Dedé não tinha o direito de festejar. Cruzeiro está à beira da Série B...
Jogadores do Cruzeiro se expõem. Trazem mais pressão com o time lutando para escapar do rebaixamento. Participam de festança em hora errada
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Santos, na Vila Belmiro.
CSA, no Mineirão.
Vasco, em São Januário.
Grêmio, em Porto Alegre.
Palmeiras, no Mineirão.
Sequência duríssima.
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Com três adversários entre os quatro primeiros do Brasileiro. Um desesperado, tentando fugir do rebaixamento. E outro querendo se fixar na Sul-Americana.
Com o time de Abel Braga jogando cada vez pior.
Torcida e imprensa mineira revoltadas.
O Cruzeiro jamais foi rebaixado na sua história.
E está na 16ª colocação, a um ponto da zona do rebaixamento. Graças a uma campanha ridícula. Com sete vitórias, 15 empates e 11 derrotas em 33 jogos.
A direção do clube segue investigada pela polícia por denúncias gravíssimas. O homem forte do futebol, Itair Machado, foi demitido sumariamente. Wagner Pires de Sá teve de aceitar uma 'intervenção branca' para seguir como presidente.
O clima no clube é o pior possível.
As torcidas organizadas haviam avisado que não tolerariam baladas de jogadores, festas. Exigiam foco total para escapar do rebaixamento.
Abel Braga, vivido, também já havia conversado com os atletas.
Mas...
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Na noite de terça-feira para quarta-feira, membros da Torcida Pavilhão Independente foram avisados.
Havia uma festa em um salão de festas em um prédio de luxo em Belo Horizonte.
Era aniversário da esposa de Dedé.
O zagueiro é um dos grandes ídolos e maiores salários no clube. Dos quase seis anos que está no Cruzeiro, passou cerca de dois anos jogar por conta de várias e graves lesões.
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Com o time desesperado pela pressão, Dedé teve de se submeter a uma artroscopia no joelho direito no dia 23 de outubro. A tensão no clube é para que ele volte o mais rápido possível ao time.
E não bastasse a real ameaça de queda para Segunda Divisão, Dedé, Sassá, Robinho, Ederson, Ezequiel estavam na festa.
Dançaram, beberam, celebravam.
Uma festa animada, mas familiar.
Todos os jogadores dançavam, empolgados.
Até Dedé, que se arriscou a imitar Sasá, com sua famosa 'sarrafa', um salto com que termina com os joelhos dobrados, simulando uma relação sexual.
Cenas da festa foram gravadas e distribuídas pela torcida nas suas redes sociais.
Os integrantes da Pavilhão Independente foram cobrar os atletas na festa. Foram expulsos, xingados. E garantem que ouviram de esposas dos jogadores a seguinte frase.
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"Como é que vocês querem que eles joguem, se não estão nem recebendo?"
A esposa de Dedé, Patrícia Gonçalves, garante que ninguém reclamou de salários. E se disse arrasada pela invasão da festa familiar.
O executivo e ex-jogador Marcelo Djian decidiu avisar, agora, que as festas dos jogadores estão proibidas até que termine o Brasileiro.
Situação óbvia e que os atletas já sabiam.
Dedé se expôs.
Era público que as organizadas do Cruzeiro prometeram impedir noitadas dos jogadores do time. Até que acabe a ameaça de rebaixamento.
Sim, a festa era familiar.
Mas não custava muito mais discrição.
Noção do terrível momento vivido pelo Cruzeiro.
Não há o que comemorar.
A esposa de Dedé, adulta, poderia esperar.
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Ver os atletas dançando, bebendo.
Dedé dando 'sarrada' no ar parece provocação.
Falta de preocupação com o momento do clube.
A torcida não tinha o direito de invadir o salão de festas.
Mas não é hora para farras, mesmo familiares.
A boba comemoração trará mais pressão.
Desnecessário desconforto a mais nestes cinco jogos.
Abel havia avisado...
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