E segue apostando em jovens como Flaco López, Navarro, Lázaro, Bruno Rodrigues?

A pressão no clube não chega diretamente a Leila, que não aceita ser cobrada.

Até Abel Ferreira se submete, ouviu da dirigente que prefere um jovem promissor que possa vender no futuro.

Do que apostar em jogador vivido, caro e sem a menor garantia que ele não irá se acomodar com um contrato milionário de quatro, cinco anos.

Mas é lógico que ela fica incomodada quando um rival, que deve R$ 2,2 bilhões contrata uma estrela internacional por R$ 70 milhões.

E o Palmeiras, que arrecadou R$ 889 milhões, em 2023 e teve um superávit de R$ 8,5 milhões, segue tão tímido nas contratações de um homem-gol.

Só quem é próximo de Leila sabe o quanto ela fica incomodada com as críticas na imprensa.

Ela lembra muito bem de quanto o então executivo de futebol, Alexandre Mattos, a convenceu a gastar em Borja.

Foram 10,5 milhões de dólares, atuais R$ 58,5 milhões.

O colombiano exigiu e teve contrato de cinco anos.

Recebendo 85 mil dólares por mês, cerca de R$ 473 mil.

Mais luvas de 1,2 milhã de dólares, cerca de R$ 6,6 milhões.

O paraguaio Lucas Barrios também foi enorme desilusão Palmeiras

A Receita Federal não aceitou que a Crefisa ‘desse’ o jogador, como queria Leila.

E o Palmeiras teve de devolver cada centavo à empresa da presidente, patrocinadora do clube.

A dirigente viu quanto dinheiro foi desperdiçado com o atleta que não rendeu.

E não aceitou rescindir seu contrato.

Houve também desgosto com o paraguaio Lucas Barrios, que também teve desempenho fraco.

Por isso tem trauma de investir em atacantes consagrados, vividos.

O que ela falou ao jornalista Flávio Prado tem sentido.

Mas a explicação é muito mais profunda do que tomar cuidado com o dinheiro do clube.

Teme apostar em atletas caríssimos e eles não renderem.

E não tiverem condição de dar lucro ao Palmeiras.

Daí a incerteza em relação a Gabigol em 2025...










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