Euforia na Vila Belmiro: maior que a vitória contra o São Paulo, Neymar reestreia no Santos, na quarta, contra o ‘adversário ideal’, o lanterna Botafogo
Jogador conseguiu ofuscar a vitória impositiva, e surpreendente, do Alvinegro contra o Tricolor. 3 a 1 acabou sendo um placar modesto. Ainda tem a euforia da confirmação de Caixinha, de que o meia-atacante estará em campo contra o Botafogo, na quarta, no aniversário de 33 anos

A recuperação da autoestima santista continua.
Depois da cinematográfica apresentação de Neymar, na sexta-feira (31), o time de Pedro Caixinha despertou.
Com autoridade, a equipe que capengava nos seus primeiros jogos de 2025, fez a sua melhor partida da temporada.
E venceu o São Paulo, de Oscar, Lucas e Calleri, de virada, por 3 a 1, na Vila Belmiro, ontem.
Muito além da alegria pela maneira impositiva do Santos no clássico.
Da empolgação pela excelente atuação de Guilherme, autor de dois gols.
A excitação dos torcedores veio com a confirmação de Pedro Caixinha.
O técnico antecipou o que a diretoria santista queria.
Assim como o jogador.
Neymar voltará a atuar pelo Santos, depois de 13 anos.
Na data do seu aniversário de 33 anos, 5 de fevereiro.
Diante do adversário ‘ideal’: o fraco Botafogo de Ribeirão Preto.
“Ele vai jogar na quarta-feira. Todos esperamos que se junte ao grupo na segunda para ter o processo do treinamento. Vamos falar com quem o acompanha. Para que ele tenha esse tempo de treino e possa estar conosco.”
A confirmação foi de Pedro Caixinha.
O treinador não fez sequer um treino com Neymar, mas sofre uma pressão generalizada da direção e do próprio atacante.
Ele quer que seu retorno seja na Vila Belmiro.
Como está sem ritmo de jogo, nada melhor que ter pela frente um adversário fraquíssimo.
O lanterna geral do Paulista.
O pior de todos os 16 clubes.
O Botafogo, de Ribeirão Preto.
Em seis partidas não venceu nenhuma, empatou três e perdeu outras três.
O time colecionou ontem outra derrota, contra a Portuguesa, por 3 a 2.
A expectativa de Caixinha é que Neymar não atue 90 minutos.
Jogue, no máximo, 45 minutos.
O preço dos ingressos deverá ser aumentado.
Na Internet, já há camarote cobrando R$ 1.500 por pessoa.
A procura, com certeza, irá aumentar.

Porque, além da partida histórica, a vitória impositiva do Santos contra o São Paulo, ontem, trouxe confiança à torcida.
O jogo começou com muitos contatos físico, já que a chuva que caiu no Litoral deixou o gramado pesado.
Aflito, Pedro Caixinha, pressionado com o péssimo início do Santos no Paulista, foi expulso aos seis minutos, por reclamação.
Os dois times marcavam forte.
Até que, aos 35 minutos, Calleri escapou de Luan Peres e tocou a bola para Lucas.
Mesmo acompanhado por Vinicius Lira, ágil, virou em cima do defensor e chutou a bola.
Ela passou, caprichosa, embaixo das pernas de Brasão.
São Paulo 1 a 0.
Tensão na Vila Belmiro.
Mas o time de Luiz Zubeldía deixava espaços preciosos para o ataque santista.
O gol de empate nasceu de maneira vergonhosa à defesa são-paulina.
Em cobrança de lateral, Vinicius Lira descobriu Tiquinho, que desviou.
Gabriel Bontempo bateu cruzado e fraco, Guilherme apareceu, de surpresa, e empatou.
1 a 1, aos 42 minutos.
No segundo tempo, o São Paulo estava visivelmente cansado.
Aos sete minutos, Tiquinho fez ótimo serviço como pivô.
Serviu Soteldo, que deixou Gabriel Bontempo livre para virar o jogo.
O São Paulo se abriu, buscando o empate.
E ofereceu todo o campo para o Santos contragolpear.
Aos 25 minutos, Tiquinho, sempre ele, ganhou de cabeça.
A bola foi para Soteldo.
O venezuelano serviu Pituca.
Dele, o passe perfeito para Guilherme marcar 3 a 1.
O jogador fez o que quis pelo lado esquerdo, explorou a péssima marcação pela direita do time de Zubeldía.

O São Paulo perdeu seu esquema tático, e a equipe partiu para o ataque.
Se o Santos tivesse mais capricho nos contragolpes, poderia ter goleado.
Neymar vibrou muito.
Não foi para o estádio.
Ficou descansando.
Na sua mansão de Mangaratiba, no Rio de Janeiro.
E diante da vitória no clássico, ele não se conteve.
Nas redes sociais escreveu.
“Grande jogo da equipe! É disso para melhor... Vamos, meu peixão.”
E ainda colocou um emoji batendo palmas.
Resumindo o que pensa de Guilherme: ‘Craque’.
Há enorme chance desse alto astral que domina o Santos continuar na quarta-feira.
Com direito à torcida cantar ‘Parabéns a Você’, Neymar completará 33 anos.
E voltará a jogar pelo Santos.
Contra o adversário ideal.
O lanterna do Campeonato Paulista.
O mesmo que historicamente marcou a vida de Pelé.
O melhor de todos os tempos fez oito gols diante do time de Ribeirão Preto, em 1964, na vitória por 11 a 0.
O Botafogo de Ribeirão Preto.
Há mesmo motivo para euforia dos santistas, que tanto sofreram nos últimos anos.
Inclusive com rebaixamento, em 2023.
O último título foi em 2016, há nove anos.
O Paulista...
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