Técnico valoriza velhinhos do Uruguai após eliminação

O técnico do Uruguai saiu em defesa de seus jogadores depois da eliminação deste sábado (28) diante da Colômbia. Oscar Tabarez rebateu as acusações de trabalhar com um grupo envelhecido desde a última Copa do Mundo e parabenizou os atletas por lutarem até o final mesmo diante dos problemas.

Tabarez lembrou que 15 dos 23 atletas estavam no último Mundial. Segundo o comandante, o trabalho não para por aqui e o povo uruguaio ainda pode esperar mais do futebol do país.

“O que aconteceu com a seleção até agora é um legado para seguir em frente. Para um país como o Uruguai, participar de uma Copa é uma questão básica. Não só pela subsistência futebolística, mas pelo o que o povo quer”, disse o técnico, que ainda não renovou contrato e não sabe se fica na seleção.

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Um dos líderes da equipe, Diego Lugano seguiu as palavras do treinador. O zagueiro, de 33 anos, lamentou, claro, a punição do atacante Luis Suárez e disse que esse foi um fator que dificultou ainda mais a classificação para as quartas de final.

“A punição [a Suárez] não foi cabível. O jogador não pode entrar em um estádio com 70 mil pessoas, não pode ficar em um hotel com seus companheiros, não pode fazer treinos com sua equipe por quatro meses... Não pode trabalhar. Vejo que isso é uma barbárie. Lógico que as coisas ficaram ainda mais difíceis porque um país como o Uruguai não tem tantas peças de reposição como o Brasil, por exemplo”, disse Lugano, ainda irritado na saída do vestiário.

Depois de vencer as Copas do Mundo de 1930 e 1950, o Uruguai buscou por anos recolocar o azul celeste no preto e branco da sua história. Conseguiu, sobretudo, com a quarta colocação no Mundial da África do Sul, em 2010, mas nomes como Diego Lugano (33), Diego Forlán (35) e Maxi Pereira (30) não devem seguir com a equipe.