Daniel Alves, Robinho e Neymar. Excelentes jogadores. Saíram da pobreza e viraram milionários. Que tipo de ídolo eles são?

São Paulo, Brasil

Daniel Alves está preso.

Sem o direito de noiva.

Sua fortuna de dezenas de milhões de reais de nada vale.

Ficará na cadeia, na Espanha, até que ocorra o julgamento da acusação de agressão sexual a uma mulher de 23 anos, no dia 30 de dezembro.

Robinho só está livre porque vive no Brasil. Ele está condenado na Itália a nove anos de cadeia. Por violação coletiva.

Neymar deixou de ser patrocinado pela Nike.

De acordo com o importante The Wall Street Journal, o motivo foi assédio sexual.

Simulações, provocações a adversários, chiliques com árbitros.

Farras, ostentação de jatos, helicóptero, iates.

Mais do que ter atuado na seleção brasileira, o trio foi espelho para muitas crianças.

Inúmeras delas, que os usaram como inspiração de superação na vida.

Daniel Alves, Robinho e Neymar vieram de família pobre e conseguiram se transformar em milionários graças ao talento, à dedicação ao futebol.

O brasileiro de 39 anos, que está preso na Espanha, nasceu em Juazeiro, na Bahia. Sua família, para sobreviver, plantava cebola, melão e tomate. Sem recursos, passava momentos terríveis, por conta do calor e da pobreza do solo.

Menino, acordava antes do nascer do sol para semear ou colher. Comunicativo, esperto, tratou de trabalhar ainda adolescente como garçom.

Para se divertir, jogava futebol com bolas feitas de sacolas de plástico.

Seu talento com bolas de verdade mudou sua vida.

Robinho era chamado de "Gordo" pela mãe, empregada doméstica, quando era menino. Não era obeso, mas tinha a "barriga de verme", relembrava o ex-jogador.

Viviam com o pai, que "fazia bicos", em um quarto e sala alugado, no litoral paulista.

Vizinhos ajudavam a diminuir a pobreza, com doações.

O menino sonhava com bicicleta, que jamais ganhou. Muito menos videogame.

A bola surgiu como salvadora.,

Só que mais pesada, no futebol de salão.

Magérrimo, o talento, a capacidade de dribles e a velocidade tornaram Robinho a esperança da família. 

Do salão ao futebol de campo. Do Santos à seleção.

Da pobreza absoluta à vida confortável de um milionário.

Em um simples conjunto habitacional no bairro Rodeio, em Mogi Mirim, nascia, há 30 anos e 11 meses, Neymar.

Seu pai era auxiliar de mecânico. A vida era difícil. A família, pobre. E ex-jogador frustado, desde os primeiros passos de Neymar, a bola era mais do que um brinquedo. Era objeto de trabalho. Não havia espaço para brincadeira, e sim ter mais e mais intimidade com a bola.

O objetivo era moldá-lo para ser um grande jogador.

Ele se tornou o atacante mais caro da história do futebol mundial.

Sua fortuna passa de R$ 1 bilhão, de acordo com a revista Forbes.

Daniel Alves, Robinho e Neymar foram espelho para milhões de meninos.

O lateral do Pumas e o atacante do PSG criaram institutos para ajudar crianças carentes.

Poderiam ser exemplo de vida, de superação.

Só que os escândalos sexuais nos quais o trio se envolveu é pesado demais.

Frustra quem os via como ídolos.

Decepciona.

Mancha a imagem do jogador brasileiro no mundo.

Todos foram importantes para a seleção pentacampeã. 

Superaram barreira imensa na infância.

E ganharam o noticiário da pior maneira possível.

Neymar continua com mais de 250 milhões de seguidores em todas as suas redes sociais.

Robinho não é mais objeto de admiração.

Daniel Alves, deixando de ser.

Três grandes jogadores.

Mas que não são os ídolos de que o Brasil precisa...