Jogadores do Corinthians querem Lázaro como técnico efetivo. Diretoria diz 'não' e segue sua 'peneira'
Os líderes do elenco corintiano querem que o auxiliar Fernando Lázaro seja efetivado. Diretoria tem medo do 'efeito Coelho'. Quer um técnico vivido para comandar o time na lucrativa Libertadores
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

São Paulo, Brasil
A situação é muito evidente.
Mas irreal.
Se dependesse dos jogadores do Corinthians, o interino Fernando Lázaro seria o treinador do clube. Mas a diretoria quer um técnico vivido, com personalidade e, depois de desistir de Jorge Jesus e estudar as opções brasileiras, se volta outra vez para os estrangeiros.
A emocionante vitória diante do Ituano por 3 a 2, ontem, em Itu, deu fôlego aos dirigentes, para que possam escolher com mais calma o substituto do demitido Sylvinho.
O ex-programador de performance tem uma trajetória muito interessante. Filho do ídolo corintiano, o ex-lateral direito Zé Maria, ele começou no Corinthians em 1999. Seu trabalho eficiente o levou para a seleção brasileira, via Tite, em 2016.
Sylvinho, auxiliar de Tite, quis Lázaro como auxiliar, em maio de 2019, quando foi chamado para comandar o Lyon. Depois de onze partidas, o treinador foi despedido na França. E, com ele, o filho de Zé Maria.
Em janeiro de 2021, ele assumiu o cargo de auxiliar fixo no Corinthians. E já substituiu o demitido Vagner Mancini, com duas vitórias pela Copa Sul-Americana, mas com o time eliminado. Sylvinho foi contratado. Lázaro seguiu no clube e cada vez com maior influência nas decisões do ex-técnico e mais próximo das lideranças da equipe.
Gil, Renato Augusto, Cássio, Fagner, Paulinho e Willian são jogadores que têm toda confiança no treinador interino, que tem 40 anos.
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Mas o presidente Duilio Monteiro Alves e o diretor Roberto de Andrade não querem pensar nessa possibilidade.
O Corinthians tem como objetivo a Libertadores em 2022.
Não a obsessão pelo título.
Mas pelo dinheiro que a competição pode levar ao clube, com uma ótima campanha. Por exemplo, até as semifinais.
O empresário onipresente na Europa, Giuliano Bertolucci, está envolvido na garimpagem de um treinador de forte comando e vivência para comandar o Corinthians.
O nome do dia é Vitor Pereira, técnico português, empresariado por Kia Joorabchian, que foi presidente da MSI, amigo íntimo do ex-presidente Andrés Sanchez.
Aos 51 anos, ele foi bicampeão português com o Porto, como auxiliar. Como técnico, ganhou o Campeonato Grego, com o Olimpiacos, em 2014, e o Campeoanto Chinês com o Shangai, em 2019.
Está desempregado, foi demitido do Fenerbahce em dezembro do ano passado.
A influência de Andrés Sanchez, mentor de Duilio, ainda é enorme no Parque São Jorge.
E os dirigentes não querem correr o risco de repetição do que aconteceu com Dyego Coelho, ex-jogador e treinador inexperiente, que assumiu o lugar de Tiago Nunes. Contava também com todo o apoio dos jogadores.
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Começou bem, mas ficou apenas sete jogos.
Foi afastado, em outubro de 2020, depois de conquistar apenas seis pontos, dos 21 disputados. O clube estava na zona do rebaixamento do Brasileiro.
Daí a aversão a apostar em Lázaro.
O ressentimento surgiu em relação a Renato Gaúcho, que disse não ao Corinthians, em 2021. Roberto Andrade não quer nem ouvir falar em Mano Menezes, seu desafeto pessoal.
Contra Cuca há a condenação por estupro, quando ainda era jogador.
Paulo Fonseca, outro técnico português, também foi considerado caro.
A busca por um novo treinador segue.
A sugestão dos jogadores de manter Lázaro está descartada.
Pelo menos por enquanto.
Já que coerência não é qualidade da atual direção do Corinthians.
Se fosse, Sylvinho não teria feito a pré-temporada.
Sendo demitido após apenas três jogos no Campeonato Paulista...
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