O 'cala a boca' de Jorge Jesus aos técnicos invejosos do Brasil

São Paulo, Brasil

"Vim para o Brasil, sou um treinador como eles.

"Vim trabalhar.

"Não vim tirar lugar de ninguém.

"Não vim ensinar a ninguém.

"Não é o fato de eu estar aqui que vai demonstrar que os treinadores brasileiros têm mais ou menos valor.

"Não sou melhor nem pior do que ninguém. Queria lembrar aos meus colegas que em Portugal já trabalhou um brasileiro, o Scolari. "Ele é acarinhado pelos portugueses. Assim como Autuori, Rene Simões, Abel... e muitos outros.

"Quando estiveram lá, tentamos aprender.

"Não havia essa agressividade verbal que há comigo.

"Muitos desses treinadores aposentados, com luvas a tremer (com as mãos trêmulas, idosos).

"Não entendo essas mentes fechadas. Espero que olhem para mim como um colega de profissão, independente de ser português, argentino ou brasileiro.

"Quero que meus colegas cresçam.

"Não sabem o que é globalização. "

"Que de uma vez por todas tirem os fantasmas da cabeça, porque o Brasil tem grandes treinadores."

Finalmente Jorge Jesus explodiu.

Demonstrou em Porto Alegre, após a vitória contra o Grêmio, sua revolta contra a xenofobia que tem recebido de treinadores brasileiros.

Agressões gratuitas, movidas por inveja, pelo trabalho incrível que está fazendo com o Flamengo. 

Como a de que seu trabalho é fácil porque está comandando os melhores jogadores do país.

Sua resposta foi firme.

Não deixou dúvidas sobre ele acreditar na própria qualidade.

"Ninguém sabia quem era o Pablo Marí.

"Não sabia quem era o Gerson.

"Sabiam que o Bruno Henrique existia. Mas ele jogava assim? E por aí. Não quero falar mais nomes.

"Todo o crescer dos jogadores tem a ver com o treino.

"Tem a ver com a qualidade do treinador.

"Se quiserem dizer... Eu não quero falar, se não, eu teria de falar da Seleção do Brasil, então, esquece...

Jorge Jesus deu a resposta que muitos treinadores brasileiros invejosos mereciam.

Ele sabe que é o melhor técnico neste país.

Apenas assumiu o lugar que é seu...