Tiago Nunes seguirá a carreira. E escolherá onde trabalhar em 2020
Athletico quer antecipar renovação, mas clubes importantes estão atraídos pelo trabalho vitorioso. Após sofrer em times pequenos, escolherá futuro
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
"Eu chego [para a final da Copa do Brasil] muito cansado fisicamente, mas mentalmente motivado. Depois do jogo com o Internacional vamos ver o que acontece, se eu vou conseguir descansar, se eu pego o boné, se eu fico."
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A inexperiência de Tiago Nunes foi a responsável pela sinceridade, pela declaração tola dita logo após a derrota dos seus reservas para o lanterna do Brasileiro, o Avaí, em plena Arena da Baixada.
Lógico, que depois da conquista do título, com nova vitória diante do Internacional, a conversa era completamente outra.
O boné ficou na cabeça.
"Vou pedir perdão pelo uso da palavra, mas foi a maior cagada usar a palavra cansado."
"Quis ser sincero, mas acabou servindo de aprendizado para não cometer mais esse erro. Estava sim cansado fisicamente, pela rotina, mas faz parte da profissão."
Aos 39 anos, foi preparador físico, auxiliar e técnico.

Passou por 22 equipes, a esmagadora maioria delas pequenas, sem estrutura, com elencos fraquíssimos. Trabalhou também com times sub-20 e sub-23.
Tiago está há um ano e três meses comandando o Athletico Paranaense.
E revolucionou a equipe herdada de Fernando Diniz.
Ele acabou com a utopia.
Fez o time se modernizar de verdade. Mostrou que atacar não significa expor a defesa. Ter a posse de bola precisa ser acompanhado de objetividade. Os três setores muito pertos, vibrantes. Com movimentação constante, mas sem forçar os defensores a marcar no meio de campo. E ver o time tomar gols e mais gols por lançamentos toscos às costas dos zagueiros adiantados.
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O Athletico Paranaense campeão da Copa do Brasil e da Copa Sul-America é outro. Tem o carimbo de um técnico muito observador, trabalhador, que se mostra tarimbado para não se empolgar, se perder.
O sofrimento das equipes pequenas trouxe essas cicatrizes. Ele sabe o quanto sofreu para chegar à elite dos treinadores do país.
O gaúcho de Santa Maria tem a plena noção que não trabalha no eixo que comanda o futebol brasileiro, São Paulo-Rio.
No dia 27 de junho de 2018, assumiu interinamente o Athletico na vaga de Fernando Diniz. Tinha a seu favor a conquista inesperada do Campeonato Paranaense, que disputou com o time sub-23.
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Surpreendeu mais ainda ao vencer a Copa Sul-Americana. E ainda assim, levar o clube à sétima colocação no Brasileiro de 2018, com um elenco enxuto.
Venceu a Levain Cup, a antiga Copa Suruga, ao vencer o campeão japonês Shonan Bellmare por 4 a 0.
O contrato de Tiago Nunes vai até o final de 2019.
O homem forte do clube, Mario Celso Petraglia, quer que ele continue. O sonho para 2020 é o mesmo de todos os outros gigantes do Brasil: a conquista da Libertadores.
O treinador já recusou assumir o Atlético Mineiro em abril.
Petraglia ficou revoltado com a atitude antiética e chamou de 'traíra' o executivo Rui Costa, que trabalhou com o time athleticano.
Mas o trabalho vitorioso de Tiago Nunes desperta a cobiça de outros clubes brasileiros para a próxima temporada.

O direção do Athletico quer antecipar a renovação.
A decisão está nas mãos do treinador.
Inexperiente, ele deveria deixar passar a euforia para decidir.
Porque, no mínimo, teria um grande aumento.
Quando foi assediado pelo Atlético Mineiro, recebia R$ 120 mil.
Teve aumento.
A imprensa paranaense diz que chegou a R$ 200 mil.
Precisa pensar no seu futuro.
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No que tem nas mãos.
Está em um momento crucial.
O erro pode sabotar sua auspiciosa carreira.
Não há como negar que ele é o melhor técnico que surgiu nos últimos dois anos no cenário nacional.
Tiago Nunes tem de saber escolher seu futuro...
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