Dos vinte clubes que participam do Brasileiro de 2018, três já trocaram de treinador. Depois de meras duas rodadas no comando do Sport Recife, um único empate em dois cotejos, o campineiro Nelsinho Baptista, 67 de idade, o decano da turma, soltou fogo numa entrevista coletiva, esculhambou a diretoria do “Leão” e anunciou a sua demissão. Depois de seis jornadas, Fábio Carille, o detentor do título do campeonato, trocou o Corinthians por um alentado caminhão de petrodólares da Arábia Saudita.
No lugar de Nelsinho entrou Claudinei Oliveira, um ex-arqueiro, e o Sport, surpreendentemente, adotou um estilo ofensivo que lhe propiciou conquistar a bagatela de 10 pontos em 15 disponíveis, inclusive com um triunfo sobre o Palmeiras, 3 X 2, em pleno Allianz Parque da Paulicéia. No posto de Carille, uma sucessão natural, assumiu o seu sub, Osmar Loss, de bela história nas categorias de base do “Coringão”. Infortúnio, porém, Loss perdeu as duas pelejas de estreia. Contingências de um torneio longo, de pontos corridos, e de um calendário que fez o Corinthians disputar quinze prélios em 40 dias – no campeonato, na Libertadores e na Copa do Brasil.
Uma semana atrás, a classificação do Brasileiro exibia seis clubes amontoados entre os 13 e os 10 pontos. Pois neste domingo, 27 de Maio, a situação mais se adensou. Na mesma distância, agora entre os 14 e os 11, há nove agremiações. E o elenco que lidera a competição, o do Flamengo, ostenta em seu banco o treinador mais impensável antes de o torneio começar, em Abril.
Trata-se de outro campineiro, Maurício Barbieri, apenas 36 de idade, o caçula da classe. Sábado, o seu “Urubu” bateu o Atlético Mineiro, por 1 X 0, e como visitante. Sim, o "Urubu" bateu o “Galo” do fluminense Thiago Larghi, 37, também um jejuno na Primeira Divisão. Detalhe, contudo: Larghi fez cursos na CBF e na UEFA, e foi analista de Desempenho para a seleção de Tite nas eliminatórias da Copa da Rússia. Eu ouso asseverar que, não fossem os pontos corridos, talvez não despontassem tantos jovens talentos para essa rude e dolorosa função de treinador de futebol no País.
PS: O terceiro treinador que saiu do emprego foi Péricles Chamusca, do Ceará, substituído, após a sexta jornada, por Jorge de Amorim Campos, o Jorginho, ex-lateral de ouro na Copa dos EUA/94. Mesmo com a modificação, o Ceará, que perdeu do Grêmio, em Fortaleza, 0 X 1, permanece atolado na zona de rebaixamento. O único estrangeiro, o uruguaio Diego Aguirre, paulatinamente, a cada pugna, melhora a posição do São Paulo, ainda invicto neste Brasileiro, uma vitória em Belo Horizonte, sobre o América, 3 X 1, e 13 pontos.
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