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Adriano relembra golaço contra Argentina na final da Copa América

Imperador conta que subiu para dar uma cotovelada em algum adversário, mas a bola sobrou para ele: "Um presente do céu"

R7 Só Esportes|Do R7

Há 17 anos, o Brasil era campeão da Copa América ao vencer a Argentina nos pênaltis, numa das finais mais emocionantes da história recente. E o herói daquele título, Adriano Imperador, relembrou os momentos que anteciparam o gol decisivo, que empatou a partida e levou o jogo para as penalidades.

Adriano marcou o gol de empate aos 47 minutos do segundo tempo
Adriano marcou o gol de empate aos 47 minutos do segundo tempo

Até o gol de Adriano, a Argentina vencia por 2 a 1. Os jogadores argentinos provocavam os brasileiros, faziam catimba e por aí vai. Tanto que o Imperador até comenta que no momento do gol, ele sobe com o cotovelo para cima, para tentar acertar alguém.

"Bola alta na área. Confusão. Corpos. Cotovelos. Eu não conseguia ver nada! Se você assistir ao vídeo, eu coloco meu cotovelo pra cima para acertar em alguém. De repente, a bola sobra no meu pé. Um presente do céu", lembra o ex-jogador, em vídeo publicado nas redes sociais*. 

Modesto, o Imperador confessa que sequer sabia para onde a bola iria, só deu o chute mais forte que conseguiria. E o resto é história. "Estaria mentindo pra você se dissesse que sabia onde estava mirando. Eu apenas bati com a esquerda, o mais forte que pude", completa Adriano. 

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*O trecho publicado da entrevista de Adriano foi dada ao site The Players Tribune.

Adriano não se arrepende de sua trajetória: 'Desisti de milhões'

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De lateral esquerdo dispensado na base do Flamengo a um dos maiores atacantes na época em que jogava. Adriano Imperador contou com detalhes a sua história de vida durante depoimento emocionante ao site The Players Tribune. Na entrevista, o jogador relembrou que começou como lateral esquerdo, quase foi dispensado e depois se tornou centroavante, conquistando a todos ao seu redor com seu forte chute de esquerda
Poucos meses após ter sido promovido a atacante na base do Fla, Adriano recebeu a notícia de que havia sido convocado para a seleção brasileira de forma inusitada: "Poucos meses depois, fui convocado para a seleção brasileira. Tudo aconteceu muito rápido. Eu ainda morava com meus pais na época. E, na verdade, eu estava tirando uma soneca quando eles anunciaram a Seleção na TV.", disse o ex-jogador
Um ano depois, o atacante foi contratado pela Inter de Milão, time no qual foi apelidado de "Imperador": "Lembro que tinha acabado de chegar à Itália e não sabia o que estava acontecendo. Eu olhava para aqueles caras: 'Seedorf. Ronaldo. Zanetti. Toldo. Caramba.' Ficava admirado com eles.", contou Adriano
Durante a entrevista, Imperador contou a história de seu primeiro jogo, em que anotou um gol de placa no Santiago Bernabeu, em cima do Real Madrid: "Sofri uma falta fora da área e eu peguei a bola pra bater. De repente, adivinha quem vem atrás de mim dizendo: 'Não, não, não. Eu vou bater.' Mas o Seedorf chegou e disse: 'Não, quem vai bater é o Adriano!'. As pessoas me perguntam o tempo todo sobre aquela cobrança de falta. Como, como, como? Como você chutou a bola com tanta força? Eu digo a eles: 'Ah, cara! Não sei! Eu bati com a esquerda e Deus fez o resto!'.", esclareceu o craque 
No dia 4 de agosto de 2004 tudo mudou. Adriano recebeu uma ligação do Brasil, notificando o falecimento de seu pai e, a partir daquele momento, nunca mais foi o mesmo: "Eu realmente não queria falar sobre isso, mas vou te dizer que, depois daquele dia, meu amor pelo futebol nunca mais foi o mesmo. Ele amava futebol, então eu amava futebol. Simples assim. Era meu destino. Quando joguei futebol, joguei pela minha família. Quando marquei, marquei para a minha família. Então, quando meu pai morreu, o futebol nunca mais foi o mesmo.", desabafou Imperador
Em 2008, Adriano se sentia perseguido pela imprensa italiana e estava sobrecarregado com a pressão de Mourinho, técnico da equipe na ocasião: "Não aguentava mais. Não conseguia mais jogar com aquela paixão. Daí fui convocado para a Seleção Brasileira e, antes de sair, o Mourinho falou: 'Você não volta mais'. 'É, você já sabe.' E não voltei mais.", contou o craque, que logo em seguida disse: "Sim, talvez eu tenha desistido de milhões. Mas quanto vale a sua paz de espírito? Quanto você pagaria para ter de volta a sua essência?"
"Sempre tive muito orgulho de ser o Imperador. Mas sem Adriano, o Imperador não presta! Adriano não usa coroa. Adriano é o menino da favela que foi tocado por Deus. Você entende agora? Você vê? Adriano não sumiu nas favelas. Ele apenas voltou pra casa."

