Romário se revolta e chama Valcke de "cara de pau, corrupto e chantagista"
Deputado detona secretário da Fifa após cartola negar que entidade vá obter lucros com a Copa
O deputado federal e ex-craque Romário continua sua campanha contra a Fifa, o governo brasileiro e o
COL (Comitê Organizador Local). Depois de criticar, sem medir palavras, a entidade e os gastos do governo com a Copa do Mundo, o Baixinho decidiu detonar o secretário-geral Jêrome Valcke. Nesta terça-feira (26), o Baixinho usou sua conta no Facebook para espinafrar o cartola:
— Não posso deixar de passar uma coisa dessas. Na segunda-feira o cara-de-pau, chantagista e corrupto do Jerôme Valcke negou que a FIFA venha ao Brasil encher os cofres e ir embora. É uma piada ouvir uma frase como essa.
No desabafo furioso do deputado, sobrou também para Joseph Blatter e João Havelange:
— A Fifa é exatamente a entidade onde ele [Valcke] tem que estar. Por seu histórico de falcatruas, desde o período do Havelange, até o atual, do Blatter.
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No ataque a Valcke, Romário foi além:
— Uma parte deste lucro da Fifa vai ser para pagar o aluguel de uma cobertura no Leblon [zona sul do Rio de Janeiro], no valor de R$ 150 mil mensais, para Valcke e sua família. Detalhe, o contrato contempla desde a Copa das Confederações até o final da Copa do Mundo, em 2014
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Nesta segunda-feira (24), Romário tinha criticado a organização da Copa do Mundo e os protestos que se espalham pelo Brasil. Em artigo publicado no tradicional jornal inglês The Guardian, o Baixinho atacou o governo brasileiro e a Fifa, além de apontar deficiências estruturais que motivam a indignação da população brasileira.
— Quando o Brasil ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo, outros políticos estavam no comando do País, e nossa realidade política era diferente. Eu apoiei a candidatura porque existia a promessa de que (a Copa) geraria emprego e renda, além de promover o turismo e a imagem do Brasil.
Para o Baixinho, o grande erro do governo brasileiro foi manter os investimentos previstos inicialmente na organização da Copa mesmo diante da crise econômica.
— O dinheiro foi destinado prioritariamente para projetos esportivos, em detrimento de saúde, educação e segurança.
Romário ainda elencou alguns fatores que motivaram a indignação popular. As condições “deploráveis” das escolas na maior parte das cidades brasileiras, os professores mal pagos e um sistema de saúde cuja estrutura é qualificada como uma “irresponsabilidade criminal” foram alguns dos problemas apontados.