Estêvão, o ‘novo rei’. ‘Melhor jogador do Brasil desde Neymar.’ Espanha elogia e pressiona. Vendido ‘barato’ ao Chelsea. Por pressão do empresário
Os elogios são cada vez maiores na Europa. Chelsea pagou ‘apenas’ R$ 364 milhões, R$ 36 milhões a menos do que por Endrick. Empresários acreditam que a venda foi ‘muito baixa’. Mas o empresário André Cury exigiu multa reduzida ao Palmeiras
“O Brasil se prepara para coroar seu novo ‘Rei’.
“Estêvão Willian Almeida de Oliveira Gonçalves (Franca, 2007) .
“O ‘Messinho’, como é apelidado pela devoção a Messi, superou todos os recordes de precocidade de Neymar, Vinicius, Rodrygo, Ronaldo, Endrick.”
O jornal esportivo de Madrid, Marca, fez uma matéria mais do que elogiosa a Estêvão.
Fez questão de classificá-lo como ‘novo Rei’, sim, com letra maiúscula.
Tirando todo o exagero, há não só na Espanha, como na Europa, enorme expectativa pelo jogador de 17 anos.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, ele precisa ser considerado adolescente.
Muito maior do que foi, em 2023, com Endrick.
Por um motivo muito simples, além do talento, Estêvão é muito mais versátil do que seu ex-companheiro do Palmeiras.
Capaz de dribles e arrancadas por todos os lados do campo.
Dá muito mais espetáculo e tem se mostrado mais decisivo.
Como foi destacado pelo jornal, foi o primeiro atleta sub-18 a participar de 20 gols do seu time, na mesma temporada do Brasileiro.
Sua venda é criticada por empresários especialistas em negociações com o exterior.
A negociação com o Chelsea chegou a R$ 364 milhões.
A de Endrick envolve o montante de R$ 400 milhões.
A explicação é simples e está ligada ao empresário André Cury.
Ao tirar o jogador do Cruzeiro, onde já se mostrava diferenciado, a ponto de ter o apelido de Messinho, ele fez uma exigência ao Palmeiras.
Que ele tivesse uma multa ‘baixa’.
Cury não queria perder tempo em vender o atleta à Europa, por direito à sua porcentagem na negociação.
E também é costume o empresário receber parte dos salários do atleta.
Tudo foi acertado no primeiro contrato profissional, quando o atacante completou 16 anos.
Daí a venda fechada rapidamente com o Chelsea.
O que, outra vez, é considerado outro erro na gerência da carreira do atacante.
O Barcelona e o PSG estavam muito interessados.
Mas ofereciam menos do que os R$ 364 milhões do clube inglês.
Tudo foi acertado em maio e anunciado em junho.
Bastava esperar alguns meses e — há a certeza, desses observadores — o dinheiro seria ‘muito maior’.
Com a possibilidade de atuar em um futebol muito mais fácil para adaptação na Europa.
O espanhol ou o francês.
Daí os agentes apontarem precipitação de Cury e do Palmeiras.
O plano de Abel Ferreira era repetir o que fez com Endrick, segurá-lo.
Colocá-lo entre os profissionais ‘bem aos poucos’.
Até por ser muito mais franzino do que o atacante agora do Real Madrid.
Só que foi impossível.
Estêvão se impôs.
Se tornou não só titular, mas imprescindível ao Palmeiras.
Situação que passou longe de Endrick.
O assédio ficou à beira do insuportável.
E o clube só libera o atleta para raríssimas exclusivas.
Abel já disse que teve muita facilidade para acalmar o ego de Estêvão.
Encontrou um garoto de 17 anos de gênio muito mais obediente, dócil.
Aberto, de verdade, a ouvir conselhos sobre a carreira.
E que deu a resposta não em palavras, postagens, mas dentro do campo.
Nos treinos e nos jogos.
O português tem conversado muito só com Estêvão.
Para que ele não se deslumbre com tantos elogios.
A receptividade para os conselhos, orientações tem sido excelente.
Dorival Júnior também está impressionado com o enorme talento do palmeirense.
O técnico se mostra disposto a dar sequência nas convocações do jogador.
Também ao contrário de Endrick, ele não se mostra tenso, afobado, nos treinos, nos jogos.
Pelo contrário, a confiança está chegando muito rapidamente.
As conversas particulares também já aconteceram.
E o treinador da Seleção se encantou com a postura serena, humilde, do atacante.
Tem a convicção que não se deixará levar pelos elogios.
Tanto Abel como Dorival têm certeza de que têm nas mãos um jogador muito acima do normal.
A direção do Chelsea queria que Estêvão fosse para a Inglaterra logo em abril de 2025, quando completará 18 anos.
Só que o Palmeiras exigiu.
Ele ficará no Brasil e disputará o Mundial de Clubes, entre junho e julho.
Depois, seguirá para a Inglaterra.
Buscando seguir a profecia do jornal Marca.
Que será o mais talentoso jogador brasileiro depois de Neymar.
Sem o exagero de ‘novo Rei’.
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