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Cosme Rímoli - Blogs

Memphis descobre o outro lado da torcida do Corinthians. Convocado pela Holanda. Chegou a hora do troco. Contra o rival ‘perfeito’, o Palmeiras

Principal estrela corintiana se tornou o principal alvo da mídia e dos torcedores. Ele era a maior esperança na sonhada reviravolta contra o Barcelona, do Equador. A sobrevivência na Libertadores não veio. E, ao contrário, uma péssima atuação. Desilusão e cobrança

Cosme Rímoli|Do R7

Em vez de palmas, elogios, Memphis ouviu cobranças em Itaquera, depois de eliminação Rodrigo Coca/Corinthians

Memphis estranhou.

Sua saída de Itaquera foi bem diferente de todas.

Pela primeira vez, na madrugada de quinta-feira, ele recebeu duras cobranças.

Voltadas diretamente a ele, jogador que exigiu a camisa 10 do Corinthians.


Ele era a maior esperança de reviravolta contra o Barcelona, de Guayaquil.

Na necessidade de vencer por 3 a 0, para pelo menos levar a decisão aos pênaltis, ele foi figura omissa.


Facilmente marcado.

E que ainda perdeu gol feito.


As primeiras vaias e cobranças chegaram e ele apenas encarou os torcedores.

Internamente, ele promete uma reviravolta contra o Palmeiras.

Conversou com seu protegido Yuri Alberto.

E ressaltou que sabe a importância da final diante do maior rival.

Ainda na arena lotada palmeirense.

Memphis não gosta de acompanhar a mídia, a cobertura esportiva dos times que defende.

Mas não pode ficar alienado diante de tantas cobranças.

Jornalistas lembraram dos três dias e três noites de festas no seu 31º aniversário.

Do estado físico ruim, pesado, lento que voltou das férias.

Algo que era comum na Europa e também motivo de críticas.

Porque ele não nega que ‘aproveita’ os dias, e principalmente, as noites de descanso.

A expectativa era que seguiria com o excelente futebol que terminou 2024.

Levou o Corinthians de ameaçado de rebaixamento à Pré-Libertadores.

Se tornou ídolo instantâneo.

Mas a idolatria está ligada aos resultados, aos desempenhos.

O técnico Ramón Díaz e o presidente Augusto Melo o defendem com unhas e dentes.

Apostam que ele reagirá.

Os treinos seguem fechados no Corinthians.

Mas a informação que os próprios jogadores passaram aos seus agentes é que o holandês tem treinado muito.

Até além do normal para a final contra o Palmeiras.

Deixando claro que ele quer usar a partida para mostrar a que veio ao Brasil.

Sabe que deixou o treinador argentino e o presidente corintiano em péssimas situações com a eliminação na Libertadores, principal objetivo do clube em 2025.

A Sul-Americana é uma competição muito menor.

Essa era a imagem que Memphis passava em 2024. Bem diferente desse início de ano pífio Rodrigo Coca/Corinthians

Os números de Memphis foram assustadores diante do Barcelona.

Os piores de todas as partidas pelo Corinthians.

Só tentou 18 passes durante todo o jogo.

Ensaiou um drible que foi travado.

E cara a cara com Contreras, chutou em cima do goleiro.

Pior, aceitou a marcação entre os volantes equatorianos, rendendo quase nada para o Corinthians.

Não se movimentou, ficou fixo, encaixotado, submisso.

A resposta está na sua forma física, abaixo do normal.

Ele precisa estar no auge da preparação para render o que pode.

E é o que tenta fazer para a final de domingo.

Também, é lógico, diante da Espanha, na quinta-feira.

Memphis ganha o maior salário do futebol brasileiro.

São R$ 5 milhões mensais, mansão em condomínio, segurança armada.

E passagens para a Europa, que irá usar para a partida da Copa das Nações.

Mesmo com o fraco desempenho na Libertadores, Memphis segue sendo o líder da equipe.

Ele conversou com o grupo depois da eliminação do Corinthians.

Pediu a ‘entrega total’ contra o Palmeiras.

Memphis assumiu sua liderança. Cobrou uma resposta do time na final contra o Palmeiras Reprodução/TV Corinthians

Como se fosse um ‘pedido de desculpas’ para a torcida que tanto empurrou o time em Itaquera.

“Temos de ser melhores”, frase mais forte que falou após o fim precoce da caminhada na Libertadores, se tornou um mantra.

Palavras que o holandês mais tem usado nos treinamentos.

Em 2024, ele fez 15 partidas pelo Corinthians.

Foram sete gols e quatro assistências.

991 minutos em campo.

Este ano, 14 jogos.

Seis assistências.

E só dois gols.

Com 991 minutos em campo.

O vilão do rendimento ruim não é segredo no Parque São Jorge.

O abuso nas férias e nas festas seguidas em São Paulo.

Chegou a melhor hora da resposta.

E Memphis promete estar pronto para dar.

O Palmeiras que se cuide...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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