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Jô está com boa vida no Japão, mas já sonha em voltar ao Corinthians

O artilheiro do Brasileiro de 2017 falou com exclusividade ao R7 e contou como ele está no futebol japonês e sobre a adaptação da família no país

Especiais|Carla Canteras, do R7

Jô, a mulher Cláudia e os filhos Pedro e Miguel estão felizes no Japão
Jô, a mulher Cláudia e os filhos Pedro e Miguel estão felizes no Japão

Há sete meses no Japão, o atacante Jô está de bem com a vida no Nagoya Grampus, apesar da má fase do time. O jogador está certo de que fez a melhor escolha ao deixar o Corinthians, depois de ser campeão e artilheiro do Brasileirão, e mudar a vida.

"A adaptação ao futebol japonês demorou um pouco, mas agora tudo está bem. Fora de campo a vida está ótima. Tudo funciona e minha família está adaptada."

Mas quando o assunto é Corinthians, Jô até muda o tom de voz e não esconde a vontade de voltar ao time. Para você ter uma ideia, ele continua no grupo de WhatsApp do time e acompanha como pode o Timão em campo. 

"Saí daí e falei que voltaria para o Corinthians. Eu gosto muito do clube. Mas, no ano passado eu fiz uma escolha e tenho de encarar a escolha. Vou cumprir meu contrato de três anos."


Jô comemora um dos gols contra o Gamba Osaka
Jô comemora um dos gols contra o Gamba Osaka

Todo este amor vem desde novinho! Jô começou nas categorias de base do Timão. Ele acredita que o Corinthians vai ganhar mais um título em 2018. 

"Eu acredito mais na conquista da Copa do Brasil. É difícil tem muitos times grandes, mas eu acho que tem grande chance."


Na última rodada da Liga Japonesa (no último domingo (5)), Jô fez os três gols da vitória contra Gamba Osaka por 3 a 2. O time está na última colocação do Campeonato Japonês, a quatro pontos de sair da zona de rebaixamento e com um jogo a menos. 

"Sabíamos que pela equipe que tínhamos, chegando alguns jogadores e fazendo ajustes as coisas se acertariam. Agora estamos 3 jogos sem perder, com duas vitórias consecutivas. Contra o Gamba Osaka fiz minha melhor partida aqui."


Ele tem 10 gols na competição e publicou todo orgulhoso os três gols que marcou na última rodada. Veja como foram os gols. 

Jô estava jogou a Copa de 2014, no Brasil
Jô estava jogou a Copa de 2014, no Brasil

Jô foi atacante reserva na Copa de 2014 e sabe que não tem chance de disputar outro Mundial, por causa da idade. Mas, a curto prazo, ele ainda sonha em vestir a camisa amarela. 

"Se eu não tiver esperança ou sonho melhor nem jogar. vejo que tenho de fazer um meu trabalho direito e lutar para conseguir."

Leia a entrevista completa de Jô ao R7.

R7 - Como está a vida no Japão?

Jô - No futebol o começo foi ruim até conseguir adaptação aqui. Mesmo assim, estou com 10 gols na Liga Japonesa. Mas, agora está melhorando. Sabíamos que pela equipe que tínhamos, chegando alguns jogadores e com alguns ajustes as coisas se acertariam. Fora de campo a vida está ótima. Tudo funciona no Japão.

Quais dificuldades você enfrentou no Japão?

O japonês faz exatamente aquilo que é falado. Eles mudam pouca coisa. Na hora do jogo, em algum momento, pensava que eles tinham de mudar. Como já vivi em cinco países diferente tenho mais facilidade para entrar na cultura deles. Começou a dar resultado! Contra o Gamba Osaka fiz minha melhor partida desde que cheguei há seis, sete meses.

Você acompanha o Corinthians aqui no Brasil?

Às vezes não consigo assistir porque o fuso é muito grande. São 12 horas. Mas sigo pela Internet e estou no grupo do WhatsApp do Corinthians. É um vínculo muito forte que eu deixei lá.

O que você achou das mudanças todas do elenco?

Toda a janela é assim. Todo meio do ano e fim de ano as equipes mudam. Ainda mais a gente que foi muito bem no ano passado. Agora perdeu mais gente, mas acho que o Corinthians foi rápido.

O Osmar Loss vai fazer um bom trabalho é só dar um tempo para que ele possa colocar em prática o que acredita no futebol. O Andrés um cara inteligente e vai ter paciência. Assim como tiveram com o Fabio (Carille).

Você acredita em títulos do Corinthians?

Eu estou torcendo muito. O Corinthians está em três competições muito difíceis. O Campeonato Brasileiro acho complicado. São Paulo e Flamengo estão mais distantes na tabela. A Libertadores sempre é difícil. Eu acredito mais na conquista da Copa do Brasil. É difícil, tem muitos times grandes, mas eu acredito que tem grande chance.

Jô aos 17 anos no Corinthians
Jô aos 17 anos no Corinthians

Você voltaria para o Brasil?

Quando saí daí falei que voltaria ao Corinthians. Eu gosto muito do time. Mas ano passado eu fiz uma escolha e tenho de encarar a escolha. Eu quero cumprir meu contrato de três anos aqui no Japão.

O que a sua família acha da vida aí no Japão?

A cidade de Nagoya é ótima. Tem cultura, organização. A Claudia, minha mulher, está adaptada aqui. Quando vim para cá, pensei muito que seria bom para eles e está sendo exatamente como imaginei. Meu filho de sete meses, o Miguel, está super bem. O Pedro de quatro anos está em uma escola internacional e está feliz.

Quem são os seus amigos por aí?

No time tem outros quatro brasileiros. O Guilherme Domenech, fisioterapeuta que veio comigo; e os jogadores Gabriel Xavier, Willian Rocha e Eduardo Neto. Todo mundo tem mulher, filhos. Ficamos unidos aqui. É como se fosse uma família. Já, fora de casa temos tradutor disponível que ajuda em tudo. Até o problema do idioma resolvemos.

Vamos voltar a falar de futebol. O que você achou a Copa?

Não era o que a gente esperava, por causa das eliminatórias. A seleção estava bem. Mas acho que fica com o experiência e lição. Tivemos a lição do 7 a 1 e a de agora.

Gostou do trabalho de Tite?

Eu acho que ele fez um bom trabalho. Mas a Copa é assim. Um jogo, mata-mata, a Bélgica era boa. Qualquer um poderia ganhar. Acho que o Tite vai fazer um bom trabalho com a nova geração que temos.

Você ainda sonha com seleção?

Se eu não tiver esperança ou sonho melhor nem jogar. Para disputar uma Copa, acho difícil. Tenho 31 anos, vou estar “velho”, como dizem e tem uma geração nova muito boa. Mas a curto prazo, vejo que tenho de fazer um meu trabalho direito e lutar para conseguir.

A Copa América ano que vem, no Brasil?

Quem sabe. Vou estar com 32 anos, experiente. Tenho que trabalhar bem aqui no Japão e por que não sonhar e acreditar? Mas tenho de jogar bem aqui.

Veja como está a vida de Jô no Japão: 

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