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Travis Hunter, a promessa que quer mudar a forma de jogar na NFL

Talento mais conhecido do próximo Draft da liga deseja estar em campo em 100% das jogadas ofensivas e defensivas

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window

Travis Hunter ganhou o Heisman Trophy, prêmio anual entregue ao melhor jogador universitário dos EUA Reprodução Instagram/@db3_tip

A NFL realiza dos dias 24 a 26 deste mês o Draft da liga, evento no qual as franquias selecionam os principais talentos do futebol americano universitário. E, neste ano, um dos nomes mais badalados é do cornerback/wide receiver Travis Hunter, de Colorado.

O atleta é uma estrela desde o ensino médio, sendo o recruta mais bem cotado dos Estados Unidos na safra de 2022. Apesar de ser disputado a tapa por todas as universidades do país, Hunter decidiu ir para um programa pequeno e desconhecido do grande público do futebol americano universitário, o de Jackson State.

O jovem jogador foi para lá a convite da lenda da NFL Deion Sanders, que é, provavelmente, a principal inspiração de Hunter nesta ideia de jogar no ataque e na defesa. Segundo a NFL, desde 1980, apenas três jogadores foram titulares jogando de cornerback e wide receiver em uma mesma partida, sendo um deles, justamente, Sanders.

Os números mostram que a forma de jogar de Hunter não é nada usual. Para quem não acompanha futebol americano de perto, vale uma explicação rápida. Cada equipe tem times especializados em atacar e defender. Dificilmente um jogador atua dos dois lados da bola e, quando acontece, é de maneira esporádica, para uma jogada surpresa.


Em 30 jogos na carreira universitária, Hunter registrou como cornerback 85 tackles, nove interceptações, 26 passes desviados e um fumble forçado. Do outro lado da bola, como wide receiver, o jogador teve 171 recepções, 2.167 jardas e 24 touchdowns.

Nas últimas duas temporadas, quando defendeu as cores de Colorado (também sob o comando de Sanders), Hunter esteve em campo, em média, em 111 jogadas por partida — o atleta mais próximo na elite universitária teve média de 78 jogadas, em comparação.


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Durante o NFL Combine, a jovem promessa de 21 anos se mostrou confiante aos jornalistas ao declarar que pode continuar na liga profissional o que fez no universitário.

“Eles dizem que ninguém fez isto da maneira que faço, mas digo para eles apenas que sou diferente. Sou uma pessoa diferente”, declarou Hunter, que destacou todo empenho em se manter saudável para a dupla jornada: “Já testei bastante o meu corpo. Faço muitos tratamentos, essa é uma parte que as pessoas não enxergam... Sei que posso fazer isso.”


Hunter tem os números, tem as credenciais — visto que ganhou o prêmio de melhor atleta universitário em 2024 —, mas ainda não conhece a NFL. Agora, o jogador deve enfrentar a elite da elite, em uma exigência mental e física impar no mundo do futebol americano.

Se conseguir, Hunter se tornará automaticamente uma lenda do esporte. Mas, se o futuro reservar ao atleta apenas um dos lados da bola, ainda assim o jogador será uma das grandes estrelas da NFL.

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Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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