Será pedida pena máxima aos brutais assassinos de Daniel
A Polícia do Paraná tem certeza. Edison Brittes e os acusados da cruel morte do jogador deverão ter penas máximas pedidas pela acusação
Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli
São Paulo, Brasil
Edison Brittes : homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Eduardo da Silva – homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
Ygor King – homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
David Willian da Silva – homicídio qualificado e ocultação de cadáver;
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Cristiana Brittes – coação de testemunha e fraude processual;
Allana Brittes – coação de testemunha e fraude processual;
Eduardo Purkote – lesões corporais graves.
CASO DANIEL: Defesa cita Lava Jato para tentar soltar suspeita de matar Daniel
Esse é o triste balanço de 21 depoimentos e 370 páginas.
Eles formam o inquérito da mais chocante morte de um atleta neste país.
Lá estão explícitos os detalhes do brutal, selvagem assassinato do jogador do São Paulo Futebol Clube, Daniel Correa, na madrugada de 27 de outubro, em São José dos Pinhais.
"É um crime bárbaro, que teve tortura física e psicológica, com autoria e materialidade já definidas. O Daniel morreu aos poucos, sendo um pouco no quarto, um pouco na calçada e um pouco no porta-malas. Ele com certeza até ouviu sua sentença (de morte) dentro do carro", disse o delegado Amadeu Trevisan.
Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, já é assassino confesso.
Ele esteve à frente das agressões, tortura, decepação do pênis e facadas que mataram o volante de 24 anos.
Daniel, que estava emprestado ao São Bento de Sorocaba, foi para Curitiba se divertir. Para a festa de aniversário de Allana, em uma casa noturna. De lá, ele e um grupo de amigos, foram convidados para a casa de Juninho Riqueza.
Só que Daniel acabou flagrado por Edison com sua esposa Cristiana na cama.
Tirou fotos com a mulher e a enviou para amigos pelo Whatsapp.
Completamente alcoolizado, as investigações da Polícia do Paraná apontam que foi espancado, torturado, castrado e morto por Edison e mais três pessoas ligados à Allana. Eduardo, Ygor e David.
Como os depoimentos são contraditórios, o julgamento vai determinar a participação exata de cada um.
Allana e Cristiana são acusadas de ameaçarem testemunhas para tentar proteger Edison Brittes, marido de Cristiana. Eduardo teria ajudado a espancar Daniel.
A pior situação é a de Edison.
Ele se assume como o responsável pela cruel morte de Daniel.
E que teria comandado Eduardo, Ygor e David no espancamento, tortura e morte do jogador.
Os quatro correm o risco de uma condenação de 30 anos pelo homicídio. Ocultação de cadáver tem prena máxima prevista de três anos.
BALANÇO GERAL: Reportagem mostra detalhes sobre a morte do jogador Daniel
A Polícia do Paraná tem a convicção de que não houve sequer a tentativa de estupro de Cristiana, motivo alegado para Edison cometer esse ato bárbaro contra Daniel.
O jogador estaria completamente embriagado.
Isso o tornaria indefeso diante das agressões de cinco pessoas.
A acusação formal dos supostos assassinos não alivia a dor da família de Daniel.
Pelo contrário.
O advogado Nilton Ribeiro seguirá representando os familiares do jogador.
Eles querem os suspeitos do assassinato presos.
A situação de Edison se complicou muito.
Ele teria usado um chipe de uma pessoa assassinada para ligar à mãe de Daniel. E dar os 'pêsames' pela morte que ele mesmo cometeu.
Além disso, a moto que usava pertencia, de acordo da Polícia do Paraná, a um membro de uma facção criminosa.
Essas serão situações que ele terá de responder além da morte de Daniel.
A reação popular ao crime bárbaro fez com que policiais permitisse que Edison gravasse um vídeo há dois dias.
E mostrasse que não foi espancado por detentos como garantiam alguns jornalistas.
Com as acusações formalizadas a situação dos envolvidos se complica.
Será muito difícil deixarem a cadeia antes do julgamento.
De acordo com policiais do Paraná, não há dúvidas.
Os envolvidos correm o risco de pena máxima por seus crimes.
A impossibilidade de defesa de Daniel é o principal agravante...
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