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Fla complica quando tudo era fácil e vence quando tudo parecia perdido

Time dormirá em segundo no BR-20 após 2 a 1 no Fortaleza. Dome: contenha seu frenesi de mudança na fase de transição. O resto o elenco faz para você

R7 Só Esportes|Eduardo Marini, do R7

Gabigol entrou no intervalo, fez o segundo no final e salvou o Fla mais uma vez
Gabigol entrou no intervalo, fez o segundo no final e salvou o Fla mais uma vez Gabigol entrou no intervalo, fez o segundo no final e salvou o Fla mais uma vez

Flamengo dois, Fortaleza um, no Maracanã, neste sábado (5), pela oitava rodada do Brasileirão 2020.

O rubro-negro chega à terceira vitória seguida na competição, a primeira no Rio. Soma 14 pontos e vai ao menos dormir na vice-liderança da competição, dois pontos atrás do Internacional, que tem um jogo a menos.

O técnico do Fla, o catalão Domènec Torrent, surpreendeu ao deixar Gabigol no banco e escalar o ataque com Pedro e Michael.

O Flamengo começou a partida muito bem. Logo aos cinco minutos, depois de intensa pressão, o ótimo Éverton Ribeiro abriu o placar com mais uma pintura para a sua coleção de golaços.

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Ele cruzou de trivela na área para Pedro, que chutou a gol. O goleiro Felipe Alves deu rebote. Everton Ribeiro pegou a bola, deu um belíssimo chapéu no goleiro e marcou. Belo gol.

Gerson quase fez o segundo aos sete minutos. O abafa do Flamengo cresceu. Mas, aos 11 minutos, quando quase tudo levava a crer que o rubro-negro resolveria a partida ainda na etapa inicial, o atacante Oswaldo, do Fortaleza, que jogou o tempo todo nas costas do ofensivo lateral-direito Isla, entrou na área e foi derrubado pelo chileno.

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Pênalti. O volante Juninho cobrou e empatou a partida, deslocando o jovem e promissor goleiro Gabriel Batista, 22 anos, que assumiu a vaga com os testes positivos de coronavírus do titular Diego Alves e do reserva César.

O Flamengo continuou na pressão, mas errou muito, sobretudo nas finalizações, e não conseguiu fazer o segundo na etapa inicial. Enquanto isso, o Fortaleza se defendia e tentava se arrumar nos contra-ataques com as investidas do veloz Oswaldo, nas costas de Isla, a boa armação do meia Marlon e os chutes do bom finalizador Juninho.

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Torrent foi para o intervalo com a missão de ao menos tentar arrumar a cobertura do impetuoso Isla para o barraco não desabar de vez.

O rubro-negro terminou o primeiro tempo com 60% de posse de bola e 18 finalizações. Apenas cinco delas na direção do gol, o que mostra claramente os erros no arremate final. O Fortaleza, com 40% de posse, chutou seis vezes a gol, duas na direção certa. Uma delas, o pênalti, na rede.

O Flamengo merecia ter ido para o vestiário com vantagem, diante do seu maior volume de jogo? Em tese sim, mas, com o jogo correto executado pelo Fortaleza, bem treinado por Rogério Ceni, não se pode falar em injustiça.

O rubro-negro veio para a segunda etapa com Gabigol de volta ao ataque, no lugar de Pedro. Passou a tocar a bola mais lentamente, o que facilitou a marcação disciplinada da equipe visitante. Gabigol ficou preso na área no 4-3-3 de Torrent, mais ao estilo de Pedro.

Aos 26 da etapa final, Lincoln entrou no lugar de Michael, que não fazia boa partida, e Matheuzinho substituiu o chileno Isla. E, logo depois, aos 30, Diego entrou no lugar de Gerson e Arrascaeta saiu para a entrada de Pedro Rocha, que ficou apenas seis minutos em campo. Saiu aos 36 com uma contusão no músculo posterior da coxa esquerda, deixando o Flamengo, que tinha feito todas as substituições, com dez jogadores.

E aos 41, quando, ironicamente e ao contrário do início da primeira etapa, quase tudo levava a crer que o jogo caminhava para o empate, Gabigol salvou. Everton Ribeiro partiu pelo meio e achou Matheuzinho na direita. O jovem lateral-direito cruzou e Gabigol bateu de primeira. Fla dois a um.

Gabigol teria saído de campo contrariado. Há quem diga que não gostou de iniciar no banco. Problemas que Dome Torrent precisará saber contornar se quiser levar adiante seu revezamento frenético de jogadores depois de tantas conquistas com estrelas titulares aparentemente sedimentadas e inquestionáveis. Se for por isso, pode até ser direito do treinador, mas, definitivamente, não é uma questão fácil.

Terceira vitória seguida do time no Brasileirão, 14 pontos e a vice-liderança momentânea da competição. Aos trancos e barrancos, o rubro-negro volta à disputa da liderança do campeonato.

É preciso lembrar que o time assumiu a liderança isolada do Brasileirão em 2019 apenas na 17ª rodada, quase ao final do primeiro turno. E chegou ao final, na 38ª, com 16 pontos à frente do segundo colocado.

Tem um bom elenco, contas e salários em dia e um treinador que, aos poucos, começa a conhecer os jogadores e a entender a cultura do clube e do futebol brasileiro.

É muito pouco provável que faça uma campanha tão brilhante em 2020. De qualquer forma, quem agora se antecipa em decretar o fim do período de conquistas desse elenco rubro-negro, tendo como base o futebol confuso apresentado nas primeiras rodadas, o faz muito menos por análise fria de questões objetivas do que pela vontade ou até torcida para que isso ocorra de fato.

As próximas rodadas mostrarão a verdade.

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