O técnico Óscar Tabárez tentou ser misterioso, não divulgando a escalação do time e comandando um treino fechado no Estádio Independência, nesta terça-feira (25). Mas o Uruguai, que só pisou no Mineirão para um rápido reconhecimento do gramado, quer surpreender o Brasil jogando no ataque, com três atacantes.
E o treinador, sempre educado e com muita classe, fez até uma certa provocação ao time de Felipão.
— Não quero falar demais, mas o Brasil não enfrentou uma equipe com um ataque que tem o Uruguai - disse.
Ele se refere ao trio de ataque formado por Diego Forlán, Suárez e Cavani. Os três estão confirmados na equipe que encara o Brasil às 16 horas desta quarta, no Mineirão.
— Não é que faço mistérios, mas não sou obrigado a abrir o treino, e isso me é conveniente. Amanhã (quarta-feira) vão saber qual é o time.
Tabárez disse que sabe o quanto será difícil vencer o Brasil dentro do Mineirão, mas que o Uruguai vai "lutar pelo resultado."
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Uma vantagem que o Uruguai vai se aproveitar é o fato de que os titulares estão descansados, porque na última partida da primeira fase foi o time reserva que goleou o Taiti por 8 a 0, domingo. Já o Brasil fez a "decisão" do primeiro lugar do Grupo A, com a Itália, no sábado.
O técnico do Uruguai só não quis comparar a partida desta quarta com a que determinou o título Mundial de 1950, no Maracanã.
— 50 é incomparável, aquele time está num altar, agora o mundo mudou, o Brasil é pentacampeão. Sabemos do representou 50, mas neste momento é melhor deixarmos isso de lado.
Lugano se diz preocupado com simulações de Neymar
Capitão da seleção uruguaia, o zagueiro Diego Lugano revelou se preocupar com eventuais simulações da principal estrela do Brasil, o atacante Neymar.
— Muito mais que as faltas que eles possam fazer, muito me preocupa as simulações de Neymar. Ele é muito habilidoso nisso. Faz perfeitamente. Se joga no chão e engana muito facilmente os árbitro - declarou Lugano em entrevista coletiva.
O zagueiro também declarou que o Brasil deixou de praticar um futebol que prima pela habilidade para se transformar em uma equipe forte na defesa e que faz muitas faltas.
— O Brasil largou o futebol-arte para ser uma equipe compacta e mais forte que a adversária, com um esquema tático bem fechado - comentou.
Na opinião do zagueiro, o Uruguai tem o "direito de sonhar" com uma vitória amanhã, apesar de reconhecer que o Brasil é "forte como mandante" e vive "um bom momento".