Brigas entre sul-americanos voltam a causar apreensão no Maracanã
Fifa e COL entendem que sistema de segurança do palco da final tem funcionado corretamente
Copa do Mundo 2014|André Avelar, do R7, no Rio
A tão bonita quanto tensa festa sul-americana no Maracanã mais uma vez veio à tona, no dia seguinte à vitória da Colômbia sobre o Uruguai. Em clima de Copa Libertadores, torcedores foram além das conhecidas provocações no último sábado (28) e trocaram alguns socos e pontapés em pleno palco da final da Copa do Mundo. A Fifa e o Comitê Organizador Local se mostraram preocupados com a violência no estádio, mas voltaram a defender o modelo de segurança adotado.
Para o diretor de Comunicação do COL o ideal, claro, é que a violência não exista nos estádios. Saint-Clair Milesi lamentou os episódios e afirmou que seguranças agiram rapidamente para conter os ânimos mais exaltados nas arquibancadas.
— Identificamos essa ocorrência, mas a segurança funcionou. Tivemos o meso número de atendimentos que temos até agora. Nossa área de segurança vai olhar essas imagens, se houve alguma falha de operação, mas não foi o relatório que a gente recebeu. A gente não concorda com essa avaliação que tem sido uma vergonha mesmo em um cenário que não seja o usual para um brasileiro que é torcer ao lado do rival.
O domínio da partida desse sábado era tamanho que torcedores começaram a cantar a vitória antes mesmo do fim do primeiro tempo. Maioria no estádio, os colombianos mandavam os uruguaios para casa e até ganharam o apoio dos brasileiros – e foi aí que a briga começou, próximo à tribuna de imprensa do estádio. Depois de definido Brasil e Colômbia nas quartas de final, os anfitriões muram o tom e entoaram “Colômbia, pode esperar, a sua hora vai chegar”. Resultado? Mais confusão na rampa que leva ao metrô.
Os que já tiveram o desprazer de simplesmente perder uma partida ali sabem que as provocações estão para a rampa do Maracanã, assim como o bondinho está para o Pão de Açúcar. O grito de "eliminado" ali dói mais do que em qualquer outro lugar do mundo. Torcedores mais exaltados, no entanto, resolveram no braço suas diferenças como há tempos não acontece no estádio.
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Em sua primeira partida neste Mundial, o Maracanã já sofreu com a invasão de mais de 35 argentinos. No jogo seguinte, aproximadamente 150 torcedores chilenos forçaram uma passagem do estádio e tentaram chegar às arquibancadas.
Saint-Clair disse ainda que as estratégias de segurança são adaptadas de acordo com cada partida e por isso não é possível pensar em um esquema de segurança especial para uma possível final sul-americana.
Torcedores embriagados
Como os portões do Maracanã foram abertos antes das 13 horas para que o público assistisse também a Brasil e Chile, alguns torcedores estavam visivelmente alterados depois das 17 horas, quando a bola começou a rolar para Colômbia e Uruguai. A Fifa garantiu que ainda não trabalha com a hipótese de proibir a venda de bebida alcoólica nos estádios.
— Não tivemos nenhuma consideração das autoridades de segurança para mudar o procedimento sobre isso. Não há necessidade de mudar nada na política de venda aos torcedores.