Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Cosme Rímoli - Blogs

Foi necessário o apoio do presidente Javier Milei. E Di María enfrentou as ameaças de morte dos narcotraficantes. Voltou ao Rosario Central

Campeão do mundo decidiu não se dobrar mais a narcotraficantes, que não o queriam em Rosario. O motivo? Haverá muito mais policiamento por conta do ídolo. E vai atrapalhar a venda de drogas. A garantia veio do prefeito Pablo Javkin

Cosme Rímoli|Cosme RímoliOpens in new window

Di María poderia ter voltado há pelo menos dois anos. Teve medo das ameaças de morte Divulgação/AFA

Foi necessária a intervenção do presidente Javier Milei.

E do próprio prefeito Pablo Javkrin, que falou com Di María.

Eles garantiram que poderia fazer o que sonhava há anos.

Voltar para encerrar sua vitoriosa carreira no clube que o lançou para o mundo: o Rosario Central.


O campeão do mundo já queria estar no seu país, na sua cidade, há pelo menos dois anos.

Mas se dobrava diante das ameaças de morte dos narcotraficantes, muito poderosos na cidade.


Em março de 2024, quando o meia/atacante estava se desvinculando do Benfica, um cartaz foi colocado em frente à sua casa em Rosario.

Dirigida a Miguel, pai de Di María.


“Diga a seu filho Ángel (Di María) que não volte a Rosário porque senão estragaremos tudo matando um familiar. Nem Pullaro vai te salvar. Nós não jogamos fora pedaços de papel. Jogamos chumbo e gente morta.”

Maximiliano Pullaro era o governador da província.

Além do cartaz, bombas caseiras foram lançadas em frente à casa dos pais do jogador.

Di María ficou intimidado e decidiu seguir em Portugal.

Suas declarações ecoaram em todo país.

Di Maria com a camisa do Rosario Central. Sonho realizado, apesar dos traficantes Rosario Central

Houve uma ameaça no bairro dos meus pais que foi noticiada em todos os lugares e, simultaneamente, houve outra ameaça na imobiliária da minha irmã que ninguém ficou sabendo porque ela e meu cunhado se assustaram e não denunciaram.

“Era uma caixa com uma cabeça de porco com uma bala de revólver na parte da frente e uma mensagem que dizia que se eu voltasse ao Rosario Central, a próxima cabeça seria da minha filha, Pia.

“Depois, mais uma ameaça no posto de gasolina com tiros, que aconteceu há pouco tempo. Poderiam ter matado qualquer funcionário ou pessoa que estivesse ali, uma loucura. Creio que foram muitas coisas que fizeram eu tomar esta decisão. Não são apenas ‘cartinhas’, houve tiros e coisas graves”, disse o jogador ao canal Rosario 3.

Foi uma derrota enorme para o governo argentino.

Acabou atingindo até a imagem do presidente Javier Milei.

A notícia foi espalhada para o mundo.

Virou assunto de governo.

E questão de honra o retorno de Di María ao Rosario Central.

Os narcotraficantes não o desejavam porque acreditavam que ele atrairia mais policiamento.

O que atrapalharia o comércio de drogas.

Vai voltar?' Pergunta a pichação a Di María. Narcotraficantes intimidaram o jogador nos dois últimos anos Reprodução/Instagram

Desta vez, aos 37 anos, ele foi avisado pela direção do Benfica.

Não haveria renovação.

Di María já queria voltar para a Argentina.

E tratou de conversar com o presidente do Rosario Central, Gonzalo Bellozo, com quem jogou no início de carreira.

Bellozo ficou empolgado com a chance de ter o campeão mundial.

Entrou em contato com as autoridades, pedindo proteção ao jogador e à sua família.

A notícia chegou até Javier Milei.

O prefeito Pablo Javkrin, que se elegeu defendendo o fim do narcotráfico, garantiu.

Ele poderia retornar ao clube que estaria protegido.

Acreditando nessa promessa, ele posou hoje com a camisa do clube que ama.

E que chegou de forma absurda.

Quando menino, com seis anos, jogava no clube amador chamado El Torito.

Dirigentes do Rosario Central decidiram levá-lo.

E ofereceram 26 bolas.

O acordo foi fechado.

Mas as bolas só foram entregues 30 anos depois, em 2024.

Di María volta ao Rosario depois de 18 anos.

Com o apoio do presidente Javier Milei.

Os narcotraficantes até agora não se manifestaram...

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.