São Paulo, Brasilo
Foi um sofrimento.
Com direito a um gol que despertou muita desconfiança.
Mas o São Paulo venceu o lanterna do Brasileiro, o Goiás, por 2 a 1, no Morumbi.
De virada.
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Gols de Brenner e Igor Gomes.
Fernandão marcou para o Goiás.
"Acho que toda vitória é importante, jogando bem ou mal. Fizemos nosso papel nesse torneio, que é sempre buscar os três pontos."
"Mais importante foi ganhar."
"Não sei se foi nossa melhor partida, mas buscamos o gol a todo momento e fizemos jus a jogarmos em casa", disse Igor Gomes, confirmando a péssima partida que seu time fez.
De forma prática, os três pontos fizeram a equipe chegar à terceira colocação.
E alcançar a marca de dez jogos sem perder no Brasileirão.
Enquanto o Goiás tem dez partidas sem saber o que é uma vitória.
O São Paulo tinha a obrigação de vencer.
O clube, com oito anos de jejum de títulos, que fracassou em 2020, no Paulista, Libertadores, Copa Sul-Americana, tinha a chance de terminar, ao menos, o primeiro turno do Brasileiro na liderança.
Enfrentava o lanterna do Brasileiro.
O Goiás, com inúmeros problemas financeiros, só pode montar um elenco fraquíssimo.
Comandado por Enderson Moreira, sua estratégia só poderia ser a de sempre. Montar duas linhas de marcação, a partir da sua intermediária e na defesa.
Em vez de contragolpes rápidos, preferiram alguns explorando a força física de Fernandão, atacante de referência, para fazer o pivô, segurar os zagueiros são-paulinos.
O São Paulo, sem Daniel Alves, suspenso. Igor Gomes atuava no seu lugar.
E outra vez pecava pela falta de criatividade. Gabriel Sara seguia muito distante da área. Luciano e Brenner tentavam se movimentar, se oferecer para tabelas, infiltraçoes.
Enderson Moreira tinha atenção especial em Reinaldo, pela esquerda. Já na direita, Juanfran mesmo se marcava, com sua tradicional falta de qualidade ofensiva.
A saída, pela falta de articulação, coordenação, personalidade para atacar, fazia o São Paulo apelar para a pobreza dos exagerados 'chuveirinhos', cruzamentos para a área. O que facilitava para a zaga goiana, que conta com o ótimo goleiro Tadeu.
Não tinha criatividade alguma.
O Goiás, atacando muito esporadicamente, conseguiu sair na frente.
Fernandão tabelou com Vinicius e não teve dificuldade em estufar as redes de Volpi. O São Paulo reclamou da dividida pelo alto que Fernandão ganhou com o pé direito de Diego Costa, que foi com a cabeça. Mas foi o zagueiro que se encolheu.
O gol, aos 18 minutos, foi legal.
1 a 0 Goiás.
Mas o São Paulo conseguiu empatar logo sete minutos depois.
Em um lance mais do que discutível.
Juanfran cruzou e a zaga do Goiás bobeou.
E Brenner conseguiu dar uma cabeçada fortíssima.
Tadeu conseguiu espalmar entre a trave e a linha.
Lance que a transmissão de TV não soube definir se entrou ou não.
Mas o bandeira Ricardo Bezerra Chianca confirmou o gol.
Mesmo estando a 50 metros da jogada.
Empate, 1 a 1.
O São Paulo seguiu tentando virar a fórceps, sem calma, estratégia. Apenas ataques em bloco, com cruzamentos infantis.
O segundo tempo veio e o time de Fernando Diniz sem coordenação, apenas com vontade.
O Goiás defendia como podia.
Os jogadores se cansavam.
Diniz, desesperado, tirou Diego, colocou no seu lugar o atacante Pablo.
Recuou Luan para a zaga.
E quase perde o jogo.
Fernandão, com 1m92, teve duas chances claras de marcar 2 a 1.
Mas errou.
O São Paulo seguiu buscando vencer, forçando pelo meio.
Em uma falha da zaga goiana, ao tentar afastar, a bola sobrou para Igor Gomes.
O clute de fora da área desviou na zaga.
E enganou Tadeu.
2 a 1 São Paulo, aos 33 minutos do segundo tempo.
O Goiás cansado, fraco, foi para o ataque.
Pressionou o time de Fernando Diniz.
Mas o São Paulo conseguiu segurar a vitória.
Só que voltou a jogar muito mal.
Teve 17 chutes a gol.
70% de posse de bola.
Mas nenhuma imaginação.
Sem coordenação tática.
Para ganhar do lanterna, suou sangue.
Segue um time que não merece confiança.
Principalmente pela insegurança de Diniz...
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