Balanço final da interessantíssima Nations League da Europa/2018
Com as seleções distribuídas em quatro divisões, a UEFA soube aproveitar bem as "Datas Fifa" e mobilizar 55 afiliadas numa competição oficial
Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti
Completou-se nesta terça-feira, 20 de Novembro, a fase de qualificação da Nations League da Europa, uma nova competição que a UEFA criou para mobilizar as suas 55 afiliadas em partidas oficiais nas chamadas “Datas Fifa”, aquelas que deveriam se reservar às eliminatórias da Copa do Mundo ou aos certames continentais, mas que, costumeiramente, apenas se desperdiçam em irrelevantes combates no mais grotesco estilo caça-níqueis.
O seu conceito se baseia num ranking estabelecido logo após as eliminatórias da Copa da Rússia, as seleções da UEFA separadas em quatro divisões. Na A, obviamente, as doze melhores. Na B, mais doze. Na C, quinze. E, na D, as restantes dezesseis. As vencedoras de cada grupo, na Série A, agora se digladiarão, entre 5 e 9 de Junho de 2019, para a determinação da campeã geral da NL. Da D à B, as vencedoras merecerão subir à categoria acima.
Em 3 de Dezembro, no antológico Shelbourne Hotel de Dublin, na República da Irlanda, estabelecimento datado de 1894, a UEFA realizará o sorteio do emparceiramento das semifinalistas da Série A. Itália, Polônia e Portugal se propuseram como a sede das pugnas. Claro, descartados os peninsulares e os polacos, os lusitanos organizarão as decisões no Porto e em Guimarães.
SÉRIE A
Aconteceram 24 porfias, em que se anotaram 72 gols, a média de 3,00. Na Copa da Rússia, ficara em 2,64. Um sucesso, também, de público presente: 989.180 pessoas, 41.216 por pugna, apesar de vários estádios pequeninos.
GRUPO 1
Ganhou a Holanda, 7 pontos como a França, porém uma performance melhor no confronto direto (2 X 0 e 1 X 2). Rebaixada a irregular Alemanha, 2 pontos.
GRUPO 2
Ganhou a Suíça, 9 pontos como a Bélgica, porém uma performance melhor no confronto direto (1 X 2 e 5 X 2). Rebaixada, a Islândia, nem um mero empate.
GRUPO 3
Ganhou Portugal, 8 pontos, mesmo sem o astro Cristiano Ronaldo, que solicitou dispensa da convocação. A Itália, 5 pontos, anotou meros dois gols em quatro pelejas. Com apenas 2 pontos, rebaixada a Polônia.
GRUPO 4
Ganhou a Inglaterra, 7 pontos, ao superar a Croácia, 2 X 1, de virada, no final do cotejo derradeiro. Com 6, a Espanha foi a segunda. A Croácia, 4, rebaixada.
SÉRIE B
Aconteceram 24 porfias, em que se anotaram 48 gols, a média de 2,00. Na Copa da Rússia, ficara em 2,64. Um quase sucesso de público: 533.767 pessoas, 22.240 por pugna. Claro, muitos estádios pequenos. No caso de algumas das melhores seleções de cada Grupo não conseguirem vagas, à UEFA/2020, nas eliminatórias normais, haverá uma repescagem-extra.
GRUPO 1
Promovida a Ucrânia, 9 pontos, e por antecipação. Ficou para o cotejo derradeiro a decisão da rebaixada. Feliz da República Tcheca, que superou a Eslováquia, a sua antiga irmã geográfica, 4 X 1, e resistiu com 6 pontos a 3.
GRUPO 2
Promovida a Suécia, 7 pontos como a Rússia. Ficou com a vaga no confronto direto, 0 X 0 em Moscou e, daí, 2 X 0 em Solna. Rebaixada a Turquia, 3.
GRUPO 3
Promovida a Bósnia, 10 pontos, também por antecipação. A Áustria somou 7. A Irlanda do Norte, impressionante, lastimavelmente zerou.
GRUPO 4
Promovida a Dinamarca, 8 pontos, ao suplantar Gales, que ficaria nos 6, na penúltima rodada, 2 X 1 na casa do rival. Rebaixada a Irlanda/Eire, só 2.
SERÍE C
Uma divisão com 15 equipes, um grupo de três, os outros com quatro seleções. Ocorreram 42 partidas em que se anotaram 92 gols, a média de 2,19. Na Copa da Rússia, 2,64. Público: 311.697 pessoas, 7.421 por partida. Além das rabeiras dos grupos com quatro seleções, também foi rebaixada a pior das terceiras colocadas, descontadas as pugnas efetuadas pelas tais rabeiras. Salvou-se a Albânia, a última do Grupo 1, aquele de três.
GRUPO 1
Promovida a Escócia, que subiu aos 9 pontos, graças ao triunfo de 3 X 2 sobre Israel na rodada derradeira. Israel parou nos 6. A Albânia ficou nos 3.
GRUPO 2
Promovida a Finlândia, 12 pontos, apesar do favoritismo de Hungria e Grécia, que estacionaram nos 10 e nos 9, respectivamente. Rebaixada a Estônia, 4.
GRUPO 3
Promovida a Noruega, 14 pontos. A Bulgária entregou a chance ao empacar num precário resultado de 1 X 1, em Chipre, na rodada derradeira. Por causa do regulamento, que determinou a queda da pior das terceiras seleções, despediram-se a Eslovênia, última com 3 pontos, e Chipre, que registrou 5 mas descontou os 4 dos seus prélios contra a parceira de infortúnio.
GRUPO 4
Promovida a Sérvia, herdeira direta da tradição da antiga Iugoslávia, 11 pontos, às custas da rivalíssima Romênia, 9, e de Montenegro, sua ex-metade inclusive em Copa, 7. Rebaixada a zerada Lituânia, que somou 6 derrotas.
SERÍE D
Na divisão com 16 equipes, aconteceram 48 porfias, em que se anotaram 121 gols, a média de 2,52, muito melhor que os 2,19 da C. Na Rússia, 2,64. Público: 377.818 pessoas, ou 7.871 por partida, também superior aos 7.421 da série de cima. Evidentemente, não houve nenhum rebaixamento.
GRUPO 1
Promovida a Geórgia, 16 pontos, relativamente o melhor desempenho de toda a competição. Muito atrás Cazaquistão, 6, Letônia e Andorra, ambas 4.
GRUPO 2
Promovida Belarus, 14 pontos, apesar de ameaçada, até a penúltima rodada, por Luxemburgo, 10, e pela Moldávia, 9. San Marino a zero em pontos e gols.
GRUPO 3
Promovido Kosovo, 14 pontos, graças aos 4 X 0 no duelo direto contra o Azerbaidjão, que tinha 9 até a derradeira e fatal jornada. Os semi-amadores das Ilhas Far Oer ainda somaram 5 pontos, à frente dos 3 de Malta.
GRUPO 4
Promovida a Macedônia, 15 pontos. Que até se permitiu o luxo de uma derrota, em viagem, Armênia 4 X 0. Além da Armênia, 10 pontos, o Grupo 4 exibiu duas seleções de performance surpreendente, Gibraltar (que nem é um país formal), 6, e o diminuto Principado do Liechtenstein, 4.
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