O governo revelou nesta terça-feira (18) que os gastos com a Copa do Mundo e a Copa das Confederações tinham aumentado para R$ 28 bilhões. Mas, em conversa com jornalistas estrangeiros, autoridades já apontavam um número maior. Os dois eventos terão custado aos brasileiros pelo menos US$ 15 bilhões (R$ 32 bilhões), segundo dados do governo divulgados em abril. Ou seja, serão US$ 81 (R$ 172) para cada um dos 185 milhões de habitantes do País.
Em abril, o secretário-executivo do Ministério dos Esportes, Luis Fernandes, disse a um grupo de jornalistas estrangeiros:
— O governo federal investiu US$ 15 bilhões (R$ 32 bilhões) nestes dois eventos esportivos. Todas as cidades-sede são centros turísticos que se beneficiarão das melhorias em infraestruturas — portos, aeroportos, mobilidade urbana, telecomunicações...
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Em várias oportunidades, o governo revisou para cima os custos de organizar os dois eventos, razão pela qual não se deve descartar que estas cifras aumentem antes do apito inicial do Mundial, em 12 de junho de 2014.
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A Copa das Confederações já está em curso e está sendo marcada pelas manifestações multitudinárias que essas somas se destinem a outras obras e interesses do governo.
Segundo dados extraídos do site Contas abertas (http://www.contasabertas.com.br), a maior parte dos gastos se destinará a:
- Estádios: US$ 3,5 bilhões (R$ 7,63 bilhões);
- Mobilidade urbana: US$ 4,3 bilhões (R$ 9,37 bilhões);
- Aeroportos: US$ 3,4 bilhões (R$ 7,14 bilhões);
- Segurança: US$ 950 milhões (R$ 2, 07 bilhões);
- Portos: US$ 350 milhões (R$ 763 milhões);
- Telecomunicações: US$ 200 milhões (R$ 436 milhões);
A disputa do Mundial de 2014 forçou o Brasil a construir, entre outras coisas:
- 12 estádios (alguns foram só reformados)
- 21 novos terminais de aeroportos
- sete pistas de aterrissagem
- cinco terminais portuários.