Renato Gaúcho chega à terceira final da Libertadores. Com recorde de 50 vitórias
Renato Gaúcho comemora sua evolução como treinador. Principalmente taticamente. Levou Fluminense, Grêmio e agora o Flamengo à decisão da Libertadores. Contra o Palmeiras
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
Nenhum outro treinador da história venceu tanto na Libertadores.
50 jogos.
E ainda chegou à sua terceira final, com três clubes diferentes.
Fluminense, Grêmio e, desde ontem, ao vencer o Barcelona, no Equador, o Flamengo.
Renato Gaúcho.
"Não é qualquer treinador que chega a três decisões por três clubes diferentes. É fruto do trabalho do treinador com seus grupos. Me sinto muito feliz e lisonjeado por trabalhar com um grupo como esse. A decisão é daqui a dois meses, temos tempo. Sabíamos que íamos encontrar dificuldade no Equador e tivemos uma grande atuação", dizia, satisfeito, com outra vitória por 2 a 0, diante do Barcelona de Guayaquil, pela semifinal da Libertadores.
O importante é a evolução de Renato como treinador.
No Fluminense, quando perdeu o título para a LDU, em pleno Maracanã, Renato era mais instintivo, fazia seu time atuar no 4-4-2. Mas sem movimentação, sem intensidade, com excesso de bolas esticadas e cruzamentos.
Fernando Henrique; Gabriel (Maurício), Thiago Silva, Luiz Alberto e Júnior César; Ygor (Dodô), Arouca (Roger), Thiago Neves e Conca; Cícero e Washington ficaram com o vice, em 2008.
Renato usava, na época, um tradicional 4-4-2, sem variações.
No Grêmio, em 2017, Renato Gaúcho passou a ser outro tipo de treinador, mas tático, estudioso, a ponto de um especialista em drones jurou estar dando dicas táticas dos adversários na Libertadores ao técnico.

Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Bressan (Rafael Thyere) e Bruno Cortez; Jailson, Arthur (Michel), Ramiro, Luan e Fernandinho; Lucas Barrios (Cícero) foram campeões do continente, em 2017.
Já este Grêmio tinha variações. Do 4-5-1 ao 4-3-3 e 4-2-3-1.
Luan fez uma Libertadores espetacular.
E, agora, chega à decisão, ainda mais maduro e com misturando tática com inteligência emocional. Se tornou um excelente técnico.
"O que importante é o que eu falei: treinar a minha equipe do jeito que eu gosto. Sempre ofensiva. Temos três maneiras de jogar. Marcação alta, média e baixa, depende do que pede a partida. Parte tática eu preciso falar com meu grupo.
"Vejo pouquíssimos treinadores falando disso, isso é para imprensa. Eu tenho que falar com o meu grupo e eles assimilaram a minha maneira de trabalhar. Estamos na final da Libertadores, na semi da Copa do Brasil e bem no Brasileirão. Eles têm que falar do que estão vendo em campo. Comentarista tem que falar de parte tática e treinador tem que falar disso com o grupo.
"Se eu falar da parte tática em grupo, vou fazer o trabalho do jornalista, que é pago para criticar e comentar. Eu sou pago para treinar minha equipe. A resposta está aí, o Flamengo na final da Libertadores."
Renato saiu do estádio Monumental orgulhoso. Não é para menos.
"O maior reconhecimento foi o estádio aplaudir após o jogo. Temos um grande adversário pela frente, que é o Palmeiras, mas é dia de comemorar. O Flamengo está lá mais uma vez", comemorava o recordista de vitórias na Libertadores.
Cujo trabalho faz com que ninguém tenha saudade Rogério Ceni...
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