Acabou a tortura. Romero, o injustiçado, vai embora. De graça
O Corinthians perde peça fundamental para Tite e Carille. Romero sai de graça. E o clube tem de devolver 3 milhões de dólares a empresário. Desperdício
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
17 camisas significam saudade.
E tristeza.
Romero, a partir de amanhã, não é mais jogador do Corinthians.
Termina sua injusta tortura de oito meses, de apenas treinar e não entrar em campo.
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Situação que prejudicou sua carreira.
O afastou da Seleção Paraguaia.
Tirou um jogador versátil, inteligente, dedicado, entregue de corpo e alma à camisa corintiana.
Capaz de passar o jogo inteiro se violentando, esquecendo sua tendência ofensiva para obedecer ordens dos treinadores.
E, por 90 minutos, mais acréscimos, correndo atrás de um lateral, de um meia. Provocando, catimbando. Tirando a concentração do adversário.
Além disso, ele tem um faro de gol importante.
Mesmo sem jogar há oito meses segue sendo o artilheiro do Itaquerão.
Mas Romero vai embora.
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No auge como jogador, com 27 anos.
Sem querer sair.
Sem Fábio Carille desejar.
Assim os conselheiros.
E maioria da torcida corintiana.
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Mas Andrés Sanchez quis assim.
Ele assumidamente está sendo injusto.
Não tolerou a rebeldia do jogador em espalhar sua insatisfação salarial.
"O Romero chegou (em 2014) ganhando 20 mil dólares(R$ 74 mil). No segundo ano foi para 40 (R$ 148 mil), depois 60 (R$ 224 mil) e 80 ( R$ 299 mil) no quarto.
"Foi oferecido ao Romero 100 mil dólares (R$ 374 mil, em dezembro de 2018). Era um pouco abaixo do teto máximo (de R$ 400 mil)", revela o diretor financeiro Matias Ávila.
O jogador queria receber R$ 500 mil.
Sabia, por exemplo, que Cássio e Fágner recebem cerca de R$ 700 mil.
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Ou seja, acima do teto.
Romero sabia disso e de sua dedicação, sua importância tática.
Nunca foi craque, mas foi um jogador fundamental tanto para Tite como para Carille.
Desde dezembro de 2018, quando voltou ao Corinthians, Carille foi avisado.
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Romero não entraria em campo.
O clube não o valorizaria mais, dizia Andrés.
E assim foi feito.
Ele apenas treinou, cumpriu suas obrigações.
O negócio é tão injusto e ruim ao Corinthians, que o clube terá de devolver ao empresário Beto Rappa, que emprestou, em 2014, os 3 milhões de dólares, R$ 11,2 milhões, para o clube comprar o paraguaio.
O acordo era ter o dinheiro devolvido e o agente e o clube dividirem o lucro em possível negociação. Como ela não aconteceu, Rappa terá de volta o que investiu.
Romero tem propostas do Cruzeiro, do Atlético Mineiro, do Internacional, do Grêmio. Agentes ligados ao Estados Unidos, México e Argentina procuraram o empresário do atleta, Bruno Paiva.
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Os direitos jogador não terão custo algum.
Para ter esse versátil atleta basta acertar luvas e salários.
Nos quatro anos que terminam hoje, ele fez 222 partidas, com 107 vitórias, 58 empates e 58 derrotas.
Marcou 38 gols.
Lembrando que este ano não fez uma partida sequer.
Sai tremendamente injustiçado.
Um desperdício de Andrés.
As 17 camisas que comprou, na loja do clube, mostram seu caráter.
O quanto ama.
E tem orgulho de ter sido do Corinthians...
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