Confiante, Palmeiras é semifinalista da Libertadores. Depois de 17 anos
O Palmeiras não deu a menor chance ao Colo Colo. Venceu novamente por 2 a 0. E, inteligente, Felipão ainda poupou seu time para o Brasileiro
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Depois de 17 anos, o Palmeiras voltou às semifinais da Libertadores da América. Irá enfrentar Boca Juniors ou Cruzeiro. Com a grande vantagem de decidir a vaga à final na sua arena, diante da torcida, em São Paulo.
O time de Felipão demonstrou toda a sua superioridade diante do Colo Colo, de Valdivia.
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Assim como aconteceu em Santiago, a equipe, na sua arena, se impôs não só na técnica, mas na estratégia. Venceu outra vez por 2 a 0, gols de Dudu e Borja, de pênalti.
O Palmeiras não repetiu a bobagem das oitavas de final, quando venceu o Cerro Porteño por 2 a 0 no Paraguai e, graças à infantil expulsão de Felipe Melo, o time passou por um sufoco em casa e ainda perdeu a partida por 1 a 0.
Desta vez, tudo seguiu a normalidade.
Luiz Felipe Scolari foi muito inteligente. Ele fez seus jogadores travarem o ritmo de jogo. Nada de correria, desgastes desnecessários. Por dois motivos simples.
O primeiro, e óbvio, porque não precisava.
O time chileno era muito inferior.
O segundo denuncia a ambição do treinador.
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Felipão conseguiu disputar a partida decisiva das quartas de final da Libertadores pensando no São Paulo. O técnico fez com que seus atletas ganhassem a vaga, mais confiança e ainda se poupassem para o jogo fundamental no Brasileiro. O Palmeiras, líder, enfrentar o grande rival e terceiro colocado, a um ponto de distância, em pleno Morumbi.
Não há a menor dúvida.
Scolari quer os dois títulos.
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E tem elenco para acreditar nas conquistas.
"Fizemos um jogo maduro. Em momento nenhum sofremos, controlamos o adversário e temos de dar méritos ao professor Felipão, que no jogo trouxe o Dudu para o meio e cumprimos o que ele pediu.
"Temos um jogo importantíssimo no sábado, é recuperar os jogadores, uma maratona pesada e vamos fazer um grande jogo no Morumbi", apostava Moisés.
Felipão montou o Palmeiras para não sofrer, de verdade. Tratou de proteger a intermediária com três volantes: Thiago Santos, Bruno Henrique e Moisés. E ainda fez com que Dudu atuasse mais centralizado na intermediária. Deixou os lados do campo para Willian. E mesmo Borja teve de ajudar na marcação.
A intenção era não permitir ao Colo Colo dominar as intermediárias, deixar Valdivia articular. A expectativa era que os chilenos partiriam para o tudo ou nada. Já que haviam perdido por 2 a 0, em Santiago.
Mas Hector Tapia sabe o time limitado que possui.
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E não quis abri-lo, tentando pressionar o Palmeiras, para não tomar contragolpes, como na primeira partida. Colocou seu time no 3-5-2, esperando que a torcida empurrasse o time brasileiro e seus jogadores tivessem espaço para atacar.
Ou seja, nenhuma das duas equipes se arriscava.
A primeira meia hora chegou a ser monótona.
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Sem chances de gol.
Foi quando aos 36 minutos, Dudu ousou acabar com a monotonia. Ele dominou a bola na intermediária, deu pedaladas, e chutou, de esquerda, da entrada da grande área. A bola entrou com força e pontaria, rápida demais para Orion. Palmeiras 1 a 0.
O golpe foi forte demais para os chilenos. Eles e todos que assistiam à partida sabiam que não tinham futebol para reagir. Era a consolidação da vaga às semifinais para o Palmeiras.
Felipão seguiu impassível no banco, fazendo com que seu time seguisse seguro no jogo.
Mal começou o segundo tempo, Dudu foi seguro por Opazo dentro da área.
Pênalti claro.
Moisés pegou a bola para cobrar.
Mas Borja pediu, precisava acabar com o jejum de oito jogos.

Cobrou, marcou e vibrou muito.
Com 2 a 0, Felipão começou a poupar, pensando no São Paulo, sábado.
Tirou Dudu, depois Borja e Willian.
Queria seu trio de ataque descansado no Morumbi.
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Com o segundo gol marcado aos sete minutos, o jogo acabou.
O Palmeiras tocava a bola com lentidão, visivelmente poupando seus atletas.
E o Colo Colo, sem forças, aceitou o ritmo em câmera lenta do jogo.
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O Palmeiras chegou à semifinal com tranquilidade.
Desde 2001, o time não chegava tão longe na Libertadores.
Felipão sabe.
Sua equipe pode ir muito além.

Na competição continental.
E também na nacional.
O Palmeiras foi seguro e muito inteligente.
Chegará pronto para o São Paulo...
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