Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Manual para saber quem criticar quando seu time for mal

Uma equipe de futebol americano que não vai bem das pernas pode ter diversos responsáveis, não só jogadores e técnicos

Jarda por Jarda|Lucas FerreiraOpens in new window

Zac Taylor, do Cincinnati Bengals, é um dos treinadores mais questionados da NFL Reprodução Site/Cincinnati Bengals/Ben Liebenberg/NFL

Estamos em meados de outubro e um terço da temporada ficou para trás. Existem times que estão voando, como o Kansas City Chiefs e Minnesota Vikings, e outras equipes que estão desesperadas com os resultados, como Cincinnati Bengals e Jacksonville Jaguars.

Para cada doente, um remédio. Para cada franquia em alerta, um motivo. E hoje o Jarda por Jarda vai trazer um manual básico para você saber quem criticar (ou xingar, dependendo do nível de irritação) quando o seu time perder a cada fim de semana.

Obviamente, este é um manual básico. Terão equipes com problemas únicos, mas a maioria terão múltiplas dificuldades. E alguns times específicos, como o Cleveland Browns, precisam, basicamente, de uma nova fundação.

Sem mais delongas, vamos lá!


Grande talento universitário, Bryce Young foi bancado após início ruim de temporada Reprodução Site/Carolina Panthers/Kenny Richmond

Jogador

Começamos esta lista com o personagem que tem um dos maiores alvos nas costas: o atleta. É ele quem está em campo, é ele quem personifica a glória... Ou as trevas, no caso deste texto.

Atire tomates em um jogador quando o desempenho dele destoa negativamente dos demais atletas da equipe. Por exemplo, se um quarterback erra passes com os recebedores livres, ou se o running back tem dificuldade de ver os espaços na linha e sofre fumbles todo jogo.


Às vezes, um jogador não aparecer na partida não significa que ele é o problema, pode ser uma questão do esquema da equipe. Então cuidado na hora de tacar os tomates.

Robert Saleh (à esq.) foi demitido do New York Jets após derrota na última semana Reprodução Site/New York Jets

Técnico

Por falar em técnico, vamos falar dos “treineiros” — aquele apelido carinhos que os comandantes ganham dos críticos. Se você não é tão próximo do futebol americano, a paciência com o professor é muito parecida com a do futebol.


As equipes costumam procurar os novos técnicos de olho nos coordenadores de posição de times de sucesso da NFL. Por exemplo, se o ataque do Buffalo Bills for bem por alguns anos, certamente uma franquia vai atrás do coordenador de ataque, neste caso Joe Brady. Uma outra opção é buscar um treinador no futebol americano universitário.

Normalmente, existe uma leve paciência com o novo técnico, que costuma assumir equipes que estão indo mal. Entretanto, se você observar que o time perde jogos com patacoadas e que o treinador não tira os atletas responsáveis por isso, pode criticar ele nas redes sociais.

Outra forma de avaliar a responsabilidade do técnico é a falta de evolução da equipe. Não adianta martelar e errar o prego. Olho da rua para ele!

Coordenador defensivo dos Cowboys, Mike Zimmer, pode terminar o ano desempregado Reprodução Site/Dallas Cowboys

Coordenador defensivo

Nem sempre a culpa é de uma pessoa só, mas sim de várias. Grupo responsável por evitar que o time leve pontos, a defesa precisa atuar em uma sintonia muito ajustada para que não seja pega de surpresa por um ataque.

Por exemplo, não adianta a secundária jogar bem e impedir todos os passes dos adversários se a linha defensiva é um queijo suíço. Isso certamente fará com que os rivais explorem o jogo terrestre e punam a defesa como um todo.

O mesmo se aplica ao contrário. Não adianta a linha defensiva ser monstruosa se a secundária for uma mãe e não conseguir quebrar nenhuma tentativa de passe.

Basicamente, se seu time leva um caminhão de pontos e não importa o que o ataque faça, a equipe perde, é hora de direcionar sua irritação para a defesa.