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De lateral esquerdo dispensado na base do Flamengo a um dos maiores atacantes na época em que jogava. Adriano Imperador contou com detalhes a sua história de vida durante depoimento emocionante ao site The Players Tribune. Na entrevista, o jogador relembrou que começou como lateral esquerdo, quase foi dispensado e depois se tornou centroavante, conquistando a todos ao seu redor com seu forte chute de esquerda
Poucos meses após ter sido promovido a atacante na base do Fla, Adriano recebeu a notícia de que havia sido convocado para a seleção brasileira de forma inusitada: "Poucos meses depois, fui convocado para a seleção brasileira. Tudo aconteceu muito rápido. Eu ainda morava com meus pais na época. E, na verdade, eu estava tirando uma soneca quando eles anunciaram a Seleção na TV.", disse o ex-jogador
Um ano depois, o atacante foi contratado pela Inter de Milão, time no qual foi apelidado de "Imperador": "Lembro que tinha acabado de chegar à Itália e não sabia o que estava acontecendo. Eu olhava para aqueles caras: 'Seedorf. Ronaldo. Zanetti. Toldo. Caramba.' Ficava admirado com eles.", contou Adriano
Durante a entrevista, Imperador contou a história de seu primeiro jogo, em que anotou um gol de placa no Santiago Bernabeu, em cima do Real Madrid: "Sofri uma falta fora da área e eu peguei a bola pra bater. De repente, adivinha quem vem atrás de mim dizendo: 'Não, não, não. Eu vou bater.' Mas o Seedorf chegou e disse: 'Não, quem vai bater é o Adriano!'. As pessoas me perguntam o tempo todo sobre aquela cobrança de falta. Como, como, como? Como você chutou a bola com tanta força? Eu digo a eles: 'Ah, cara! Não sei! Eu bati com a esquerda e Deus fez o resto!'.", esclareceu o craque 
No dia 4 de agosto de 2004 tudo mudou. Adriano recebeu uma ligação do Brasil, notificando o falecimento de seu pai e, a partir daquele momento, nunca mais foi o mesmo: "Eu realmente não queria falar sobre isso, mas vou te dizer que, depois daquele dia, meu amor pelo futebol nunca mais foi o mesmo. Ele amava futebol, então eu amava futebol. Simples assim. Era meu destino. Quando joguei futebol, joguei pela minha família. Quando marquei, marquei para a minha família. Então, quando meu pai morreu, o futebol nunca mais foi o mesmo.", desabafou Imperador
Em 2008, Adriano se sentia perseguido pela imprensa italiana e estava sobrecarregado com a pressão de Mourinho, técnico da equipe na ocasião: "Não aguentava mais. Não conseguia mais jogar com aquela paixão. Daí fui convocado para a Seleção Brasileira e, antes de sair, o Mourinho falou: 'Você não volta mais'. 'É, você já sabe.' E não voltei mais.", contou o craque, que logo em seguida disse: "Sim, talvez eu tenha desistido de milhões. Mas quanto vale a sua paz de espírito? Quanto você pagaria para ter de volta a sua essência?"
"Sempre tive muito orgulho de ser o Imperador. Mas sem Adriano, o Imperador não presta! Adriano não usa coroa. Adriano é o menino da favela que foi tocado por Deus. Você entende agora? Você vê? Adriano não sumiu nas favelas. Ele apenas voltou pra casa."

De lateral esquerdo dispensado na base do Flamengo a um dos maiores atacantes na época em que jogava. Adriano Imperador contou com detalhes a sua história de vida durante depoimento emocionante ao site The Players Tribune. Na entrevista, o jogador rele...

De lateral esquerdo dispensado na base do Flamengo a um dos maiores atacantes na época em que jogava. Adriano Imperador contou com detalhes a sua história de vida durante depoimento emocionante ao site The Players Tribune. Na entrevista, o jogador relembrou que começou como lateral esquerdo, quase foi dispensado e depois se tornou centroavante, conquistando a todos ao seu redor com seu forte chute de esquerda

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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