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Motivos que fazem Lewandowski, não Neymar, o melhor do mundo

A temporada foi espetacular do letal polonês. Neymar despertou tarde, se levou à sério pela pandemia. Nem final da Champions deve mudar a realidade

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Lewandowski. Cinco vezes mais letal que Neymar na Champions
Lewandowski. Cinco vezes mais letal que Neymar na Champions Lewandowski. Cinco vezes mais letal que Neymar na Champions

São Paulo, Brasil

Neymar só é favorito a ser melhor do mundo em um país.

O Brasil.

Na Europa, continente mais importante na votação do prêmio The Best, dado pela Fifa ao jogador de maior destaque na temporada, o atacante do PSG tem dois atletas à sua frente.

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O primeiro, e melhor candidato, pelo conjunto da obra, é, sem dúvida alguma, Robert Lewandowski.

O polônes, de 31 anos, é o resumo da objetividade, da efetividade do time mais impressionante, competente do mundo.

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O Bayern de Munique.

Sem ele, o time alemão não seria a máquina de fazer gols que é.

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Não é habilidoso, driblador. 

Mas tem um talento especial.

Com 1m89, exímio cabeceador, dono de chute forte e preciso de pé direito, efetivo também no esquerdo, de tanto treinar, ele é o melhor e último centroavante da elite do futebol mundial.

Ele tem a missão ingrata de ficar entre dois zagueiros e um volante recuado. Ele não se limita a fazer o pivô, se posicionar de costas, arrumando a bola para meias finalizarem.

Não, ele domina a bola, encara os zagueiros e volante, encontra espaço para finalizar, para cabecear, se posiona da melhor maneira na hora do cruzamento. 

Bate pênaltis com a firmeza, frieza e convicção de quem se preparou durante anos para marcar.

Não se contenta em marca um, dois, três gols por jogo. 

Ele desenvolveu a concentração, a disciplina e usar a força física com o pai, um judoca. 

E a efetividade, a insaciável de marcar gols, o golpe certeiro, depois de muito treinamento, com a mãe, jogadora de vôlei.

Klopp é o responsável pelo aprimoramento de Lewandowski
Klopp é o responsável pelo aprimoramento de Lewandowski Klopp é o responsável pelo aprimoramento de Lewandowski

Teve de se aprimorar no violento futebol polonês, defendendo o Znicz Pruszków, da Terceira Divisão, foi artilheiro duas vezes consecutivas.

Aprendeu a ser rápido, preciso, letal.

E ainda escapar de pontapés, cotoveladas e dos péssimos gramados.

Sua eficiência o levou ao Lech Poznan, da Primeira Divisão. Dois anos de aprimoramento. Nova artilharia e título nacional.

ConvocSeleção Polonesa, se tornou fundamental, deu competitividade ao limitado time.

Seu exemplo de atleta o fez capitão.

O excepcional Jürgen Klopp o convenceu a jogar no Borusssia Dortmund, em 2010.

Lewandowski adiou a ida para o Bayern por conta do espaço que teria e por ter percebido o quanto evoluiria nas mãos de Klopp.

O casamento foi perfeito.

Vieram os dois Campeonatos Alemães, a artilharia, a consagração.

Decidiu até a Champions 2012/2013.

Perdeu exatamente para o Bayern, por 2 a 1.

O atacante ficou grande demais para o clube médio.

Tinha Real Madrid, Barcelona, Manchester United interessados.

Mas preferiu seguir na Alemanha, com uma proposta fabulosa do inevitável gigante. 

Lewandowski não quis ir três vezes para o Real. Cinco vezes artilheiro da Bundesliga
Lewandowski não quis ir três vezes para o Real. Cinco vezes artilheiro da Bundesliga Lewandowski não quis ir três vezes para o Real. Cinco vezes artilheiro da Bundesliga

O Bayern. 

Desta vez chegaria como respaldo para ser titular.

E desde 2014, sua história é fabulosa.

Ganhou mais seis Alemães. 

Alcançou pela quinta vez à artilharia da Bundesliga.

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O Real Madrid foi o clube mais insistente, entre os gigantes, para contratá-lo.

Só que ele preferiu ficar na Alemanha.

Pacato, bem casado, sempre teve três grandes adversários para ter mais destaque internacional.

Messi e Cristiano Ronaldo.

E a sua falta de interesse em se transformar em um jogador midiático.

Só nos últimos tempos, uma assessoria esportiva o obrigou a levar a sério as redes sociais, o mundo da propaganda. Para ganhar mais dinheiro, não pelo prazer egocêntrico, de, por exemplo, Neymar.

O talento de Neymar é indiscutível. Mas a falta de seriedade na carreira, também
O talento de Neymar é indiscutível. Mas a falta de seriedade na carreira, também O talento de Neymar é indiscutível. Mas a falta de seriedade na carreira, também

Lewandowisky está na sexta temporada seguida fazendo mais de 40 gols.

Nesta, exagerou, já marcou 55

Na Champions, foram 15, mais do que todo o semifinalista Lyon, que marcou 14.

Foi artilheiro e octacampeão alemão.

Sério, leal, competitivo, vibrante, letal.

Fez ontem 32 anos.

Ele é o grande favorito para vencer a premiação de melhor do mundo, nesta temporada surreal, por conta da pandemia.

Por mais que jornalistas brasileiros gritem por Neymar, ele só começou a levar a sério, se focou na carreira, nesta última temporada.

Principalmente, a partir da pandemia.

Ao se ver preso, sem baladas.

Primeiro na sua mansão em Mangaratiba.

Depois, com a delegação do PSG, em Lisboa.

Mbappé é um rival gigantesco para Neymar. 'Fogo amigo' no próprio PSG
Mbappé é um rival gigantesco para Neymar. 'Fogo amigo' no próprio PSG Mbappé é um rival gigantesco para Neymar. 'Fogo amigo' no próprio PSG

Só treinando, se dedicando, ele é um jogador sensacional.

Mas também sofre com os anos de comportamento infantil, com as simulações, desrespeito ao PSG. Tem a rejeição de inúmeros jornalistas influentes na Europa.

Neymar também concorre com o especial Mbappé. 

Veloz, inteligente, talentoso, artilheiro, midiático.

Campeão do mundo pela seleção francesa.

Conta com lobby forte.

A decisão da Champions tem um peso importantíssimo.

Se Neymar tiver uma atuação primorosa, marcar três gols, ir além muito além do normal, a situação pode pesar, por conta da pressão midiática.

Mas pelo conjunto da obra.

Por toda a temporada.

Por justiça, Lewandowski merece ser o melhor do mundo.

Mbappé, aos 21 anos, marcou 30 gols na temporada.

Cinco na Champions.

É o artilheiro do PSG.

Aos 28 anos, o brasileiro aprendeu o caminho.

Mas tarde para 2019/2020.

Querer enxergar a mais, força um tolo nacionalismo.

Busca a fórceps de autoestima.

Neymar fez 19 gols na temporada.

Apenas três na Champions.

Cristiano Ronaldo e Messi, desta vez, longe da briga pelo troféu de melhor do mundo
Cristiano Ronaldo e Messi, desta vez, longe da briga pelo troféu de melhor do mundo Cristiano Ronaldo e Messi, desta vez, longe da briga pelo troféu de melhor do mundo

É preciso ter um pouco de bom senso.

E enxergar além da fronteira deste país.

Talvez nem uma partida extraordinária mude a realidade.

O prêmio de melhor do mundo está encaminhado.

Para um polonês.

De nome Robert Lewandowski...

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