R$ 200 milhões. Ninguém jamais gastou como o Flamengo no Brasil
Sete contratações e comissões custaram R$ 200 milhões em apenas sete meses de 2019. É um recorde no país. E o clube promete gastar mais
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
R$ 200 milhões em sete reforços.
Mas ainda faltam dois jogadores.
Um lateral esquerdo e um atacante de referência.
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Filipe Luís e Pedro seguem os preferidos.
Jamais na história do futebol brasileiro, um time gastou tanto quanto o Flamengo em 2019.
Rafinha, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Gabigol, De Arrascaeta e Bruno Henrique já haviam mexido com o mercado.
Mas a confirmação ontem da contratação do versátil meio-campista Gérson, da Roma, por R$ 42 milhões, chocou outra vez o mercado.
Os gastos do Flamengo com esses sete jogadores impressionam.
E levantam questionamento do próprio Conselho Deliberativo do clube.
Mas o presidente Rodolfo Landim lembra as vendas milionárias de Lucas Paquetá e Vinícius Júnior. Com ambos, o clube recebeu R$ 100 milhões da porcentagem que tinha direito, 70%.
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As chegadas do lateral Rafinha, do zagueiro espanhol Pablo Marí e de Gerson eram exigências do treinador português Jorge Jesus.
Ele não está satisfeito.
Exige um lateral esquerdo de grande talento e um atacante de definição, que jogue muito bem dentro da área.
Para tentar a busca da Libertadores, prioridade no clube.
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E ainda fazer o máximo para vencer o Brasileiro e a Copa do Brasil.
Vale lembrar que o ex-presidente Bandeira de Mello assumiu o clube em 2013, com dívidas de R$ 750 milhões. Deixou o clube no final do ano passado, devendo R$ 340 milhões.
Mas seu grupo político fracassou por conta dos pouquíssimos títulos.
Dos 21 campeonatos, apenas três conquistas.
Uma Copa do Brasil e dois Cariocas.
Em seis anos.
Landim investe no caminho inverso.
Ele sabe que as finanças estão administráveis.
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E investe no time de futebol para manter seu poder.
Aposta alto.
Empolgação jamais vista no Brasil.
Nem o Palmeiras, com seus bilionários patrocinadores, chegou tão longe.
O Corinthians, da MSI, com dinheiro de bilionários russos, gastou em 2004, o equivalente a R$ 115 milhões com Tevez, Mascherano, Nilmar, Carlos Alberto, Roger.
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A torcida rubro-negra está empolgada.
A imprensa carioca também.
Mas a cobrança será fortíssima.
O time está sendo montado durante os campeonatos.
A pressão é para o retorno imediato.
Títulos.
Com um treinador europeu, recém-chegado ao futebol brasileiro.
E com atletas que jamais atuaram juntos.
A lógica indica calma.
Uma equipe leva meses para se entrosar.
Mas o Flamengo não tem esse tempo.
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Precisa ganhar já em 2019.
Por conta do fim do 'cheirinho' de grandes conquistas.
E de um ano que começou tão trágico, com dez meninos morrendo em sua concentração.
O clube já acertou acordos financeiros com sete das dez famílias dos garotos mortos. Ainda faltam três.
Poderia resolver essa questão delicadíssima.
Mas a diretoria negocia com calma.
Pressa há para contratar jogadores.
Agradar o português Jorge Jesus.
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E lutar para cumprir a promessa feita por Landim, em janeiro.
"Aí, galera, vamos ganhar essa po... toda, vamos ganhar tudo esse ano. Chega de cheirinho. Vamos ganhar títulos", garantiu o presidente.
Gastou R$ 200 milhões.
Promete gastar mais ainda.
E será cobrado pelas conquistas...
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