Ken Dorsey, coordenador ofensivo dos Browns, chegou nesta temporada e não conseguiu fazer ataque da equipe funcionar Reprodução Site/Cleveland Browns

Coordenador ofensivo

A ideia do ataque é parecida com a da defesa. Não adianta a unidade ofensiva correr muito bem com a bola e o jogo aéreo ser ruim, pois isso facilitará a vida das defesas que vão dar muito mais atenção aos avanços terrestres. Futebol americano é um jogo de gato e rato.

Por aqui, o conselho é similar ao da defesa: se o seu time leva apenas 14 pontos por jogo e ainda assim não consegue vencer dentro de casa, o problema é certamente o ataque.

Dentro do ataque, você deve descobrir quem são os culpados diretos por aquele problema. Pode ser uma questão de má execução de alguns jogadores da unidade ou até mesmo do coordenador ofensivo, que em muitos casos é o responsável por chamar as jogadas.

Veja também

Técnico de posição

Dependendo do nível de obsessão do sujeito, ele irá até o ponto mais profundo de uma franquia para entender por qual motivo o time dele perdeu para o Carolina Panthers no último domingo.

As franquias da NFL possuem técnicos destinados para cada posição. Ou seja, existe um treinador específico para os quarterbacks, outro para wide receivers, um para linha defensiva... Por aí vai.

O ponto é: avaliar o desempenho destes profissionais é extremamente difícil. Se a linha ofensiva vai mal, por exemplo, a culpa recairá sobre os jogadores ou coordenador ofensivo antes de respingar no técnico da linha.

Mas como você está obstinado a achar um culpado, pense em criticar um técnico de posição após duas ou três temporadas da unidade indo mal. Mantendo a linha ofensiva como exemplo: se a unidade é uma peneira há três anos, um monte de jogadores passaram lá e ninguém resolveu, provavelmente ela é mal treinada. Isso se aplica a outras posições, com algumas adaptações na forma como interpretar isso.

George Paton é GM do Denver Broncos desde 2021 Reprodução Site/Denver Broncos/Gabriel Christus

General manager

O general manager, para início de conversa, é uma espécie de mandachuva de uma equipe. O título do cargo pode mudar em algumas franquias, mas você consegue identificar o sujeito a partir de suas atribuições, sendo como principais afazeres a seleção de talentos no Draft e negociação de contratos.

Este é um dos personagens mais simples de você identificar se é o problema da equipe — o que é excelente para você que está ávido para criticar muito a franquia nas redes sociais.

Vamos a uma lista de ações que podem configurar um general manager ruim:

  • Não contrata ninguém bom;
  • Quando assina com um bom talento, o contrato é ruim para a franquia;
  • Não demite o técnico que não mostra nenhum sinal de melhora depois de três temporadas;
  • Deu a vida no Draft por um jogador que não é unanimidade entre analistas e fãs;
  • Monta um elenco sem pé nem cabeça.

Se o seu general manager preenche dois ou mais desses pontos, fique tranquilo para criticá-lo. Dificilmente alguém estará contra você.

Jerry Jones, proprietário do Dallas Cowboys, é um dos donos de franquia mais famosos Reprodução Site/Dallas Cowboys/Jeremiah Jhass

Dono da franquia

Se você foi em um restaurante e comeu mal, você reclama com o garçom, depois com o gerente, então com o cozinheiro e, por fim, sobra apenas uma pessoa: o dono do estabelecimento.

Os times da NFL não vendem comida — ao menos não é o principal negócio —, mas os donos podem ser alvos de muitas críticas. Na maioria das vezes, elas não têm a ver com vitórias e derrotas, e sim com decisões voltadas para o negócio.

Por exemplo, é comum que um dono de uma franquia leve a equipe para outra cidade após anos estabelecido em uma determinada comunidade. Este tipo de situação, inclusive, já aconteceu durante a madrugada, sem ninguém esperar.

Entretanto, existem aqueles donos que estão sempre aparecendo, que se envolvem nas decisões do general managers e são cartas marcadas em treinos e até mesmo durante o Draft da franquia.

Se você torcer para uma equipe com um dono muito falastrão, que manda e desmanda até nas funções que tem um funcionário para tal, que não busca melhorar as instalações da equipe e abraça a mediocridade, considere direcionar suas críticas a ele também. Afinal, no fim do dia, o homem que assina o cheque pode tudo.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.