Entendendo a NFL: como a liga arrecadou R$ 70 bilhões em 2023
Mesmo com temporada de apenas cinco meses, receita da NFL é maior que a da MLB (beisebol), da NBA (basquete) e da NHL (hóquei)
Os novos estádios luxosos dos times da NFL e o cada vez maior teto salarial da liga tem uma explicação simples: dinheiro. Segundo o site especializado Sportico, a National Football League teve receita de US$ 13 bilhões (mais de R$ 70 bilhões) em 2023 — valor maior do que as estimativas de ganhos da MLB (US$ 11,3 bilhões), da NBA (US$ 10,5 bilhões) e da NHL (US$ 6,4 bilhões) no mesmo ano.
Apesar da matemática atuar contra a NFL, que possui uma temporada de apenas cinco meses frente aos sete ou oito meses de MLB, NBA e NHL, a principal liga de futebol americano dos Estados Unidos tem uma grande aliada: a mídia.
Em 2023, estima-se que 66% da receita da NFL veio dos direitos de transmissão. Diferentemente do futebol brasileiro, o valor proveniente de televisão e streaming é dividido igualmente pelas 32 franquias, independentemente da audiência ou classificação do time nas últimas temporadas. Ou seja, cada franquia da NFL recebeu cerca de R$ 1,4 bilhão apenas por direitos de transmissão.
Segundo o jornalista da Sportico Kurt Bandenhausen, além dos valores de transmissão, estima-se que 17% da receita liga de futebol americano venha de bilheterias, 10% com patrocínio aos times, 6% em concessões e cerca de 2% com a mídia local — rádio e transmissão de jogos de pré-temporada.
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Com receitas como essa, você pode pensar em criar uma nova equipe de futebol americano e mandar uma mensagem para o comissário-geral da NFL, Roger Goodell, pedindo um espacinho. Certo?
Obviamente, não é bem assim que funciona e qualquer expansão de franquias na liga precisa ser bem avaliada, não só por questões financeiras, mas também esportivamente. A verdade é que a NFL, ao encontrar o formato de duas conferências e quatro divisões com quatro times em cada, tem uma receita bem “azeitada”.
O jornalista Tyler Webb viralizou nas redes sociais ao trazer os valores pelos quais cada franquia foi vendida. O Houston Texans, por exemplo, que foi a última franquia a entrar na NFL, em 2002, comprou seu espaço na liga por US$ 700 milhões, em 1999. O Chicago Bears, por sua vez, que é a segunda franquia mais antiga da história, custou apenas US$ 100.
Última franquia a ser vendida, o Washington Commanders foi negociado por US$ 6,05 bilhões, em 2023. Menção honrosa também ao Green Bay Packers, que não possui dono e é considerado uma espécie de ativo da comunidade — ou seja, é um clube associativo em um formato parecido com as equipes brasileiras.
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